21 anos depois de Bad Taste de Peter jackson, eis que nos chega mais uma pérola do cinema de terror neozelandês ultra-low budget. Com um orçamento de 5 dígitos apenas, Last of the Living compensa em sentido de humor e frescura o que lhe falta em meios. E voilá, estamos perante uma nova estirpe de filme de zombies, o filme “quase sem zombies”.
O conceito é simples: 3 jovens vivem sozinhos numa cidade pós-apocalíptica destruída pela típica praga que assola o planeta e transforma a sua população em mortos-vivos caça cérebros. Estes jovens tentam viver o melhor possível, nas casas de luxo e em zonas normalmente não acessíveis num mundo sem zombies. O problema é que não há gajas e eles começam a stressar com tanta energia sexual por libertar (tirando a da ocasional masturbação não mencionada no filme). E aparece uma cientista toda boa com uma possível cura para o doença zombificante. Mas os nossos amigos estão mais preocupados em copular do que em salvar a humanidade, ou o que resta dela…
Filmado com uma absoluta falta de meios, é engenhosa a maneira que o realizador tem de dar a volta à situação e tirar partido dos parcos meios que possui. Planos fechados, edifícios que devem ser da família ou cenário improvisados sem nunca dar um aspecto Edwoodiando. Mas o guião é fantástico fresco e cheio de humor. O sotaque neozelandês consegue meter qualquer um bem disposto, mesmo quando se trata de uma comunicação do primeiro ministro a anunciar o fim da humanidade.
É curtinho e fresquinho, pelo que aconselho vivamente. Não esperem fogo de artifício nem números de circo, apenas frescura e boa disposição, o que não é mau para um filme onde a maioria dos personagens está morto…
Este parece ter potencial! Preciso de ver uma comédia (não de hollywood, por favor!)