Todo o cinéfilo mentalmente equilibrado e com a vida social dentro dos parâmetros daquilo que se convencionou nos dias de hoje chamar de “normal” é confrontado de tempos a tempos com um grave dilema: a comédia romântica. Qualquer homem com as características descritas anteriormente entra em pânico com a perspectiva de ver uma comédia romântica como o Drácula num workshop de carpinteiros. Mas todos sabemos que a nossa namorada / esposa / “gaja que conhecemos bêbedos numa festa e ainda não sabemos o nome” exige isso de nós. Mais do que isso, exige que digamos no fim que gostámos, mesmo sabendo que estamos a mentir.
Good Luck Chuck é aquela comédia romântica com a habitual ausência total de qualidade ou sequer piada. Neste caso nem é comédia nem tão pouco romântica. É uma sequência estéril de tentativa e erro no campo do humor. É suposto ser para maiores de 16 anos, devido ao seu conteúdo mais jabardolas, mas nunca chega sequer a levantar da pista. Raios me partam se sequer esbocei uma expressão facial que se assemelhasse remotamente com um sorriso ou uma exteriorização emocional que não fosse sofrimento atroz.
Dane Cook é sinónimo de desconforto à frente das câmaras e nem o esgar rápido da “fornalha húmida de paixão” por trás das cuecas de Jessica Alba serve para dar por empregue a largura de banda gasta para piratear este pedaço de merda seca e inerte a que alguns insistem em chamar “filme”.
Pontos Baixos: Sequência interminável de pontos baixos. Há coisas que não devemos ver nunca no decurso da nossa vida, como um gajo a masturbar-se enfiando a gaita numa toranja (aquecido no micro-ondas) e um dedo no cu. Não estou a gozar, esta cena é do filme. Está lá…
Pontos Altos: NULL
Veredicto: Alcatrão e penas
Ponto alto: jessica alba de cuecinha e com idade mental suficiente para um “vamos a minha casa alimentar os meus animais de estimação”