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Terminator Salvation (2009)

terminator_salvation

Este não é o futuro de que a minha mãe me falou. Este também não é o futuro que o Padre Lombarda me falava quando dizia que eu ia ser um menino especial desde que fizesse o meus trabalhos manuais por baixo da sua batina.” E é com mais ou menos este discurso que começa Batman Salvation, perdão, Terminator Salvation, num discurso que pode ser interpretado livremente como “Não liguem às incoerências nem à completa falta de lógica e retrocompatibilidade com as versões anteriores, até porque… hum… porque… Ah, porque as viagens no tempo alteraram o time-space continuum e as coisas não têm necessariamente de encaixar. Sim, é isso! Este futuro é mais barulhento e tem mais explosões.

Mas além das características supracitadas, este futuro é também mais idiota, uma vez que toda a premissa do plano, twist incluído, se baseia num plano que para ser executado com perfeição tem que prever as mais imprevistas e aleatórias condições para levar a um objectivo que poderia facilmente ser atingido aos 15 minutos de filme, mais coisa menos coisa.

Mas porque estará a Skynet a trocar a lógica fria digital por estes planos absurdos a fazer lembrar um mix de Ernst Stavro Blofeld com os Illuminati que até inclui uma cena do tipo “eu vou andando confiante e depois de ter confessado os planos enquanto tu ficas aqui entrega à tua morte certa, num esquema que nunca funcionou mas desta vez não vai falhar de certeza.”? A resposta a esta pergunta é que se o plano fosse executado logo ao início o filme não iria ter uma infinidade insuportável de explosões, efeitos especiais e uma barulheira infernal suficiente para me afastar dos blockbusters em salas de cinema nos próximos tempos.

E com isto colocamos de lado o argumento. Fala-se também da intensidade dramática, mas gritar de braços virados para o céu e perguntar “Why, why?” não é aquilo que considero intensidade dramática. Bale aparece-nos no seu registo Batman, cheio de traumas de infância e aquela voz rouca acompanhada com uma banda sonora dramática que faz parecer relevante frases como “Tenho que ir fazer chichi” ou “Não demores muito porque preciso desses ovos para fazer o jantar”.

Fiquei terrivelmente desiludido, mas basta olhar para o nome do realizador McG cujo rico curriculo como realizador se pode resumir com as obras primas “Anjos de Charlie” (os dois) e uns telediscos para os Korn e Offspring. Digamos que o vosso ficheiro “filmes_preferidos.doc” não vai ser modificado depois de voltarem do cinema. A não ser que se deixem encandear pelo barulhos das luzes e pela caféina e açucar daquele 1,5 litros de Pepsi e um balde de pipocas que poderia facilmente alimentar uma aldeia Masai durante um mês…

8 Comments

  1. Filipe Machado

    Pois, as opiniões na generalidade têm sido muito negativas…

  2. pedro

    Negativas e com razão. Quando chegou ao fim eu só pedia que matassem o John Connor de vez para acabar a tortura. É uma falta de respeito para com o legado de James Cameron.

  3. Bruno

    opah não digam isso… para a semana queria ir ver isto ao cinema

  4. P.

    E deves ver. Numa sala de cinema é uma experiência óptima, muita cor, muita explosão, etc… Não se pode é olhar para o filme e pensar que vai ter pés e cabeça. Não vai. Mas como há um abuso de terminators (hidráulicos, gigantes, voadores, T-600, T-800, mototerminators), o espectáculo é mais ou menos garantido. A lógica da coisa não está no argumento. Está naqueles minutos finais que prometem mais um Terminator. Os saltos temporais só estão lá para dar uma dinâmica tipo Academia de Polícia (1, 2, 3 … 718…). Recicla-se o argumento, arranja-se financiamento para mais umas explosões nucleares e a coisa está resolvida para mais uns anos.

  5. Bruno

    vi o filme ontem à noite no cinema… e acção lá isso tem a dar cum pau…
    e até começa bem, mas lá para o fim de uma hora de filme aquilo descamba tudo… o argumento é ridículo =\
    este terminator ainda conseguiu descer mais que o 3º
    com muita pena minha, tinha grandes esperanças para este filme =(

  6. pedro

    Tinhas tu e tínhamos todos nós…

  7. pedro_bdea

    pior que o terceiro não é, mas lá que a estória é mal contada ng pode negar. tem bons momentos (o T-800 p.e.) mas o final rabeta é horrível.

  8. Bruno

    em acção o 4º ganha ao 3º perfeitamente
    mas em maior desilusão por mim… ganhou o 4º

    os trailers eram excelentes
    e eu ia com grandes expectativas para o filme, por isso é normal que a desilusão também tenha sido maior

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