Estava preparado para ver um filme até que reparei que a tagline era: “Até onde ias por amor?”. Imediatamente pensei: “Next!” e assim foi.
23 segundos depois. Take 2:
Filmezinho de terror: o meu calcanhar de Aquiles. Desde os gloriosos tempos do VHS que os consumo com desmedida avidez. Hoje em dia sou mais selectivo, não vejo os Ultra-Low-Budget, apesar de achar piada aos de No Budget. Aqui temos um bom exemplo de um filme de terror NextGen: realizador japonês com bom curriculum na área, filmado com meios e orçamento americano e efeitos especiais CGI, o que torna as audiências mais permissivas ao gore. Menos realista, é verdade, mas igualmente divertido. Quem contém um sorriso ao ver um olho ser projectado (juntamente com as outras miudezas) quando um incauto utilizador de metro apanha uma marretada na nuca de um psicopata assassino? Hahaha! Ha!… Cof cof…
Dentro do esquema “Não é nenhuma obra prima apesar de se ver sem adormecer” é um filme interessante. O estilo japonês é facilmente perceptível, em passos lentos mas seguros, forte nos momentos chave e não rodopia na narrativa. Claro que há elementos confusos, mas progride bem em direcção a uma conclusão. Mas quando chega à conclusão, parece que ali foram colado os últimos 10 minutos de outro filme qualquer, numa tentativa de criar o tão aclamado twist. O que é que aquilo pretende ser? Além do fim farsolas e lambido, ainda recorre à ajuda de um narrador, o artefacto do argumentista preguiçoso, para explicar o inexplicável.
Não é de todo um mau filme, mas também duvido que seja o filme da vida de alguém.
Acabei agora de ver este filme. Achei um bom filme de terror, criou tensão ao longo de praticamente todo o filme e teve um certo peso. Aquele final é que era realmente escusado…