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The Dark Knight (2008)

darknight

Umas palavrinhas rápidas, porque já tudo foi dito.

Agora que a agitação passou, decidi dar umas palavrinhas acerca de Dark Knight, recentemente elevado à categoria de Intocável. Intocável no sentido Brian de Palma e não no sentido “casta indiana pobrezinha”. Quer queiramos quer não, é muito difícil de nos abstrairmos da parte emocional que ligará para sempre este filme a Heath Ledger. É difícil ver este filme em modo standalone, pelo seu próprio mérito. Tem algum, bastante! Mas, meus amigos, não tem todo o mérito que lhe foi atribuído aquando da estreia.

The Dark Knight é um grande filme, um dos melhores do género acção e talvez o melhor de adaptações de BD. Talvez seja, também não pensei muito nisso. Tem interpretações avassaladoras para quem, como eu, levava expectativas baixas. O imaginário Batman é lustroso e rico em detalhe. Mas tem um grave problema: o fim…

A sequência final, um must do género, tem sempre de ser bigger than life. E quando assim é perde o fio condutor, aquela ligação à terra que parecia possuir durante 75% do tempo. Eu fiquei desiludido porque Nolan caíu na armadilha Hollywoodiana do fogo de artifício como um principiante, como um tarefeiro tele-comandado pela indústria. Compreendo que assim tenho que ser, porque as contas têm que ser pagas, e o breakeven e essa merda toda. Mas ainda assim fico triste, porque realmente podia ser desta, carago!

As minhas desculpas aos puristas e aos corneteiros do Cavaleiro das Trevas.

2 Comments

  1. Peter Gunn

    Concordo que o filme ainda poderia ter sido melhor se não fosse o final que teve. Para mim tinha que ter acabado com a prisão do Joker e depois noutro filme logo continuava com a estória do two-faces mas não… tiveram que por mais 30 min de seca no filme! É triste mas pensando nisto agora assim a frio, estes 30 min finais não prestam para nada porque faltou lá uma perninha do Joker que no fim das contas é o que faz subir o filme para um patamar um pouco acima da média.

    Cumprimentos

  2. pedro

    Peter Gunn, é uma tendência um bocado irritante nos filmes de super-heróis adaptados da BD em blockbusters, esta acumulação de vilões como se o celulóide fosse acabar amanhã. Depois entram numa idiótica cadência de cenas de acção, numa montagem irritante para pessoas com problemas de concentração que só fazem com que o filme se torne superficial sem aprofundar a humanidade dos personagens. The Dark Knight sofre um pouco deste estigma.

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