O amor é um conceito demasiado complicado para ser processado pelo cérebro humano. É uma emoção? É um comportamento? É um procedimento destinado a criar vínculos? É inato? Aprende-se? Há quem diga que não se pode explicar ou que a partir do momento em que se pode explicar, deixa de existir. É um circuito de recompensa e gerador de dopamina para criar no ser humano a vontade de não se querer matar mal entre neste mundo? Talvez. Mas como diria o poeta “What is love, baby dont hurt me, dont hurt me, no more…”. E é este último conceito poético do impactante mestre do eurodance, o criador de hinos Haddaway, que vamos usar para falar de amor. O amor mais sofrido, mais duro e também mais solidificador de vínculos. Uma força de gravidade imensa que só percebemos existir quando tentamos sair da órbita do objeto amado e não conseguimos. Não há força de escape que nos liberte da atração gravitacional, neste caso o chamado “Poder do Amor”, do objeto da nossa paixão. Mesmo quando pensamos não estar sob a jurisdição da lei da gravitação amorosa universal. Quando percebemos que o ar é apenas respirável na órbita do nosso centro de afetos. Que pode ser um parceiro, podem ser filhos, animais, por vezes dinheiro e objetos ou no caso de Lobo Antunes, uma pedra que um dia irá, eventualmente, amar.

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