Sou grande fã de Rob Zombie desde 1992. Não do realizador, mas do músico. Um dos meus albuns preferidos continua a ser “La Sexorcisto: Devil Music Volume One”, mesmo depois de tanto ano. Ainda hoje ouço com alguma frequência el gran exito Thunder Kiss ’65 ou o fabuloso Black Sunshine. Era do tempo em que todos tínhamos CDs legais e comprados e se os queríamos piratear tinha que ser em cassete, crómio de preferência.
Depois ainda lançaram “Astro Creep: 2000 – Songs of Love, Destruction, and Other Synthetic Delusions of the Electric Head”, mas aquilo já tinha um bocado de cagança a mais. Depois disso Rob Zombie pôs-se no caralho e começou a editar a solo. Depois virou realizador… Mas pronto, tirando esta secante introdução, só quero dizer que quem conhece o universo de um senhor que tinha títulos como “El Phantasmo and the Chicken-Run Blast-O-Rama”, “Blur the Technicolor” ou mesmo “Welcome to Planet Motherfucker” não fica nada impressionado ou surpreso com a sua obra como realizador.
Este filme é uma encapuçada (ou encapuzada como se diz agora) sequela do House of 1000 Corpses de 2003. Era um filme cru e duro, nada de especial, mas não fazia parte daquele circuito teen horror nem era pulido. Era sujo, feio e meio distorcido. Este segue-lhe os passos das duas maneiras. Do ponto de vista narrativo, visto ser sequela, e do ponto de vista conceptual é uma versão polida do anterior. Mais violento ao nível psicológico, sempre dando ao espectador a sensação de “isto podia-me acontecer a mim“. Bastante gráfico e cru.
Rob Zombie mete sempre nos seus filmes a sua amada esposa Sheri Moon Zombie, cuja aparência é bem mais agradável que o nome. Os actores são muito bem escolhidos, bom casting. Não há aquela aura ariana e loura de Hollywood, são só pessoas feias e pessoas vulgares. Zombie acaba por marcar pontos na montagem e no passo que impõe ao filme, nunca deixando que as coisas morram, quer dizer, pelo menos ao nível narrativo e evolutivo da história.
nunca vi nem o House of 1000 Corpses nem este The Devil’s Rejects…
a ver se trato disso e dou algum uso ao tráfego internacional durante esta noite
Também sigo com alguma atenção Rob Zombie deste os White Zombie, mas confesso que a sua participação no sacrilégio que foi “refazer” o “Halloween” fê-lo descer um pouco na minha consideração. Enfim, se até o próprio Carpenter andou metido nisso…