Desde 24 de Junho de 2003

Sex and the City? Nem com um pau de 5 metros

Não, não vi ainda Sex and the City 2. Nem sequer vi o primeiro. E se disser que vi três episódios completos devo pecar por excesso. E a razão pela qual eu estou disposto a fazer um post baseado maioritariamente em preconceito é o facto de não gostar de filmes protagonizados por transsexuais. Mas não é só por isso que não toco neste filme nem com um pau de 5 metros. É também pelas 5 razões que apresento de seguida.

5. Não gosto de filmes cujo argumento esteja pejado de diálogos acerca de problemas relacionados com fluxos mestruais ou situações potencialmente embaraçosas que tenham como ponto de partida uma vagina em más condições de utilização.

4. O estilo de vida das personagens composto por problemas emocionais permanentes ou, na falta destes, inquietude face à situação actual num exercício constante de ponderação acerca das vantagens do adultério, sempre contentes e felizes é injusto para quem vê os filmes, uma vez que não demonstra a razão da verdadeira felicidade destas senhoras: drogas duras, anti-depressivos, ansiolíticos e bebidas brancas de elevado teor alcoólico. Talvez na versão do realizador…

3. Kim Catrall já tinha festejado o seu septuagésimo aniversário nos anos 80, altura em que foi estrela de grandes êxitos como Porky’s, Police Academy ou Big Trouble in Little China.

2. A mensagem passada por estas quatro vadias de uma vida de glamour e experimentação inspira fortes fantasias de putedo junto do público feminino. Este é um ponto bastante apreciado pelo público masculino, excepto quando se trata das nossas esposas, namoradas ou filhas…

1. Querendo criar 4 míticas personagens que viveriam para além do seu tempo como porta-bandeiras de uma nova geração de mulheres independentes e emancipadas, os argumentistas criaram involuntariamente 4 fúteis e ressecas galdérias, apodrecidas por dentro e com a capacidade cognitiva de uma sapatilha Sanjo, com uma tal ausência de atracção sexual que não deixaria sequer o meu cão copular com elas.

NOTA: Se isto correr mal e uma multidão me esperar amanhã à porta de casa com archotes, forquilhas, alcatrão e penas, quero que saibam que os amo a todos. E os comentários que sejam com sentido de humor, porque já não tenho paciência para jihads.

10 Comments

  1. Jackie Brown

    Lol, subscervo tudo.

    E essa Sarah Jessica… porque será que todos a comparam com um cavalo? 😛

  2. cine31

    Excelente Pedro, excelente! Traduziste em palavras o motivo porque não vou ver este, não vi o primeiro e da série tive a infelicidade de ver metade de um episódio desta coisa oca… Nem com um pau de 10 metros!

  3. Nekas

    Bravo! Sexo e a Cidade cria um vazio nas mulheres que é feito pelas extravagâncias destas 4 mulheres que, como tu dizes, vivem de drogas duras e álcool.

    Abraço
    Cinema as my World

  4. Pedro Figueiredo

    Tenho andado a “contornar” a minha mulher a ver se me escapo desta (consegui em relação ao primeiro à custa de uma alegada dor de barriga, de um muita bem fingido tornozelo torcido e de um jantar, infelizmente bem real prá minha carteira, numa casa de pasto “finésse” ali prós lados do Bairro Alto). Caraças, não sei mais que inventar. Tou f@%*# 😛

  5. Leinad

    A serie era boa. Se retrata mulheres ocas ou nao, isso depende da perspectiva de cada um relaçao á vida, e sinceramente acho que é irrelevante prá qualidade (ou falta dela) desta serie ou qualquer outra já agora. Mas que era boa, era.
    Já os filmes é de facto outra conversa. Tambem nunca vi o primeiro nem me interessa ver este segundo. Sempre me pareceram completamente contrarios e contraditórios ao espirito e mensagem da serie e a sua existencia, parece-me, é completamente redundante e escusada para quem viu e apreciou a serie.
    Dito tudo isto, excelente post! XD

  6. vanda firmino

    galdérias, putas – o que é uma puta?… não vejo problema… o grave é serem completamente fúteis!

  7. vanda firmino

    Caro cinema xunga 🙂
    deixa-me fazer uma divulgaçãozinha no seu blog tão frequentado por machos conscientes e receptivos ao belo sexo?
    considerem-se convidados 🙂
    Introdução aos princípios e contextos de intervenção do Teatro-fórum.
    3, 4, 5, 6 de Junho
    Local ESMAE – Café concerto. Rua da Alegria, 503. Porto
    Duração 1h30
    Destinatários- Público em geral, jovens e adultos.
    Gratuito
    Oficina de Teatro das Oprimidas
    Sob a orientação de Alessandra Vanucci e Bárbara Santos (CTO-Rio), a decorrer no Brasil e outros países da África Lusófona desde Dezembro de 2009, o Laboratório Madalena é uma experiência teatral voltada para as Mulheres empenhadas em investigar as especificidades das opressões enfrentadas pelas Mulheres e em criar medidas efectivas de superação dessas opressões, assim como, de promoção de igualdade de género.
    PELE_Espaço de Contacto Social e Cultural
    http://www.apele.org/
    http://www.associacaopele.blogspot.com/

  8. Maat

    Como seguidora da série, não tão entusiasta como muitas, mas o suficiente, vi o primeiro filme e fui ver este ontem.
    O primeiro já não tinha sido nada de especial, mas escapa. Provavelmente arrependeram-se de ter acabado a série tão cedo e quiseram continuar a história de alguma forma. Compreensível.
    Agora este… Já tinha ouvido uns rumores de que as críticas não eram muito boas, mas preferi não saber de nada, para não ir com opiniões formadas. Que desilusão… Aquilo é um desfile de roupas com legendas. O argumento é praticamente inexistente, dando lugar às Roupas e à Ostentação. A publicidade é enfiada a martelo por todo o filme. Eu queria ter gostado, a sério, mas aquilo é um anúncio com a duração de 2h e para ver anúncios vejo a TVI ou a SIC.

  9. Natália

    Muito divertido este espaçinho aqui! dava uma boa sátira também! Um filme sobre pessoas, não tem tudo de mau, nem tudo de bom! Se já desenvolvemos o nosso pensamento abstrato, podemos concerteza ver o filme, pois estamos imunes a lesões cerebrais, morais e outras que mais. E aliás, para sermos bons críticos, não falemos do que não vimos!

  10. pedro

    Oh Natália, fizeste um comentário tão jeitozinho, conseguiste emoldurar a fúria num texto civilizado, construtivo e bem humorado. Estavas quase lá, a fazer-me chorar, chibatar-me em penitência por ter feito isto gratuitamente ao teu filme preferido. Mas tinhas que estragar tudo com um ç na palavra espacinho…

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