hail1

Tenho um amigo de infância que bifurcou ali no início da vida adulta para uma religião que fez dele um gajo um bocado demente. Continuou o mesmo, mas as doutrinas religiosas carregaram-no de culpa e de falta de auto-estima. O gajo bebia uns copos, fumava um fininho ou via uma jeitosa de bela padiola que lhe causava tesão e ficava todo complexado. Tinha falhado em relação aos seus votos. Um homem de religião que abominava a ciência, que seria o nosso fim. Coisas que dizia mas que não devia acreditar. Ora, um dia arranjou uma namorada. Eram um casal normal. Fodiam contra as regras da igreja e ele foi-se habituando ao peso do pecado. Apanhei-o na praia com ela. A gaja não era má, mas saiam-lhe pintelhos pelo lado das cuecas do bikini. Falei-lhe nisso e ele respondeu-me que ela tinha uma anatomia vaginal muito complexa, que não havia maneira de lhe aprumar o arame farpado sem lhe arrancar uma febra conal. Calei-me, porque um homem não comenta abertamente a febra conal da namorada do amigo. Largos meses depois voltei a cruzar-me com ele e pareceu-me diferente. No decorrer de um daqueles quentes momentos de meter a conversa em dia revelou-se a favor da ciência e da tecnologia, que havia coisas que o andavam a cegar. Que tinha decidido ser menos radical. A namorada teria ido a uma daquelas depiladores laser que lhe rapou a cona toda, estilo menina de 8 anos, e o gajo até chorou nessa noite. Um milagre da ciência que o fez ver a luz, neste caso uma luz pulsada muito concentrada sob a forma de laser inteligente que arranca pintelhos.

Continue reading