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Tag: merdola (Page 2 of 5)

Babylon A.D. (2008)

Franceses, não se pode viver com eles, não se pode viver sem eles, não se pode amarra-los a uma pedra e manda-los para o fundo do mar mediterrânico. Apesar de pretensiosos e pouco afáveis, são exímios em queimar carros, comercializar improváveis queijos e fazer filmes com alguma substância. O que não é o caso deste filme que vos trago hoje, que apesar de vir de um talentoso Mathieu Kassovitz e financiado pelo poderio  Hollywoodiano, acabou por morrer na praia. Sem honra nem glória. Como um malabarista de motosserras atacado por Alzheimer fulminante.

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MacGruber (2010)

Por muito amante do cinema que se seja, há sempre que ponderar o que se assoma perante nós. Quando um filme se insere num determinado template percebemos claramente o rumo que os acontecimentos vão tomar. Temos duas opções. O filme é bom e queremos ter o prazer de o ver todo ou dá para perceber que vai ser o mais degradante espectáculo que alguma vez vomitado por um ecran. Apesar do tempo perdido parecer relativamente inócuo à altura em que o gastámos estupidamente, um dia vamos estar a sobrevoar o Atlântico e o piloto avisa que o avião se vai despenhar em chamas numa zona infestada de tubarões e pensamos em tudo o que podíamos ter feito e não fizemos e no tempo de perdemos em idiotices. E esse filme que falei anteriormente vai martelar a nossa consciência até ao limite máximo da exaustão, até que a última tíbia seja deglutida pelo sistema digestivo de um jovem tubarão branco com ambições de liderança.

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Knight and Day (2010)

A crise chega a todos e quando as familias deixam de ter dinheiro para ir ao cinema, Hollywood faz promoções, packs, leve 2 pague 1. Quando a Maria quer um filme de gaja e o  Tony Macho Dominante um filme de porrada a situação agudiza-se porque é preciso desembolsar 2x(2×5.95), mais taxa de tanso 3D se for o caso. A solução? Criar um filme de gaja com porrada e explosões à fartasana para que possam desfrutar os dois o mesmo filme e ainda lhes sobra dinheiro para comprar umas t-shirts de marca para que possam ser confundidos por pessoas bem sucedidas. Aí Knight and Day vai além da sua premissa, torna-se uma sinergia de horribilidade, pega em dois filmes potencialmente ignóbeis e transforma-os no epitomo de todo o xunga, o ponto onde todos os monstros dos filmes japoneses convivem amigavelmente com cães falantes, a Bridget Jones vai às compras com o Jason Vorhees e os 7 ninjas e o Chuck Norris faz amor apaixonadamente com o fantasma de Patrick Swayze.

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Resident Evil: Afterlife 3D (2010)

É de estranhar que um duvidoso franchise de zombies receba o 4º filme sem que se adivinhe um abrandamento. Mas os números não mentem e os três primeiros Resident Evil são os filmes de zombies mais lucrativos do cinema. Ditam os números que se repita a dose enquanto houver lucro. Este quarto tomo deve ser analisado em três frentes: a sua qualidade enquanto filme de zombies, na sua qualidade de franchise inspirado num video game e em que é que o 3D vem contribuir para a nossa felicidade. É certo que tem gajas num arraial de bofetada que parece não ter fim e a Milla está no seu pico do sex appeal, mas Resident Evil continua tão infantil, simplório e desinteressante como no primeiro dia.

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Salt (2010)

Eu sou daqueles tristes que ainda não foi de férias, mesmo estando já o Verão a acabar. Ver entrar e sair gente radiante pelo “merecido descanso”, com aquela tez bronzeada e descontraída, ser obrigado a ouvir as suas soporíferas desventuras de veraneante são coisas que acumulam pressão. O entretenimento que nos chega nestas alturas acaba por ser a última gota, o factor detonador da postura correcta, cívica e cordial. Salt, este filme de merda que hoje arrasto para aqui pelos cabelos, é o reflexo da Silly Season, a personificação da idiotice no mais improvável dos heróis, uma agente do FBI anorética de rabo liso com insuficiente volume hemofílico para manter a consciência depois de um orgasmo, seja ele vaginal, anal, clitoriamente induzido ou à bofetada.

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The Rocker (2008)

A nostalgia dos anos 80 não é um exclusivo nacional, como se pode facilmente perceber pelo conteúdos de entretenimento com que somos bombardeados ultimamente. Se inicialmente era o simples revivalismo, sem justificação, hoje em dia começam a aparecer estratégias ardilosas para nos enfiarem aqueles malvados anos casa adentro. Daí a razão de existir de Rocker, um filme de Jack Black  sem Jack Black. Durante 90 minutos Hair Metal e Glam Rock misturam-se com pop rock Hanna Montana, adultos convivem com adolescentes a roçar o limiar da legalidade, e música horrível cruza-se com… bem, com mais música horrível. The Final Countdown dos Europe também está lá presente, mas desde que os Europe foram cabeças de cartaz no Festival do Marisco 2010 de Olhão pode-se dizer que não há lugar onde os Europe não estejam.

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The A-Team (2010)

Trintões, vocês que eram putos cheios de piada e energia nos anos 80. Imaginativos, divertidos, um potencial praticamente infinito. Magros, bem parecidos, atléticos, uma saúde de ferro, namoradas novas a cada 15 dias, os maiores do liceu. Entretanto envelheceram, ganharam peso, a vossa energia parece ser diariamente drenada ao ponto da exaustão total no final do tarde, o tempo parece voar, a vossa vida sexual deixa de ser o vosso motor motivacional e o futuro de infinitas possibilidades transformou-se num corredor negro que atravessam diariamente, para lá de manhã, para cá à noite. Em 2010 uma entidade celestial genérica acha que vocês se encontram obsoletos e decide criar uma nova versão actualizada: bem parecida, energética, musculada e metrossexual (ligeiramente apaneleirada). Mas no processo de adaptação à nova realidade houve um efeito secundário que por força do mundo em que vivemos ninguém reparou: o vosso clone sofre de forte atraso mental, dificuldade de concentração, profunda falta de imaginação e a capacidade de raciocínio de uma alpaca moribunda. A isto chama-se um remake.

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100volta (200?)

É certo que Portugal tem uma cultura de decepção e frustração no que diz respeito ao cinema. A cada novo ano parecem abrir-se novas dimensões de horrendo, surgindo produtos de inimaginável mau gosto, mesmo para as mentes mais retorcidas. Desta vez temos um filme amador, com toda uma estrutura, narrativa e produção de proporções anedóticas, um festival de ridículo que se leva tão a sério que facilmente pulamos de uma situação de escárnio para sentimentos de compaixão pelas mães daquelas pessoas, que almejaram um futuro honroso para os filhos e isto foi o que decidiram fazer da vida. Rejubilai então  azeiteiros de Portugal. Labregos do tuning, parolos das centralinas, fatelas dos ailerons, barrascos do rally e da pala do boné branco para trás, a resposta às vossas preces chegou. Um filme de carros, com tiros, porrada e gajas boas a serem vilipendiadas à lei da vara carnuda (leia-se “foder” em linguagem de burgesso).

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Cop Out (2010)

Fosse este filme realizado por um monte de merda qualquer e eu teria escarrado e mijado por ele abaixo e seguiria a minha vida imune ao seu inerte sentido de humor e à sua estéril contribuição para a historia da 7ª arte.  Acontece que o realizador deste filme não é um monte de merda qualquer. É um monte de merda especial que já realizou alguns dos meus filmes preferidos, criou alguns personagens que venero e já foi ele próprio um icon da cultura junkie/geek vestindo a longa gabardina de Silent Bob. Estou a falar, obviamente, de Kevin Smith, esse gordalhufo que sabemos capaz de produzir genialidade, e que no entanto parece andar perdido num inferno de tarefeiro hollywoodiano a fazer um filme, que à sombra do conceito das “homenagens”, é na realidade um exemplo de unidimensionalidade amorfa que lhe pode valer o prémio “Era atar-te os tomates à traseira do comboio das 9 e dizer-te adeus com um lenço branco”.

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Hot Tub Time Machine (2010)

Fazer um filme de viagens no tempo é mais complicado do que pode parecer à primeira vista. A maior parte do argumento é fácil. Alguém do presente vai para o passado e vive tropelias relacionadas com o anacronismo inerente à própria situação ou vice versa. O mais complicado é mecanismo narrativo que impulsiona essa mudança. Tem que ser o mais realista possível, tendo em conta que ainda não há viagens no tempo. Um exemplo é Back To The Future. 1, 21 Gigawatts de energia e um capacitador de fluxo serviram para vender a viagem aos cinéfilos. Há também a maneira preguiçosa de mandar a lógica às urtigas e usar o objecto que está mais à mão, porque isso de ciências e físicas é extremamente aborrecido. Neste caso foi um jacuzzi, podia ser um garrafão de 5 litros de vinho tinto, um garfo ou meio leitão da Bairrada. E sim, eu também gostei da cena da gajas das mamas que mostro aqui na imagem.

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Defendor (2009)

Num festival de Verão no final dos anos 90 conheci duas voluptuosas lésbicas que primavam pela estética minimalista da pilosidade púbica e que após uma noitada de copos e farra me disseram em tom dengoso “Ah, se a tua namorada o permitisse ficávamos contigo para fazer coisas muuuuito marotas” e eu, tentando disfarçar uma erecção fulminante, respondi “Se acrescentarem um cuspidor de fogo, dois anões malabaristas e um pónei sou capaz de aceitar a oferta“. E depois acordei, com défice de sangue no cérebro…

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Top 5 “filmes famosos que não valem uma merda”

Todos nós temos que lidar com a existência de filmes no nosso plano dimensional que só por si justificamo fim da liberdade de expressão. Tudo bem, desde que não sejamos importunados por eles. Mas isso era antes. Antes de haver 1382 canais de TV e video on demands e infernais quantidades de conteúdo semelhante a uma lixeira a céu aberto que ejacula milhares de horas de programação de inenarrável fedor para dentro dos nossos lares sem pedir permissão. Elaborei uma lista de 5 desses filmes que toda a gente adora, mas que nos fazem secretamente sentir a gonorreia de mil leprosos a cada vez que os apanhamos num zapping.

5. Pretty Woman (1990)

Um principe encantado dos tempos modernos enamora-se por uma prostituta de rua depois de ter pago uma fortuna para não lhe tocar sequer. Nem uma mamada ou um dedinho curioso… Nada. Quando penso em putas de rua, daquelas que atacam à noite nas avenidas escuras das grandes cidades só me vem à cabeça o seguinte: herpes, gonorreia, sida, cocaína, heroína, toxicodependência, alcoolismo, dentes todos podres, hálito a cadáveres em decomposição desde 1996 e mais três tipos de Sida (daquela que corrói o latex). Daí a dificuldade que tenho em assimilar aquele argumento.

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Over Her Dead Body (2008)

Fez-me lembrar uma vez em que estava em casa e comecei a ouvir uma acesa zaragata na rua. Fui à janela. Lá estavam dois pinguins a fazer aquilo que me pareceu ser uma encenação de “À espera de Godot”, usando sinais de trânsito para simular diálogos. Passados uns momentos apareceu um rabino irado com o facto de um dos pinguins o ter enganado. Parece que lhe serviu uma dose de nariz de porco com coentros e o terá enganado dizendo que era peixe. O rabino, confiante, comeu com deleite. Quando lhe disseram que aquela estranha barbatana parecia uma ficha eléctrica, percebeu que estava a roer um focinho de porco. Má onda… Acompanhado de uns capangas da sinagoga foi tentar apanhar o pinguim. Quando apareceu, o pinguim 1 empunhava uma placa de fim de prioridade que seria a marca do final do 1º acto. O rabino atirou-lhe então o que restava do nariz de porco. Enquanto acendia um cigarro, o pinguim foi atingido no estômago pelo nariz e deixou cair o isqueiro em cima de uma lata de gasolina que servia para queimar uns figurantes no 2º acto. A lata virou-se, espalhando o pânico. Por incrível coincidência, passava o pelotão da volta a Portugal em bicicleta, ladeado por 2 urologistas de mota. Um dos ciclistas incendiou-se, espalhando o fogo pela audiência. Infelizmente, na altura, tinham-me faltado a bateria da máquina fotográfica.

The Book of Eli (2010)

O género pós-apocalíptico foi em tempos um oásis para o cinema alternativo, fora da mira do mainstream podia abordar-se qualquer assunto sem tabus ou censuras. Empurrar uma freira para debaixo de um comboio em movimento, decapitações em massa ou incendiar um infantário sem antes proceder à sua evacuação. Mas Hollywood atravessa uma época de massacre a este género onde sodomiza constantemente um tipo de cinema que nunca foi muito grande, mas já foi próspero e amado. Desta vez temos um filme que mais parece uma imensa publicidade à religião e aos evangelistas lunáticos, onde o product placement é protagonizado por uma bíblia e ao qual só falta mesmo o slogan “Com as bíblias do Sr. Joaquim não há demónio que entre em mim“.

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Sex and the City? Nem com um pau de 5 metros

Não, não vi ainda Sex and the City 2. Nem sequer vi o primeiro. E se disser que vi três episódios completos devo pecar por excesso. E a razão pela qual eu estou disposto a fazer um post baseado maioritariamente em preconceito é o facto de não gostar de filmes protagonizados por transsexuais. Mas não é só por isso que não toco neste filme nem com um pau de 5 metros. É também pelas 5 razões que apresento de seguida.

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The Skeleton Key (2005)

Quando olhamos para um cartaz que diz algo como “do realizador de…” ou “dos produtores de…” somos apoderados por um poderoso calafrio na espinha. Estas expressões têm um significado conhecido por todos nós, um segredo que toda a gente conhece mas ninguém se atreve a dizê-lo em voz alta. Essas palavras significam: Do realizador (ou produtor) que uma vez teve um paio do carago e o filme onde estiveram envolvidos, por extraordinária reviravolta do destino, foi relativamente famoso ou teve bom marketing. Infelizmente este filme é um sucedâneo pobre, nos mesmos moldes, sem imaginação e provavelmente uma bela merda. Tenham em mente que este filme é mau e que o pessoal envolvido teve em tempos um laivo de sorte ou talento, mas agora são uma cambada de falhados a viver de glórias do passado, viciados em cocaína, putanheiros consumidores de tailandesas baratas e provavelmente nem sequer sabem que têm o nome associado ao filme, porque assinaram completamente bêbedos… Mais ou menos como os últimos álbuns dos U2.

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Jennifer’s Body (2009)

Megan Fox é um totem pós-moderno do culto da “sexualidade que está para vir”, tipicamente idolatrada por teenagers virgens que aquecem o pescoço em sua honra. É verdade que é bonita e sensual, mas para aqueles lados são todas bonitas e sensuais. Só que esta é sonsa, má actriz. O chamado monólito unidimensional. O que não se compreende é a frequência com que é usada como arma de arremesso a cada vez que se quer chamar às salas pubescentes no pináculo da crise hormonal cujo único medo é que a masturbação cause efectivamente cegueira.

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The Spirit (2008)

Sexta-Feira chuvosa. Estava eu num bar de alterne na Zouparria a olhar para cinco prostitutas deprimidas. Entre todas partilhavam 12 dentes e 382 era o total das suas idades somadas. Fingi beber a minha água campilho e saí pela janela da casa de banho, sem pagar. Estava a precisar de um bom filme para lavar a alma. Apanhei o início do Spirit num canal Premium do cabo. Passados 30 minutos estava a ponderar se não seria menos doloroso arriscar gonorreia com a Jandira, uma brasileira que se orgulhava de ter feito duas mamadas a Goebbles na altura em que ele ainda era presidente da junta de uma pequena freguesia nos arredores de Frankfurt.

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The Road (2009)

Tu, leitor genérico, és uma pessoa equilibrada, relativamente satisfeito com a tua qualidade de vida. Um bocadinho de ansiedade de status, o que é perfeitamente normal numa pessoa com alguma ambição. Vida sentimental e familiar agradável, uma amante ninfomaníaca nalguns casos. Uma vida que não sendo de êxtase permanente, está num nível aceitável daquilo a que convencionamos chamar “felicidade”. Mas um dia vira-se à porta de tua casa um camião de anti-depressivos, beta bloqueadores e ansiolíticos. Como podes dar uso a este valioso tesouro se o teu cérebro está bem equilibrado? Se ao menos fosses uma pessoa deprimida não vias esta oferta como uma inutilidade. O que pode provocar uma depressão instantânea tão imensamente poderosa que necessite de um camião de fármacos? Na minha opinião, este filme…

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Dot.com (2007)

Cinema Português, esse imenso buraco negro da boa vontade. Sempre que nos aproximamos de um filme nacional com a esperança de finalmente haver uma obra cinematográfica capaz de orgulhar a nação, a nossa boa vontade é sugada por um vórtice de tão colossal vazio que nem a própria gravidade escapa, transformando a esperança em fúria. Raiva suficiente para incendiar uma sala de cinema, demolir a sede do ICAM ou enforcar um produtor. Mais ou menos como ser agarrado pelos tomates, despido, e ser arrastado por um campo de urtigas e silvado selvagem a caminho de um alguidar de metanol.

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