Estava sentado em casa a pensar em 15 formas diferentes de servir esparguete quando me senti irreversivelmente atraído pelo vórtice de especulação e marketing hardcore em volta da celebrada trilogia do defunto Stieg Larsson. Adquiri o primeiro volume em formato ebook e durante uma semana a pouco debulhei-o como uma pastor alcoolizado numa banca de cassetes piratas. Depois pensei “Ah, que rico livro”. Anestesiado ainda pela força gravitacional do fenómeno, e também porque às vezes não sou muito esperto, embarquei na parte dois desta idiotice, que é ver também o filme e comparar aquilo que todos sabemos ser incomparável. Não digo que tenha ficado desagradado, mas depois de ter sucumbido tão estupidamente ao encanto da publicidade, já não posso dizer claramente que estou em pleno controlo das minhas capacidades.

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