artederoubar

Em Portugal há décadas que se procura a fórmula do sucesso internacional. Frequentemente se apregoa prematuramente a eminência do reconhecimento da genialidade lusitana, seja cinema, música ou outras artes. Tal é o desespero pela fórmula milagrosa que os nossos produtores disparam em todas as direcções sempre com o papo inchado de superioridade e pedantismo e sempre desaguando nas fétidas águas do esquecimento. Todo este estrabuchar de desânimo e este clamor por atenção faz com que só existam em Portugal alguns filmes bons, filmes transparentes (que passam despercebidos) e depois uma enorme gama de categorias de filmes maus, desde o hilariante involuntário ao perfeitamente idiota sem nexo, passando pelos políciais com cheiro a sexo e rata badalhoca, o falhado aspirante à candidatura a Oscar ou a indiscritível posta de inocuidade deslavada que Manoel de Oliveira cospe anualmente.

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