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Bud Spencer e Terence Hill – Icons do Xunga de Outrora

budspencer

Aos olhos dos jovens de hoje, Bud Spencer e Terence Hill poderiam ser facilmente confundidos com um número de circo. Mas não de um circo qualquer, daqueles que são acompanhados por camelos moribundos e leões bulímicos e cujo apresentador, porteiro, vendedor de bilhetes e pipocas, faquir, contorcionista e ordenhador de alpacas são a mesma pessoa. Mas nos tempos áureos dos videoclubes e do cinema de bairro, eram o pináculo da comédia, o expoente máximo da gargalhada, como são hoje em dia Jim Carrey, Seth Rogen, Will Ferrel, Adam Sandler ou Ben Stiller.

No final dos anos 70 a Itália dominava o cinema mundial com os seus sub-géneros de baixo orçamento conhecidos como “Spaghetti”. Havia o mítico western spaghetti, o pós-apocalíptico, as comédias de acção e as comédias eróticas. Tudo isto devidamente dobrado em Inglês, com aspecto americano e com os actores a assumirem pseudónimos americanos. Sim, porque já na altura havia esta mentalidade imbecil de que apenas o cinema americano é bom. Bud Spencer e Terence Hill eram Carlo Pedersoli e Mario Girotti.

Os seus filmes eram bastante simples. Bud Spencer era um grandalhão gorducho, o tanque de guerra da porrada. Terence Hill era o malabarista contorcionista que elaborava complicadas ginásticas ao serviço das porradas de bar. Os seus filmes consistiam em sequência após sequência de bordoada de três em pipa, em que os nossos amiguitos saíam incólumes, penteadinhos e com a roupa engomada e todos os desgraçados que tinham apanhado no focinho ficavam deitados no chão a sofrer dores musculares, mas sempre vivos e sem ferimentos graves, feridas ou qualquer marca do porradão infernal que acabaram de apanhar…

Eu não sou do tempo em que os filmes eram feitos, uma vez que o meu auge do videoclube foi a partir de 1987, mas mamei os filmes deles todos em VHS e no cinema de verão da praia de Monte Gordo. Como não havia a oferta dos dias de hoje (nem os torrentes e as mulas, blink blink) os filmes eram vistos inúmeras vezes.

Eram filmes divertidos mas infinitamente xungosos. Tenho pena de não ter nada deles actualmente. Acho que há uma caixa de DVDs no Ebay com o original italiano e as dobragens em Inglês. Eu até comprava, mas tenho um filho para criar e não cago dinheiro, por isso espero que alguém compre e depois me empreste.

Fica aqui uma sequência (o chamado “best of”) para terem ideia do que estou a falar.

10 Comments

  1. Bruno

    ainda me lembro de quando era chavalito passar muitas tardes de fim se semana a ver filmes desses 2 magarefes… engraçado que na altura nem reparava que as vozes eram traduzidas para inglês, pensava mesmo que eram filmes americanos

  2. pedro_bdea

    vi o trinitá 10 vezes e ri-me sempre!

  3. pedro

    Toda a gente pensava que eles eram americanos. Com o som daqueles murros e chapadas ninguém reparava na falta de sincronia dos lábios.

  4. castor

    safa… as saudades que tinha daqueles murros do bud spencer… aquela galheta mesmo na cabeça…

  5. JNVS

    Grandes filmes, tenho até aqui alguns DVD’s deles, já não se fazem filmes assim…

  6. Pedro Pereira

    Heróis.
    Um dia roubo-te este texto e coloco no meu blogue. Descansa, manterei os teus créditos!

  7. pedro

    Não precisas de roubar, eu ofereço-te!

  8. Pedro Pereira

    Gracias!

  9. Jester

    clásico! chorei a rir a ver este video e relembrar quantas horas de riso infindável a ver o Trinitá, Vamos a Isto, Rapazes e A Super-Patrulha entre outros.

    curiosamente, apercebi-me que os filmes eram efectivamente dobrados há uns anos ao ver o Bulldozer (só com Bud a solo), em que há partes que não dá mesmo para não notar a falta de sincronismo e uma outra durante o jogo de futebol americano em que o treinador (Bud), diz aos seus jogadores para falarem em italiano, para os americanos não os entenderem.

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