Canadá, aquele país semi transparente que vive na sombra dos Estados Unidos da América e que sofre quase sempre do síndrome de associação com o vizinho de baixo, normalmente em coisas más. Mas este é um país diferente, que além do man-child Tom Green tem também um sentido de humor proprietário limitado às suas fronteiras internas. Freezer Burn é um filme que arranca gargalhadas de 10 em 10 segundos no país natal e aqui entre nós tem tanta piada como o episódio piloto do “Eu Show Nico”.
Eis que dos mortos ressuscita Tom Green, o Borat dos anos 90. Renovado com um estilo “My Name is Earl”, versão deprimido. A tentar não ser o typecast Tom Green, ou seja, não bater punhetas a cavalos, não espancar ninguém com peixes nem lamber o osso de uma fractura expostas a um skater acidentado. Tom Green tenta o registo anti-herói, caído em desgraça e farto de aturar pessoas, aquele que já perdeu a esperança na humanidade mas que no entanto está pronto para assegurar o futuro do nosso planeta se a ocasião se proporcionar. Isto, claro, com o ânimo de um imenso e robusto par de mamas de Sarain Boylan, uma desconhecida canadiana de bons ossos.
Freezer Burn é um filme que trata da eminente invasão por extra-terrestres que está a ensaiar em Laxdale um plano de conquista planetária. No entanto Tom Green e a esguia mamalhuda descobrem a sua fraqueza e expulsam-nos deste planeta para não mais voltar. Isto com alguma comédia pelo meio e uns efeitos especiais que não sendo nada de especial são mais que suficientes para dar credibilidade, dentro do possível…
Não achei grande piada e confesso que vi até ao fim porque tinha o controlo remoto demasiado afastado de mim para poder carregar no Stop. A preguiça mais uma vez a ditar que eu consuma entretenimento de fraca qualidade.
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