Há na vida certas situações que sabemos que vão ser extremamente desagradáveis e ainda assim avançamos. Como ir ao Joshua’s comer uma Pita Shoarma e saber que vamos andar a tarde toda com um arroto mortífero capaz de sugar a vida a qualquer criatura que se atravesse no seu caminho. Ir jantar a um restaurante indiano e saber de antemão que daí a meia hora temos as labaredas do inferno a subirem-nos pelo esófago acima sob a forma do mais abominável refluxo ácido, capaz de criar bolas de cuspo que dissolvem 3 pisos de betão. Ou ir ver uma adaptação cinematográfica de uma BD da Marvel, que sabemos que nos vão doer os tomates de tanto rir, apesar de não ser uma comédia.
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E agora amigos, silêncio porque se vai falar de clássicos. Dellamorte Dellamore é um filme único e incomparável em duas frentes. O primeira é a pura genialidade cinematográfica a todos os níveis, faceta invulgar num género que é o filme de terror, vertente zombie. O argumento aparentemente surreal esconde camadas e mais camadas de conteúdo de uma ardilosa ambiguidade, o trabalho técnico é superior a todos os níveis e o humor negro faz-me lembrar Braindead dos tempos que Peter jackson ainda morava com a mãe. A outra frente que faz deste um filme único é o tamanho dos mamilos da actriz principal. Umas aréolas com um perímetro tal que poderia facilmente abrigar uma família pouco numerosa numa tarde de tempestade… No final do post colocarei um pequeno diagrama para que possam avaliar a imensidão destes afamados mamilos.
Danny Wormwood é um próspero empresário que tem um canal de TV e produz séries e filmes de sucesso. Tem um lustroso escritório no Empire State Building e o seu sucesso é reconhecido internacionalmente. Danny Wormwood é também o anticristo, tem um coelho que fala e o seu melhor amigo chama-se Jesus Cristo (esse mesmo). Wormwood e JC viraram as costas aos planos dos seus progenitores e a única coisa que querem é viver uma vida terrestre normal. Mas o vaticano e satanás (himself) têm um plano para dar origem ao Apocalipse que implica a participação involuntária dos dois amigos.
Imagine que todas aquelas histórias que lhe contavam quando era pequeno… São verdade! Durante a segunda guerra mundial, todas as criaturas do sobrenatural procuraram refúgio em Portugal. Vampiros, lobisomens, gárgulas e fantasmas vivem pacificamente, nas sombras, entre os humanos.Porém, no subsolo, o pior de todos os monstros ganha forças e prepara o seu regresso. Por sua culpa, todas as crianças de Lisboa estão a desaparecer.
E foi assim que o projecto apetecível da Pato Profissional mudou de rumo do cinema para a BD. Ao que parece não vão faltar cameos… Vai ser apresentado no Fantasporto. Sinceramente, pagava a dobrar para meter as unhas nisto já hoje! Mais aqui.
Faz hoje um ano que Chewbacca foi referenciado pela primeira vez no Cinema Xunga. Pouco tempo depois teve direito a uma rubrica semanal de factos pouco conhecidos acerca da sua vida pessoal e profissional. Muitas sextas depois encerra-se aqui esta página heróica da blogosfera mundial que é o Chewbacca à Sexta. Viverá para sempre nos nossos corações e numa página no facebook que podem adicionar às outras inúteis páginas do facebook que já possuem. Espalhem a palavra, que Chewbacca caminhe convosco em espírito e a sua coragem, determinação e energia sexual vos acompanhe. Que um dia possamos contar aos nossos netos e bisnetos que Chewbacca só há um, o de Sexta e mais nenhum. [Ver todos]
A aproveitar a onda de sucesso, Michael J. Fox arrecadou tudo que conseguiu amealhar. Uma trilogia sucesso e um sitcom apreciada a nível planetário que durou 7 anos é mais que suficiente para escrever o nome entre as estrelas de modo permanente. Mas Fox pisou a bola nesta idiotice teenager que pode muito provavelmente ser a pior comédia juvenil que alguma vez viu a luz do dia. Um jovem descobre um dia que é lobisomem, o que é uma chatice na adolescência. Já não basta a insegurança, a erecção permanente, as manchas nos lençóis e o acne, tinha agora também de aparecer este aborrecido licantropismo.
“Roads? Where we’re going, we don’t need roads.” seguido de um tema épico de Alan Silvestre, de arrepiar os pêlos do rego. É este o fim do primeiro episódio de Back to The Future, que na realidade é apenas o início de uma aventura Homérica, mais intrincada que filigrama minhota. Se esta não é a mais fantástica trilogia da história do cinema, qual será?
Há uns tempos atrás todas as autoridades mundiais da saúde se dirigiram ao planeta acerca de uma nefasta pandemia que nos iria assolar. As previsões: milhões de mortos, devastação planetária, corte do circuito de distribuição de alimentação, saques em massa e violação de animais de companhia numa escala nunca antes vista. Agora que estamos a passar essa suposta fase de pestilência começamos a perceber a verdadeira escala da epidemia: farmacêuticas já nem sabem onde meter tanto dinheiro que receberam de vacinas, os governos recolhem-se nos seus gabinetes com orelhas de burro na cabeça a falar da meteorologia para mudar conversa, os médicos que ajudaram ao pânico mundial a passar férias nas caraíbas com pintelhos entre os dentes da festa da noite anterior e as multidões começam a juntar archotes, forquilhas, alcatrão e penas para ir até à sede da Organização Mundial de Saúde. Percebemos finalmente que perante a globalização e a cultura corporativa multinacional somos todos vacas leiteiras.
Gus é um rapaz que nasceu com um “defeito de fabrico”, é narcoléptico. Adormece ocasionalmente sem ter controlo sobre isso. Não arranja empregos duradouros, tem uma vida pessoal complicada. A sua esposa, paixão de infância, é a galdéria da aldeia. O seu melhor amigo aspira ser o melhor karateca do mundo. Também aspira bastante cocaína e cerveja é ao garrafão. Gus sonha grandes aventuras cinematográficas e depois expressa-se por banda desenhada. Van Damme aparece, qual aparição celestial, como guru espiritual. Os vilões são um casal de gémeos ex-campeão de patinagem artística que agora seguem uma rentável carreira de assassinos contratados, sem no entanto terem mudado a indumentária.
Anos depois Woody Allen volta à sua cidade, o personagem principal da sua filmografia. Larry David, esse monstro da comédia americana, é o alter ego da personagem que será sempre Woody Allen. Novaiorquino psicótico, neurótico, hipocondríaco, ansioso e com uma visão pessimista em relação à existência em geral. Amores trocados, crises de meia idade, tramas familiares e as confusões bastante teatrais da sua fase inicial, Woody tenta voltar ao velho estilo com este Whatever Works. Mas apesar de estar o cozinheiro e todos os ingredientes, este é um assado que saiu seco por excesso de forno. Continue reading
O cinema francês não é apenas um conjunto de filmes existencialistas realizados por nomes acabados em “aut”, com gajas de mamas pequenas em tronco nu que acabam invariavelmente por levar com ele, sendo “ele” um latejante falo erecto e não um conceito abstracto. O cinema de terror francês atravessa uma época de especial vitalidade, afastado dos canones do “horror movie” americano, mais próximo do conceito de pesadelo colectivo, com narrativas e grafismo capaz de nos eriçar os pelos das costas…
Sou a pessoa indicada para falar de euforias de tecnologias de primeira geração. Esse fascínio da novidade que me seduz como a décima musa de Lesbos, como aquela luz assassina que atrai os mosquitos para a sua perdição. Eu, que tenho em casa gavetas cheias de palm tops, PDAs, smartphones e outros gadgets idiotas só porque tive dificuldade em esperar que uma tecnologia amadureça. A história ensina-nos lições importantes de assombros cegos de primeira geração que morreram rapidamente, fazendo os seus embaixadores lambe-bolas parecerem ridículos palhaços à chuva, com a maquilhagem a escorrer pela face, com um sapato roto a ver-se o dedão Exemplos como a MiniDisc, HD DVD, videogravadores Beta, laserdisc, o videotelefone, os carros que falam ou aquele pedacinho de cartão que permite que as senhoras se aliviem em urinois.
O boom do DVD e as TVs por cabo temáticas trouxe uma promessa aos saudosistas: poderiam rever as séries que tanto os emocionaram na juventude. Ora, como qualquer saudosista sabe, isto não é bom. A ideia de entretenimento de qualidade que temos acerca dessas séries cedo se esvanece à primeira re-visualização das nossas séries de infância. O que parecia bom parece agora uma bosta de merda completamente idiota e estupidificante. Eu já tive essas experiências. Séries como Galáctica, Buck Rogers, Captain Power and the soldiers of the future, MacGyver, Verão Azul, 3 Duques entre outras são más… Horríveis. Mas porque eram tão boas antes? Bem, porque o tempo era outro e os nossos standards eram os da altura. E esses memórias devem ficar contidas herméticamente no cérebro. Qualquer tentativa resulta na sua destruição, e com ela cai a nossa ideia de “infância feliz”. Há excepções. O Space 1999 ainda é bom. É bom porque é funky, e o funky, como toda a gente sabe, nunca sai de moda.
Na altura das vésperas das estreias dos grandes blockbusters e no início das férias escolares americanas, os estúdios mandam assim à laia de “ver se cola” uns filmes de horror (sic) para teenagers. Gajas boas, tipos musculados, algum sexo meio desfocado ou encoberto, pares de mamas e centenas de gajas em cuecas. Normalmente envolve um grupo composto por todos os estereotipos de liceu que vão morrer aos poucos até ficar um, ou dois se houver um casal realmente apaixonado ou pouco evidente. Tipo a gaja boa da claque e o nerd dos computadores que até é boa pessoa, mas factura pouco grelo. Muitos destes filmes passam direct to video outros ainda se aventuram nas salas. Há sempre marketing forte junto dos putos, geralmente na MTV, e concursos naquele programa da tarde da Sic Radical.
E por falar em actrizes que detesto, apresento-vos mais um filme com Zooey Deschanel. Essa actriz que baseia toda a sua carreira nuns grandes olhos azuis e ar de cachorrinho triste, e cujo único personagem que faz é a teenager inconsciente alheada do mundo, que destila encanto e filosofia Zen de herdeira rica que não precisa de trabalhar. No final do post anexarei um foto para que possam comprovar com os vossos próprios olhos aquilo que tentei explicar sem grande sucesso. E se há característica que possa definir este filme é a sua extrema leveza que o torna quase numa memória reprimida que não sabemos bem ser sonho ou realidade. É como acordar ao lado de um prostituta morta depois de uma noite de excessos, com uma dor aguda ao fundo das costas que pode explicar a cicatriz daquilo que parece ser a extracção de um rim por processos artesanais, sem grande memória do que aconteceu na noite anterior.
Eis que me chega às mãos um tesourinho deprimente de proporções épicas. A adaptação para banda desenhada do ultra-clássico “Planet of the Apes”, o original e mais sequelas, com todo o esplendor e ingenuidade de toda a ficção científica feita nos anos 60 e 70. São 11 volumes alucinogénicos fieis ao filme até aos mais ínfimos detalhes. Inclui a clássica cena intemporal “God Damn You All to HEEELLLLLLL!…” Ficam mais algumas fotos aqui no “Read More”.
Há no mundo do cinema de ficção científica americano um obsessão constante de forçar a analogia com as cyber-tendências e a vida real. Criam-se paralelismos entre as redes sociais, jogos e comunidades. Não é novo, já no inicio na massificação das tecnologias de informação e dos seus sucedâneos recreativos foi feito o Tron, War Games ou o Lawnmower Man. Isto para ignorar o elefante no centro da sala, que é o Matrix… Gamer é então um desses “e se o Facebook e o Call of Duty fossem jogados por pessoas num mundo físico” em que os fundamentos tecnológicos são cirurgicamente ignorados, fazendo com que a fronteira entre a ciência e os contos de fadas desapareça e o mundo seja finalmente controlado por feiticeiros demoníacos com riso maléfico em tons que alternam entre o génio e o tresloucado.
É muito provavelmente o melhor sitcom da actualidade. Pejado de referências cinematográficas, com especial ênfase na ficção científica, e de uma forte componente de pop culture. Alia o extremamente idiota à fisica teórica e tem um filão que parece não ter fim. Se puderem, vejam o genérico inicial frame a frame, delicioso. Bem, e isto tudo porquê? Porque eu pensava que a série tinha recomeçado ontem e afinal só recomeça para a semana. Para apaziguar o geek que há em mim. Até lá “live long and prosper“…
O narrador avisa logo à cabeça que esta não é uma história de amor e a cena inicial garante que daqui não se esperam finais felizes. Mas esta não é uma história original, porque qualquer um de nós, menino ou menina, com vida sentimental e sexual dentro dos parâmetros daquilo que é considerado normal, já passou por esta situação uma vez na vida. Quantos de nós não arranjaram já aquilo que pensaram ser a alma gémea, e de repente essa alma gémeo no meio de uma relação que parecia ser normal dá um discurso em que diz não ser capaz de amar, que não é suficiente boa para nós e que merecemos melhor, não se encontra preparada para amar ou assumir compromissos e nos abandona deixando o nosso coração feito em estilhaços. E depois, passados uns dias, descobrimos que afinal a vaca já namora com outro gajo e até tem planos para se casar. Ou quando diz que precisa de tempo para se reavaliar e definir a sua vida com calma e sem parceiro e passada uma semana descobre-se que teve que ir lá a casa uma equipa de desencarceramento dos bombeiros municipais para lhe tirar uma equipa de rubgy que lhe ficou entalada nos entrefolhos numa posição sexual arrojada mas tecnicamente mal executada. Não, a mim nunca aconteceu!…
Rua da Sofia, Coimbra, Primavera de 1987. Num período pós-Natal e pós-Carnaval pouca coisa existe para um jovem de 13 anos se entreter no caminho para a escola. As montras são cinzentonas e aquela loja que vende VHS está sempre a passar o Break Dance 2: Electric Boogaloo. Era interessante no início, chateia à 513ª vez. Nem os vendedores de calendários aparecem com novidades. Rambo? Tenho! Aviões de Combate russos? Tenho!Samantha Fox com as tetas à mostra? Tenho… debaixo da cama para investigação académica… Continuo a andar e eis que a meio da rua Visconde da Luz, numa zona dedicada aos cartazes dos cinemas, um confortável e quente clarão multicolor me atinge em cheio. Como uma explosão de cornucópias alucinogénicas misturada com o riso de mil crianças e um bando de unicórnios a brotar de um arco-íris, envolvido pelo cheiro de um campo de rosas ao triplo nascer do sol de Tatooine ao som de um coro de anjos, lá estava. Daqui a meio ano ia estrear um novo filme de Schwarzenegger: Predador! Caralhos me fodam se não senti uma erecção…
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