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Críticas ou afins do velho CinemaXunga.net

Os Deuses Devem Estar Loucos (1980)

gods

Todos aqueles com compraram um vídeo (VHS) ou eram sócios de um clube de vídeo em 1987 estão porventura familiarizados com este filme. Era muito popular, juntamente com a saga “Gente Gira” e todos aqueles filmes italianos falados em inglês de mundos pós-apocalípticos.  Ora, quem não se riu desalmadamente no sofá só por haver cenas em câmara rápida? Sim, porque na altura o pessoal era tão impressionável, que o simples facto de haver câmara rápida já satisfazia. Isso e a imagem a andar para trás. Todos os finais de anos, era um fartote com aquelas montagens de futebol, em que alguém caía e depois se levantava em reverse. Isso eram grandes tempos. Todos queríamos abater robots do espaço e o nosso ídolo era o Michael Knight.

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Sympathy for Lady Vengeance (2005)

Com este magestoso filme, Chan-wook Park termina a sua triologia da vingança, depois de ter começado em 2002 com “Sympathy for Mr. Vengeance” e passado em 2003 pelo mítico, mega aclamado, senhor de todos os filme, Oldboy! Park volta a surpreender pela sua aproximação à vingança, em tons completamente diferentes daquilo que nos tinha habituado e daquilo que o sedento cinéfilo fã estaria à espera. Continue reading

My Summer Of Love (2004)

mysummeroflove

Antigamente havia cinema independente, declaradamente e descaradamente independente. Depois apareceu a fase Miramax e toda a gente passava por independente. Oscares e o caraças e a fase passou. Agora voltámos ao domínio do estúdio grande com filmes pequenos à base de fogo de artifício digitech. Eu, confesso, gosto de cinema independente, dos olhares fora do mainstream que não se prendem com a salvação do planeta, mas antes com realidades pessoais e focalizadas de determinado personagem ou comunidade. Também vos digo já que hoje em dia é difícil encontrar um filme com estas características, com a quantidade de lobos que vestem pele de cordeiro.

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Aliens vs Predator – Requiem (2007)

O Requiem é uma oração católica em favor das almas do Purgatório. Reza assim: “Dai-lhes, Senhor, o descanso eterno, E a luz perpétua os ilumine, Descansem em paz.” seguida de umas pessoas a tossir e um Amen reverbante nas paredes da uma velha igreja, na presença de três viuvas, uma delas a dormir profundamente… E se a ironia fosse uma lei da física em vez de um reles estratagema de comunicação, era para lá que este franchise se dirigia: Purgatório. Mas conhecendo Hollywood como conheço ainda ia haver o Alien Vs Predator Vs Jason Vs Freddy Vs Hitler Vs O padeiro gay do Bonanza que morreu a brincar com um pónei.

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Rambo (2008)

Mais do que um dos melhores filmes de acção de todos os tempos, Rambo é uma catástrofe natural à escala global alimentada a testosterona pura. É preciso ser da minha geração, que teve em Rambo um dos ídolos de adolescência, para compreender este fenómeno. E todos nós, os trintões, sabemos que não há volta a dar. Podemos falar mal, dizer “Ah, já tá velho e gordo”, mas vamos invariavelmente ter que o ver. Largamos as namoradas e esposas algures, porque este não é filme para se levar uma gaja.

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A History of Violence (2005)

History of Violence (2005)

Cronenberg, esse icon bizarro do cinema pós-moderno! Ao lado de Lynch, Takashi Miike ou mesmo Darren Aronofsky, sempre foi inovando ao mesmo tempo que manteve o estilo. Os seus filmes aparentemente diferentes uns dos outros incorporam temáticas e elementos que lhe dão o carimbo (vermelho) de Cronenberg. O sexo bizarro, a violência e carnificina, a carne humana e a sua metamorfose, o desejo tresloucado. Todas estas coisas são as delicias dos amantes do seu cinema, onde me incluo, não fazendo disso um facto muito público.

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Man with the Screaming Brain (2005)

screamingbrain

Um multi-bilionário americano viaja em negócios com a esposa até à Bulgária. Um cientista da ex-URSS desenvolve uma técnica que permite recuperar o cérebro com pedaços de outro cérebro. Um taxista ex-KGB e uma psicótica cigana com ares de puta vingativa. Um robot vestido de operário da Quimigal que dança hip-hop. Uma sucessão de acidentes… et voilá! Let the cheesy fest begin!

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Wristcutters: A Love Story (2006)

wristcutters

O cinema alternativo americano tem-se ultimamente vindo a uniformizar ao ponto de se poder já encontrar uma fórmula de funcionamento. Enquanto nas décadas passadas o cinema alternativo (estirpe Sundande) era mais surreal e estratosférico, ultimamente tem vindo a apontar para a fórmula de contar uma história (simples e convencional) usando meios narrativos e estéticos não convencionais. Há aquele ambiente de “what the fuck!?!“, mas no final o amor tudo conquista. Wristcutters é uma pérola em que, em boa hora, tropecei.

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Good Luck Chuck (2007)

Todo o cinéfilo mentalmente equilibrado e com a vida social dentro dos parâmetros daquilo que se convencionou nos dias de hoje chamar de “normal” é confrontado de tempos a tempos com um grave dilema: a comédia romântica. Qualquer homem com as características descritas anteriormente entra em pânico com a perspectiva de ver uma comédia romântica como o Drácula num workshop de carpinteiros. Mas todos sabemos que a nossa namorada / esposa / “gaja que conhecemos bêbedos numa festa e ainda não sabemos o nome” exige isso de nós. Mais do que isso, exige que digamos no fim que gostámos, mesmo sabendo que estamos a mentir.

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Batman Begins (2005)

Originalmente escrito em Dezembro de 2008

Sinopse: No início havia apenas uma pequena porção de matéria altamente concentrada que explodiu. Depois uma lama altamente reactiva e biológia deu origem aos primeiros organismos unicelulares. Apanhando toda a gente despercebida, alguns saem da àgua (já no formato crocodilo simples) e começam a ganhar pêlo e a subir as àrvores. Aparecem dinossauros e morrem logo passado uns tempos (ou vice-versa). Depois o homem nu batalha-se com tigres dentes de sabre e dão-se as primeiras fodas em pé. Entretanto nasce Bruce Wayne e a sua vidinha simplória até ver o papá e a mamã a apanharem um balázio e partirem deste mundo cruel para se juntarem aos dentes de sabre em Valahala, onde fazem churrascos aos domingos à tarde. Bruce Wayne cresce com ódio e tenta ferir todos os maus que pode enquanto vai passando por um periodo de abstinência sexual que não tem fim à vista. Eis então Batman, o Cavaleiro das Trevas, o Homem Morcego de borracha negra. O início…

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The Brave One (2007)

Arquivo: Editado originalmente em Fevereiro de 2008

Arquivo: Editado originalmente em Fevereiro de 2008

Sinopse: Um casal vê a sua interminável felicidade abruptamente terminada quando são assaltados, espancados e reduzidos a 50% de casal por um trio de rufias com ar de rappers. A metade que sobra (Jodie Foster) descobre que a vida faz muito mais sentido se comprar uma pistola e andar por aí a matar malandrins que estão mesmo a pedi-las.

Crítica: The Brave One é um misto de Batman Transsexual (lésbico) protagonizado por Michael J. Fox com Taxi Driver gay. É o típico filme de “vigilante” em que alguma vítima se sente mal protegida pela polícia e decide fazer justiça pelas próprias mãos. Um filme que além de denegrir a imagem de Jodie Foster como uma actriz de respeito também não faz muito pela reputação de Nova Iorque, ao mostrar a cidade como a capital mundial da violência urbana e da injustiça social. Continue reading

Fight Plan (2005)

Arquivo: Editado originalmente em Janeiro de 2006

Arquivo: Editado originalmente em Janeiro de 2006

Mais uma vez o fantasma do media hype antecedeu este filme, onde se carpiam lamúrias de estupefação face ao desenlace verdadeiramente original que este iria ter. E bem erradas estavam esses zurros macacóides pagos pelo produtor deste filme que, armado em mecenas, lá foi enfiando dolares no cu da imprensa especializada para que atraíssem parolada sala adentro, na esperança de, pelo menos, não adormecer…

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Doomsday (2008)

Doomsday (2008)

Sinopse: Um virus infecta a Escócia e a única maneira de o conter é isolar completamente o país pelo velhinho Adrian Wall. 25 anos depois uma equipa é enviada para dentro dos muros para procurar uma cura para o vírus que entretanto reapareceu em Londres. Major Eden Sinclair (boa, boa, boa!) tem que sobreviver num universo pós apocalíptico por entre bandos de pós-punks a LSD, guerreiros medievais estranhamente anacrónicos e mihões de vacas leiteiras.

Crítica: Em 1986, quando os meus pais me compraram o VHS porque passei para o 8º ano, era cliente assíduo dos clubes de vídeo. Tão assíduo que sabia a sinopse de todos os filmes que lá estavam. Era também grande cliente do terror e do pós-apocalíptico (mais tarde filmes de ninjas e clones do American Samurai). Não me quero alongar porque já escrevi aqui várias vezes sobre o assunto, como por exemplo Mad Max ou o fenómeno dos filmes de pos-apocalíptico (Batalha de Bronx e os Spaghetti pós apocalípticos). Ainda falei no She, a Raínha da guerra e do amor. Estava bêbedo!

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The Mist (2007)

Sinopse: Um misterioso nevoeiro abate-se sobre uma pequena cidade no interior americano. Um grupo cirurgicamente ecléctico fica bloqueado dentro de um supermercado onde apenas um vidro os protege do exterior. Exterior esse que está pejado de monstros que vão aparecendo num crescendo de tamanho e complexidade do efeito especial até ao grand finale que acaba por se revelar um balde de água fria. Talvez mesmo uma barril de cubos de gelo…

Crítica: Stephen King nunca me disse nada. Eu não foi por falta de tentativas. Influenciável como sou, lá segui o que me aconselhava o livro “Seja um Intelectual em 21 dias”. Mas nada… Li o Shining e de resto só lhe consumo os filmes e aquela série de 2007 chamada Nightmares and Dreamscapes. Por muito que eu tenha insistido, a qualidade nunca era uma das características principais destas produções. Mas como este homem escreve um livro por dia, a lei da probabilidade prevê que numa linha infinita algum dos livros há-de ser bom…

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