Quando olhamos para um cartaz que diz algo como “do realizador de…” ou “dos produtores de…” somos apoderados por um poderoso calafrio na espinha. Estas expressões têm um significado conhecido por todos nós, um segredo que toda a gente conhece mas ninguém se atreve a dizê-lo em voz alta. Essas palavras significam: Do realizador (ou produtor) que uma vez teve um paio do carago e o filme onde estiveram envolvidos, por extraordinária reviravolta do destino, foi relativamente famoso ou teve bom marketing. Infelizmente este filme é um sucedâneo pobre, nos mesmos moldes, sem imaginação e provavelmente uma bela merda. Tenham em mente que este filme é mau e que o pessoal envolvido teve em tempos um laivo de sorte ou talento, mas agora são uma cambada de falhados a viver de glórias do passado, viciados em cocaína, putanheiros consumidores de tailandesas baratas e provavelmente nem sequer sabem que têm o nome associado ao filme, porque assinaram completamente bêbedos… Mais ou menos como os últimos álbuns dos U2.
Portanto, e sem mais demoras, Skeleton Key é um desses sucedâneos. É-nos apresentado como sendo do produtor de “The Ring” americano, como se isso fosse uma grande honra. É um filme que pega numa ex-promissora actriz e a mete enfiada num filmeco de terror (pseudo?) a chafurdar nos terrenos manhosos do Voodoo. Depois é carregar pela boca os clichés do género, espetar o look saturado de montagem rápida e câmara às costas. O imaginário Voodoo e as bonecas de trapos fazem o resto do serviço, enfiadas no meio do escuro poeirento.
Hollywood chupa os veios até ao tutano, até o sumo ter sido consumido e os cinéfilos serem alimentados com uma pasta seca com sabor tulicreme de meloa. A onda do terror que apoquenta uma gaja boa ao estilo asiático está gasta. Nem os asiáticos se atrevem a usar. Além disso, para fazer um filme desta onda basta arranjar um objecto ou local e depois fazer tudo em redor daquilo, sempre com ar creepy e sujo. Por exemplo, um filme acerca de uma caneca de cerveja enfeitiçada… Acham que é complicado? Nada disso…
Voltando ao filme, podemos dizer que é um pastelão desinspirado que tenta salvar a situação com um suposto twist. Um twist tão foleiro que parece metido a martelo, mas na realidade todo o filme de desfaz em desculpas ranhosas e piruetas de argumento para desembocar naquela desgraça. Depois temos o óbvio desperdício de talento, ao ter John Hurt a fazer de tetraplégico vegetal que nem 3 palavrinhas diz, só arregala os olhos como quem diz “Pagam ao dia 23 ou é só no fim do mês? Uma vem em 1934 fui a…” e adormece.
Pedro: “Do realizador (ou produtor) que uma vez teve um paio do carago e o filme onde estiveram envolvidos, por extraordinária reviravolta do destino, foi relativamente famoso ou teve bom marketing. Infelizmente este filme é um sucedâneo pobre, nos mesmos moldes, sem imaginação e provavelmente uma bela merda. Tenham em mente que este filme é mau e que o pessoal envolvido teve em tempos um laivo de sorte ou talento, mas agora são uma cambada de falhados a viver de glórias do passado, viciados em cocaína, putanheiros consumidores de tailandesas baratas e provavelmente nem sequer sabem que têm o nome associado ao filme, porque assinaram completamente bêbedos… ” é muita letra para por no poster pá! Realmente é mais simples: “do realizador de…” ou “dos produtores de…”
Entrei nessa paginar por engano eu tenho 14 anos e tbm tenho MSN então vc querem me adc? valescarayza@hotmail.com
eu penssei que essa era outra pagina 🙂
Eu também já tive 14 anos e na altura tinha respeito pelos mais velhos. A tua mãe sabe que andas a convidar pessoas para te adicionar no MSN ou vou ter que ser eu a dizer-lhe?