Os anos 90 tiveram uma fase muito confusa, em que a música rock renascia sob a forma do glorioso (porém deprimido / deprimente) grunge, o rap/hiphop andava de mãos dadas com o metal/hardcore e ouvia-se falar de um conceito refrescante no cinema, algo que toda a gente achava que ia mudar definitivamente o panorama do cinemográfico mundial: as adaptações de BDs. [pausa para gargalhada] E foi nesta onda de inovação que apareceu Tank Girl, uma miúda de um mundo pós-apocalíptico que adoptou um tanque como fiel companheiro. A combater um uber-vilão com a ajuda de um bando de mutantes guerrilheiros liderados por Ice-T, à laia de pequenos Ches Guevaras, que tinham uma interessante particularidade: eram metade humanos, metade cangurus… Sim, leram bem, cangurus…
A dar apoio a esta colorida mistura de leveza, diversão e perfeita estupidez estava uma banda sonora de peso sempre a bombardear as cenas de acção com aquele rock típico da época. E a nossa heroína sempre a safar-se de todas as situações, qual James Bond amarrado a um poste com um laser a aproximar-se, sempre com uma piadas irritantes na altura de se safar.
Mas isto tudo não era necessariamente mau, mesmo após a malta andar ali uns meses numa expectativa idiota. Tão idiota que depois tínhamos vergonha de admitir que o filme era uma merda e arranjar desculpas esfarrapadas para elogiar o filme.
O certo é que Tank Girl tinha um estética muito engraçada, banda sonora musculada e uma actriz com algum carisma que levou o filme às costas, cumprindo a sua função com sucesso. Não é obra prima mas também não é daqueles que se esquece. Consegui arranjar um trailer no youtube que exprime em 1:41 minutos aquilo que estive para aqui a tentar escrevinhar…
Olá, descobri agora o teu blog e gostei bastante do que vi. Vou ficar atento. Parabéns.
Este blogue é fixe! Tenho de o ver mais vezes. Uma das bandas que participou na banda sonora são os DEVO!