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A Casa do Sr. Penetra: Reality Show Porno

realityshow (Custom)

Por esta altura já se percebeu com bastante clareza aquilo que as pessoas esperam de um reality show da TVI. Não vale a pena contornar a questão com desculpas esfarrapadas, manipulações mediáticas ou conversas apinhadas com tantas conotações sexuais que nem se percebe o seu real sentido. As pessoas querem ver sexo. Querem ver foda, como se dizia antigamente. Querem ver  símios libidinosos amestrados a copular, cobertos de fluidos corporais, felácios a torto e a direito, bolas chinesas, buttplugs e a ocasional asfixia auto-erótica. E se as passagens de ano de toda a gente tiverem que ser arruinadas por um reality show, que seja uma majestosa apoteose com orgias entre concorrentes e público, duplas penetrações com anões e palhaços e uma apresentadora multitalentosa que além de esplendida capacidade comunicacional consegue atingir uma garrafa com uma bola de ping pong a 25 metros, sem usar as mãos…

O certo é que toda a gente iria ver um reality show deste tipo com a mesma atitude com que veem os que a TVI tem passado ultimamente. Iriam negar até à última que vêem (mesmo sob tortura), vão dizer que é um mau programa até aparecer alguém que também vê. Depois começam a falar como se conhecessem os concorrentes desde a infância ou como se realmente alguma daquela porcaria tivesse importância vital para o saudável desenvolvimento do resto das suas vidas.

Eu iria ser um espectador assíduo deste reality show porno. Aliás, até posso dar umas ideias com potencial público alvo. Em primeiro lugar substituam a apresentadora. Uma carcassa semi-decomposta cuja estrutura anatómica só se mantém coesa com cirurgia plástica não conta. Alguma cirurgia plástica é aceitável, mas cirurgia que disfarça o óbito não é atraente. Eu punha lá a Catarina Furtado. Nua. Quer dizer, nua só lá para o fim. Para impedir que pessoas mudem de canal cedo.

Os concorrentes teriam que ser pessoas de aspecto normal, como as nossas vizinhas ou colegas de trabalho. Cabeleireiras, enfermeiras, psicólogas, bailarinas exóticas, DJs, porteiros de discoteca, assistentes de cartório e capitães de bacalhoeiro, rua que é a casa dos cães! O sexo não poderia começar logo no primeiro dia, como é óbvio, mas da primeira semana não poderia passar, porque todos temos coisas mais importantes para tratar. E só os homens poderiam (deveriam) ser expulsos. As mulheres ficam a acumular tensão lésbica ou de castigo numa cave sado-maso.

E ainda assim seria uma melhor história de amor do que Twilight…

2 Comments

  1. cine31

    Se apresentares a proposta À TVI, acho que eles alinham!

  2. sergei

    és o máior!

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