Chega ao fim mais um ano. Na minha lista de rascunhos procurei algo que estivesse pendurado injustamente. Pesco este Machete que mantive em banho maria por demasiado tempo. Não posso dizer que Machete seja a minha paixoneta cinematográfica do ano porque sou uma pessoa com grande dificuldade em demonstrar entusiasmo ou qualquer estado emocional que requeira algum nível de euforia. Mas que Machete foi um belo filme de 2010, isso não podemos negar. Não será certamente uma mensagem inspiradora que possa criar benevolência e ondas universais de filantropia. Não. É apenas divertimento no seu estado mais puro. Mas atenção, não é divertimento para todos, é para quem o conseguir inserir no seu lugar. E também é o uso mais divertido de um intestino humano desde o Braindead de Peter Jackson em 1992 ou as filmagens de Tomás Taveira em 1989.
Tag: Jessica Alba
Todo o cinéfilo mentalmente equilibrado e com a vida social dentro dos parâmetros daquilo que se convencionou nos dias de hoje chamar de “normal” é confrontado de tempos a tempos com um grave dilema: a comédia romântica. Qualquer homem com as características descritas anteriormente entra em pânico com a perspectiva de ver uma comédia romântica como o Drácula num workshop de carpinteiros. Mas todos sabemos que a nossa namorada / esposa / “gaja que conhecemos bêbedos numa festa e ainda não sabemos o nome” exige isso de nós. Mais do que isso, exige que digamos no fim que gostámos, mesmo sabendo que estamos a mentir.
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