Tempos a tempos somos presenciados com novos obras que nos arrebatam e nos fazem repensar toda a dinâmica do cinema. Este filme não é um desses casos, mas por pouco… [REC] é um exemplo do Hiper-Realismo na estética cinematográfica, uma tendência que pegou no mainstream recentemente e, provavelmente, irá levar este esquema cinematográfico ao limite do absurdo. Mas para já encontra-se no limite do tolerável. E o Hiper-Realismo quando se junta à boa e velha Ultra-Violência e as mãos de um mestre, temos festa na aldeia.
Estéticas à parte, [REC] é um fabuloso filme de terror, capaz de assustar a valer e arrepiar os pelos da espinha a algum incauto que não esteja à espera. Seja um zombie assassino ou a simples queda barulhenta de um isqueiro, há arrepios para dar e vender. O realismo supracitado só serve para ampliar a nossa identificação com aqueles personagens que não podem fazer mais nada além de… bem, além de morrer com todo o aparato que se reconhece a qualquer ataque zombie que se preze.
A narrativa cavalgante vai subindo o tom até ao final negríssimo, sempre pautado por uma funesta claustrofobia, uma sensação de desespero sufocante. Ainda assim não é deprimente, antes pelo contrário, achei bem fresco. Um filme curtinho e ainda bem que o é. O cérebro humano não aguenta muito mais tempo de câmara tremida.
Mais um exemplo de como os espanhóis conseguem contornar pobres orçamentos com criatividade.
Vi este filme no fantas há dois anos e adorei mesmo! Nesse mesmo festival estavam a actriz principal e o realizador. Este nos referiu que a industria norte americana (ultimamente com vontade de fazer versões e cópias de tudo que é bom mas não nacional) tinha feito mais uma vitima (espero que tenham ganho muito dinheirinho com venda dos direitos!)…
Quando olhei de repente pareceu-me o rec 2… essa critica fica para quando?
O REC2 está já na fila de espera para sair aqui.
pedro, no teu lugar não via o rec 2. quando vires [spoiler warning] o dr. cox do scrubs a virar-se para um zombie, a pegar num crucifixo, a dizer “en nombre de patre, fillie et fillio santi” (ou qualquer coisa assim), e o zombie a parar de atacar para começar a falar espanhol, vais ver que foste longe de mais (e tem erros de continuidade e buracos de argumento óbvios, é mais para lucrar do que para…seja o que for que o rec 1 era).
Tarde demais Tio Jay, já vi…