E agora amigos, silêncio porque se vai falar de clássicos. Dellamorte Dellamore é um filme único e incomparável em duas frentes. O primeira é a pura genialidade cinematográfica a todos os níveis, faceta invulgar num género que é o filme de terror, vertente zombie. O argumento aparentemente surreal esconde camadas e mais camadas de conteúdo de uma ardilosa ambiguidade, o trabalho técnico é superior a todos os níveis e o humor negro faz-me lembrar Braindead dos tempos que Peter jackson ainda morava com a mãe. A outra frente que faz deste um filme único é o tamanho dos mamilos da actriz principal. Umas aréolas com um perímetro tal que poderia facilmente abrigar uma família pouco numerosa numa tarde de tempestade… No final do post colocarei um pequeno diagrama para que possam avaliar a imensidão destes afamados mamilos.
Francesco é encarregado de um cemitério. A sua missão é organizar enterros, fazer manutenção às infraestruturas e dar um tiro na cabeça aos mortos quando estes ressuscitam, aproximadamente uma semana depois da morte. Por muito excitante que possa parecer, matar zombies acaba por fartar e Francesco começa a ficar entediado. Até que um dia conhece a mulher da sua vida e no meio de uma tórrida cena de sexo no cemitério, o defunto ex-marido da atraente viúva (a tal dos mamílos) arranca-lhe umas lascas de carne à dentada num festim tipicamente zombie. Agora Francesco encontra-se perante um dilema: arrancar metade do crânio à sua amada quando ela ressuscitar ou fazer amor selvaticamente até que a gaita lhe fique em carne viva?
Por muito apelativo que possa parecer este simplório resumo do argumento que vos fiz, garanto que esta é apenas a ponta do iceberg. Depois destas questões carnais e mundanas, Dellamorte mergulha para áreas muito pouco visitadas do cinema, tão obscuras quanto astutas, mantendo sempre uma saudável dualidade vulgarmente conhecida por “fucked up mind twist”. A entrada em cena de personagens fisicamente semelhantes a outros já defuntos, detalhes de argumento que não parecem importantes mas que vão ganhando dimensão, surrealismo que nos leva a imaginar os mais variados cenários, e muita carnificina zombie. No final, se tudo o resto falhar, fica a mortandade perfeitamente gratuita e o sangue que pode ser medido na ordem de grandeza dos hectolitros.
É, muito provavelmente, o filme que David Lynch gostaria de ter realizado e esta frase por si só diz muito acerca do deslumbramento que se sente após presenciar tamanha prova de talento. Não sei porque nunca teve lançamento em Portugal, apesar da participação no Fantas de 1996. Só para se ter a ideia do impacto deste filme, basta consultar os incontornáveis foruns da IMDB. Dezenas de teorias, cada uma mais alucinada que outra, mas todas elas com a sua razão e lógica. É um filme de mil filmes, cada um faz o seu Directors Cut mental.
Há algumas coisas neste filme que me fazem lembrar os Evil Deads: a cinematografia (trabalho de câmara e fotografia), o som e efeitos sonoros e o próprio actor principal bastante parecido com Bruce Campbell
Mas pronto, vamos lá ver as mamas da gaja, que acredito ser a razão pela qual chegaram a este ponto.
c’um caralho, grandes mamas… e o filme também parece ser porreiro
vou tratar de ver isso o mais rápido possível
As imagens são de fraca qualidade…Vindo de ti, esperava-se melhor! ;o)
Eu queria outros filmes como este. Como vários comentários que eu vi por aí, é o tipo de filme ame ou odeie. No meu caso, é uma história de amor profundo com ele. É demais.
Algumas resenhas comentam que está película é do tipo amei ou deixe, particularmente, fiquei com a segunda opção. O filme é sensacional e mais um mindfuck para minha coleção, que incorpora dentre outros, On The Silver Globe do Zulawski e Arrebato do Zulueta . Ainda bem que Dellamorte passou incólume pela visão de raio-x dos filmakers de Holywood. Holy Motors é o próximo a passar incólume, pois Leos Carax enviou um recado colocando críticos e organizadores americanos em seus devidos lugares, apesar de estarem lhe premiando.
Desculpe postar outro comentário, mas eu esqueci de mencionar que o filme parece incorporar a teoria filosófica do Eterno Retorno de Friedrich Nietszche, ou seja, há algumas ocorrências cíclicas no enredo e que não envolvem, especificamente, percepções temporais. Só sei que ao rever o filme ontem, não saia da cabeça a genial sentença “abrigar uma família pouco numerosa numa tarde de tempestade”, uma criação impagável!