No decorrer das filmagens de Robocop, José Padilha terá ligado ao seu conterrâneo também realizador Fernando Meirelles num aparente breakdown nervoso a dizer que não aguentava mais, que estava a ser a pior experiência da sua vida e que o estúdio recusava 9 em cada 10 ideias que propunha nas filmagens. Além disso, sabe-se também que Padilha e o protagonista Joel Kinnaman lutaram para que o filme tivesse um rating de R (maiores de 16) de modo a criarem uma obra mais violenta, com uma linguagem (falada e cinematográfica) que lhes permitisse dar corpo à sua visão ao mesmo tempo que se tornava mais fiel ao original. Porque terá sido Padilha assim tão castrado?
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Sofia Coppola, songa-monga. Com a simpatia de um bloco de basalto e um semblante equídeo cuja estrutura rinoplástica permite pendurar confortavelmente duas gabardines e uma samarra alentejana, Sofia é a filha mimada de Francis Ford Coppola que tenta sacar gabarito à conta de créditos hereditários e que desde finais do século passado tenta fazer passar os seus filmes por clássicos intemporais com a ajuda da máquina publicitária do papá. Mas como até um relógio parado pode estar certo duas vezes por dia, havia de chegar o filme que fosse decente. Somewhere, uma bela crónica voyeristica do mundo do showbusiness visto por dentro.
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