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Tag: jamie lee curtis

Halloween (2018)

23h58m. Estava na hora. Como sempre nos últimos 30 dias baixei as calças, sentei-me no deprimente banquinho dentro da banheira, peguei no saco de sal, tirei um punhado e esfreguei os testículos durante 5 minutos à meia noite em ponto. “Meto-me em cada uma”, pensei. Sou transportado para o fatídico sábado há um mês atrás. Na sala de espera húmida, nervoso, com uma amiga. Garantia-me que só pagava se resultasse. Era infalível, todos o fazem. Fui chamado e entrei no escuro gabinete iluminado por uma cansada lâmpada de tungsténio que projectava fotões e anos 80. Contei a história à velha senhora, o que queria da vida. E o que queria era específico. Uma mulher que gostasse de ver filmes de terror comigo, que não me julgasse por ver maus filmes. E que mantivesse a opinião, não queria apanhar uma galdéria falsa que passados 3 meses me atiraria à cara que só vejo filmes de merda. A velha senhora sorriu, pegou nuns pós azulados e soprou-os na minha cara. Disse que era um caso muito simples, quase nem precisava de ajuda. Para acelerar as coisas pediu-me para esfregar os tomates com sal todos os dias à meia noite. No último dia, caso fizesse correctamente o ritual, apareceria alguém nestas condições. Eu disse à minha amiga que sou um homem de ciência, nunca me apanhariam em tal esquema ignorante feito para iludir pobres de espírito, que isto é como os maluquinhos que acreditam na terra plana ou extraterrestres e quando cheguei a casa esfreguei os tomates com sal como se não houvesse amanhã.

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The Fog (1980)

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Sou orgulhoso proprietário de uma versão do The Fog em VHS. O valor de compra, depois dos respectivos ajustes para o nível de vida atual, é quase pornográfico e o seu estado à altura da compra já era de relativa decomposição. Era uma cópia (original, oficial e carimbada) de um clube de vídeo.  Não é uma edição normal, como aquelas dos últimos tempo do VHS. É uma edição especial, capa de grande formato, almofadada, com bordo debruado e tons de dourado pintados por cima da capa. Um vez aberta tem o logotipo da editora por dentro e o rótulo principal da cassete é rico em prateados da mais pura  filigrana tipográfica. Qualidade de imagem, uma merda, qualidade de som, phunf, phunf, phunf. E eu amo-a assim, em toda a sua imperfeição.

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