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Apesar de nunca ter sido grande fã de Tom Cruise, várias são as vezes que admito publicamente que é o actor que melhor gere a sua carreira. Tanto pela escolha como pelo papel de produção que desempenha quase sempre para garantir que as coisas correm como planeado, ou pelo menos como ele planeou. Este último Mission Impossible acabou por ser mais fraquinho que os outros, sendo ainda assim um blockbuster acima da média. Não por ser um bom filme, mas porque a média é baixa. E posto isto de parte queria falar-vos na nova tendência de investimento de dinheiros chineses em blockbusters. Reparei que Mission Impossible 5 foi produzido pelo China Movie Channel e pelo Alibaba Movies. Ora, não tenho nada contra as co-produções, sendo uma estratégia muito usada na Europa para unir esforços em pequenas produções para criar obras maiores, que de outra maneira não teriam possibilidade de existir. Com os blockbusters a conversa é outra. O próprio conceito de negócio é maximizar o lucro, vender produtos em paralelo e espalhar ideologias. O blockbuster americano já é um género muito condicionado em temas que pode abordar porque tem que abranger uma gama imensa de público para fazer dinheiro. Nos Estados Unidos são inúmeros os tabus, sejam religiosos, políticos ou morais. Todos sabemos quais são porque vimos blockbusters desde a nascença. Imaginem agora um pequeno exercício matemática de grupos, em que interceptamos os tabus americanos com os chineses e ficamos com uma lista ainda maior de tabus. Se mais um ou outra cultura quiser também investir (muçulmanos, indianos, tailandeses, etc) o âmbito de coisas a abordar tende para zero.  Fiz-vos uns gráficos para elucidar a questão.

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