Em 1997 estreava um filme cuja premissa girava inteiramente em redor de uma frase “Eu sei o que fizeste no verão passado”. A história é conhecida, mesmo para aquele cinéfilo que só vê séries de TV, Titanics e TikTok. Um grupo de atraentes adolescentes tesudos, em plena fase de descoberta sexual, num verão louco a dar o tudo antes da faculdade, mata acidentalmente uma pessoa. Encobrem tudo e vão, bêbedos e drogados, à sua vida de deboche, excesso e sodomia seletiva. No ano seguinte recebem uma nota, magistralmente bem escrita para um maneta de gancho, que diz “ah ahhh meu bois, eu sei o que fizeram no verão passado. Mataram-me seus cães, mas eu fodo-vos um a um em esquema de sexta-feira 13. Não literalmente, mas figurativamente e com um gancho. De pesca.” E assim se transforma esta premissa inventada na hora por um argumentista, que acordou 5 minutos antes de uma reunião de pitch depois de passar uma noite a snifar coca do rego de prostitutas, com o pouco dinheiro que lhe sobrou do seu único êxito comercial.

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