Facto: a puberdade é a fase mais dolorosa do crescimento. Quando as crianças começam a ter sensações estranhas, a relação com o corpo é de amor/ódio, tufos de pêlo populam áreas de de pele outrora caracterizada pela frondosa suavidade, o apocalipse dos pessegueiros (esgalhados)… É nesta fase que se forma a nossa personalidade e é uma fase que nunca corre bem. A razão de sermos adultos disfuncionais, descompensados e de humores irregulares nasce, em parte, pela falta de equilíbrio nessa fase crucial do crescimento. Mas não se preocupem porque somos todos assim, imperfeitos, incompletos. Há, no entanto, quem não se safe e se deixe engolir pelo ciclone hormonal e emocional do fast forward evolucional pre-teen. É nestes mares da extrema disfunção e desequilíbrio em todas as frentes que navega Excision, o freakshow do ano.
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Há qualquer coisa nos desportos de violência física que atrai os humanos com um poderoso magnetismo animal. O ser humano gosta de ver uma boa luta e gosta de sangue. As pessoas gostam que sangrem por si, pela sua equipa, pelo seu país, pela sua honra, pela sua vida, pela sua aposta. É o instinto primitivo. Gostam da “Vitória ou a morte”. Isto, claro, sem sair do conforto uterino do sofá ou da bancada. Ali na passagem da década 70 para 80, Hollywood sabia que o tema era quente e, sobretudo, rentável. Ora toca a inundar o mercado com tragédias e dramas de lutadores caídos em desgraça ou renascidos das cinzas, biografias, ficções ou uma mélange agridoce das duas. Não falo apenas de Rocky e Ragging Bull, falo também de uma miríade de produções satélite de baixo orçamento que aproveitavam onda de hype e glamour do boxista, como The Champ ou Dempsey. Sim, eram filmes de segunda linha, mas quando não havia mais nada nas prateleiras do videoclube também se alugavam, com um belo porno para contrabalançar. Algo com a Ginger Lynn ou a Traci Lords antes de terem topado que os melhores filmes dela foram feitos antes dos 18 anos. Oops…
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