Dr. Kuka Veludo fala-nos da sua ideia para um guião de terror, que envolve uma banda de black metal portuguesa nos anos 90. Sangue, medo e sacrifício humano naquele que é já um argumento na mira de todas as grandes produtores mundiais.
Música do Genérico: Servizio fotografico de Bruno Nicolai (1972)
Até aos finais dos anos 90 os filmes de terror viviam essencialmente da criação de situações onde os protagonistas se viam isolados e de seguida, em filinha indiana, eram chacinados como cabritos em véspera de Ano Novo. Com a chegada das redes de telemóvel, que nos estados unidos foi uns aninhos mais tarde devido a questões de norma tecnológica, chegou também o pesadelo dos argumentistas. E agora? Seja qual for a situação de um filme dos últimos 50 anos, facilmente se resolveria com uma chamada para o 112 ou para um amigo. Este atalho narrativo por telemóvel não iria apenas resolver tramas em filmes de terror. Episódios de Seinfeld, filmes inteiros de Woody Allen e grande quantidade de cinema que lida narrativas que têm a génese em problemas de comunicação. É certo que o cinema (e Hollywood em particular) têm problemas em adaptar os guiões à evolução tecnológica, como é o caso da utilização de informática que raramente tem algum paralelo com a realidade. Por vezes existem até guiões que passam décadas inteira em development hell e quando estão prontos para a fase de produção vêem elementos chave serem ridicularizados por um salto tecnológico que apareceu entretanto. Como está a lidar a indústria do Horror Movie com esta alteração no tecido social?
Ideia para filme arraçado de BD: Um arqueólogo encontra um túmulo perto do Vale dos Reis, Egipto. Ao entrar na câmara proibida encontra duas maldições: a do Escaravelho de Mármore preto e outra que não consegue decifrar. Anos mais tarde começa a aperceber-se que está a ficar com poderes. Transforma-se no Homem-Escaravelho, capaz de criar e enviar quantidades incríveis de excrementos acomodada sob a forma de bolas. De dia é o mais notável arqueólogo do planeta, de noite combate o crime atirando gigantescas bolas de merda paralisantes ou explosivas. O seu esconderijo é na pirâmide de Gizé, onde tem um exército de 200.000 hamsters a produzir energia eléctrica e toneladas de fezes para os seus gadgets…
Rejubilai, povo triste! A crise não vai acabar mas vai ser bastante atenuada pois Sam Raimi deixou-se de paneleirices (leia-se Spiderman) e começou a escrever aquilo em que realmente é bom: Evil Dead. Melhor ainda, Ash continuará a ser interpretado por Bruce Campbell, senhor todo poderoso da série B. Ainda só escreveu 7 páginas de guião, mas eu vou já fazer fila com uma tenda para a porta do cinema. Isto, claro, se ainda houvesse cinemas fora de centros comerciais.
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