Para quem conhece Takashi Miike, as palavras “bizarria” e “demência” são bastante familiares. A estrutura deste filme acaba por se assemelhar bastante ao filme Spirited Away (A Viagem de Chihiro), mas em vez de ser para crianças é para alucinados e cinéfilos com tomates. Há um tipo que desaparece e o seu amigo faz uma fantástica viagem em busca do seu corpo. Nessa viagem conhece uma mulher que comercializa o leite dos seus próprios seios, um homem com uma estranha doença de pele que parte o pescoço ciclicamente, um medium poderoso que só funciona quando lhe açoitam o rabo com um chicote, um tipo com cabeça de vaca, um parto fora do comum ou mesmo um senhor que quando acorda é uma senhora… E isto é apenas a parte convencional do filme.
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É o que dá vender os direitos aos japoneses… Depois de um miserável Robocop 3, com um samurai cyborg, temos Robocop a prostituir-se na publicidade nipónica, neste caso a vender pedaços de galinha para fritar, os vulgos nuggets.
Takashi Miike, quando quer, kicks ass… Este é considerado a sua obra prima por muitos e um dos seus melhores por outros. Grande parte dos filme de Miike acabam por ser uma bizarra e surreal experiência para as bandas da violência extrema. Conjugam o humor para suavizar actos que envergonhariam por completo Torquemada e os seus lacaios da inquisição espanhola. Neste filme tudo é diferente. É um poderoso filme de emoções bem transmitidas, de amor e ódio incontrolável e, claro, sangue à baldada.
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