Fosse este filme realizado por um monte de merda qualquer e eu teria escarrado e mijado por ele abaixo e seguiria a minha vida imune ao seu inerte sentido de humor e à sua estéril contribuição para a historia da 7ª arte. Acontece que o realizador deste filme não é um monte de merda qualquer. É um monte de merda especial que já realizou alguns dos meus filmes preferidos, criou alguns personagens que venero e já foi ele próprio um icon da cultura junkie/geek vestindo a longa gabardina de Silent Bob. Estou a falar, obviamente, de Kevin Smith, esse gordalhufo que sabemos capaz de produzir genialidade, e que no entanto parece andar perdido num inferno de tarefeiro hollywoodiano a fazer um filme, que à sombra do conceito das “homenagens”, é na realidade um exemplo de unidimensionalidade amorfa que lhe pode valer o prémio “Era atar-te os tomates à traseira do comboio das 9 e dizer-te adeus com um lenço branco”.
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O guilty pleasure é uma das características mais enigmáticas da mente humana. Como podemos explicar o gosto por coisas que à primeira vista teriam tudo para nos abominar? Mas o certo é que todos nós somos tentados por este tipo de prazeres, seja masturbar um cavalo ou ouvir compulsivamente o novo CD do Leandro. Os próximos 7 itens que vos mostro são os meus guilty pleasures na área do entretenimento.
Número 7 – Kung Fu dos anos 70
Não é coisa que compre, grave ou tire da net. Mas quando estou a fazer zapping e apanho um filme de Kung Fu chinês (vertente Shaolin) não desgrudo. Talvez sejam influências de infância de quando os Jovens Herois de Shaolin fizeram de mim mais homem ou aquele impulso masoquista de ver audio e video com falta de sincronia. Mas adoro os efeitos sonoros e as proezas físicas a desafiar todas as leis da física (e da química, matemática e até da alquimia). Continue reading
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