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Porquê usar os títulos originais?

stupidity

Se há algo que não compreendo são as traduções dos títulos dos filmes para o mercado nacional. A última gota foi este fim de semana, quando preparei a minha ZonBox para gravar um clássico da minha infância. Sentei-me no sofá munido de uma taça de torresmos e meia garrafa de agua-pé, peguei no comando, a salivar, carreguei no play e eis que me aparece a seguinte mensagem “A Seguir: Caça e Fantasmas“. Hã?!? Caça e Fantasmas? E…? Caça “e” Fantasmas? Era uma merda horrenda straight-to-video que me fez carregar no stop ainda antes de terem começado os créditos iniciais. E qual a razão deste engano? A Zon limpa o cu aos títulos originais, e temos que ser nós a discernir por entre uma imensa nuvem de trapaça o que vamos ver. E quem diz Zon diz toda a industria nacional que tenha alguma coisa a ver com entretenimento importado…

Já li algures, penso que no blog do Dermot, uma entrevista com uma tradutora que dizia não ter intervenção nos títulos. Ao que parece os títulos são decididos em reuniões executivas com o intuito de maximizar o lucro e não em ser reflexo do título original. Isto explica imbecilidades como Die Hard, Assalto ao Arranha Céus. Ninguém imaginou que o 2º fosse num aeroporto, o 3º fosse mais do que um assalto e o 4º fosse um golpe de estado. Outra explicação é o facto desses mesmos executivos não perderem tempo com cinema e basearam as decisões nos cartazes e na sua própria homosexualidade reprimida.

Exemplos são às toneladas e todos nós temos um ou outro ódio pessoal neste campo. Casos existem em que andamos meses a salivar de antecipação por um filme qualquer e depois acaba por passar despercebido no cinema porque a tradução é tão críptica que só percebemos 3 meses depois de ter saido das salas. Pior ainda é quando metem o título original e outra merda surreal à frente, como Toy Story – Os Rivais, Ghost – O Espírito do Amor ou mesmo a saga Alien: O 8º passageiro, O reencontro final, a desforra ou o regresso. O jorro de estupidez é infindável.

Por esta razão eu coloco sempre o título original, porque além de ser fácil procurar a tradução num qualquer blog seguidista que alinha nesta parvoíce, pode-se sempre usar a IMDb ou fazer uma pesquisa mais certeira no google. Além disso, não perco meio post a indignar-me com o título.

As únicas traduções improvisadas que aprovo são para situações em que é impossível ver a capa ou o cartaz do filme como, por exemplo, Bobby, O cão lambão ou Dois paus no cú da Avó.

3 Comments

  1. Paulo Ferreira

    Totalmente de acordo! E está cada vez pior… basta olhar apenas para os filmes com dedo do Judd Apatow: “Superbaldas”, “Um Belo Par de… Patins” ou “Um Azar do Caraças”. No entanto, para mim o “Conan e OS BárbaroS” continua a ser o créme de la créme da genialidade das traduções de títulos à tuga.

  2. Edgar

    O melhor exemplo que me lembro é o do Ocean’s Eleven, que foi traduzido para “Façam as Vossas Apostas”… isto porque no poster original, havia uma tagline muito pequenina a dizer “place your bets”… Claro que as sequelas já se chamaram “Ocean’s Twelve” e “Ocean’s Thirteen”…

  3. VB

    Então e o abórtico (e recente) “Ponha aqui o seu dentinho” do original “Vampires suck”!!
    Agora que penso nisso, nunca vi o “Ghost” exactamente pela “tradução” que levou para “O espírito do amor”. Sempre me cheirou a coisa ultra rabichola..

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