Há meia dúzia de anos atrás quando a Eon Productions pegou novamente em James Bond decidiu, por alguma razão, que iria definitivamente cortar com os filmes anteriores por serem demasiado imaturos e plebeus para os standards do ultra-realismo de que padece o cinema moderno. Decidiu fazer-se um reboot de modo a reenquadrar Bond nos standards cinematográficos actuais (a 2006), adaptando a primeira aventura do herói. “Uau”, reagiu o mundo, “Agora sim, sem fantochadas. Sóbrio, como eu gosto do meu Bond!”. Dois anos depois Quantum of Solace continua a saga, limpando o rabo às suas origens extravagantes de Bond. negando sequer a existência de Roger Moore de poncho prestes a entrar em órbita com dezenas de jovens virgens num plano de repovoar o planeta ou os satélites de destruição maciça de Ernst Blofeld e do seu gatinho persa Mr. Tiddles.
Tag: sam mendes
Os códigos audiovisuais que regem aquilo a que chamamos “um bom filme” não se confinam ao âmbito do cinema. Muitas vezes temos muito mais qualidade de entretenimento na banda desenhada. Enquanto que as variáveis para sacar lucro de um filme são tantas que reduzem um potencial bom filme a um patético esforço, na banda desenhada os limites são praticamente inexistentes. Há muito que a BD deixou de ser apenas histórias de super-heróis travestidos de licra para crianças e adolescentes e abriu um fabuloso mundo a todos aqueles que se fartaram de esperar por uma mudança significativa na 7ª arte.
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