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Tag: Lena Headey

Terminator Genisys (2015) e o desastre do casting

Terminator-on-Bike

O assunto que aqui me traz é de grave transtorno. Uma negra tristeza que me percorre o sistema nervoso, suores frios nocturnos, a perda de esperança num mundo melhor. Faz semanas que vos quero falar disto, mas parece que se me forma uma bola na garganta que antecede um terrível camadão de nervos. O último Terminator não é grande coisa. É mau, uma obra que não mereceu a atenção merecida aquando da feitura. Uma facada no nosso imaginário e na nossa infância. Não é só o facto de ter trazido spoilers no trailer, é também a situação que retrata esse spoiler ser de um atraso mental que lhes valeria um taxa de IRS de 0% por invalidez total. John Connor é um Terminator, aliás, é o pior dos terminators. Mas como? Quando? Porquê? Que raios… Como é que isto foi acontecer? Não interessa. Pior que isto é o casting, que é terrível. É medonho. Andaram com uma espátula a raspar a zurrapa de Hollywood para nos matar os personagens que tanto amamos. Arnie, o nosso paizinho, é quem cola este acidente de comboio de filme. Faz o que pode, injecta-lhe amor e carinho, aquela quente sensação de um lar, e nas entrelinhas pede-nos desculpa porque gastámos dinheiro naquilo. Há que descobrir o culpado deste desastre e na minha opinião é o casting. Vamos lá analisar estas respas de bosta que encarregaram de protagonizar o nosso tão amado franchise.

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Dredd (2012)

I am the law, you don't fuck around no more

No final do Verão de 2012 fiz uns reparos infelizes acerca da falta de qualidade de Dredd 3D baseados apenas no meu preconceito cinéfilo, sem sequer ver o filme ou o trailer (imaginem a heresia). Tendo como amostra todos os remakes e reboots do último par de anos, parti do princípio lógico que seria mais um esgoto a céu aberto para perder tempo e provocar incontroláveis diarreias fulminantes. Devido a esta minha imprudente atitude e grosseira intempestividade não apoiei o filme que mais precisou da minha ajuda. Aliás, da nossa ajuda na sua hora mais negra. Porque não o fomos ver ao cinema, porque não alimentámos a blogosfera com a sua magnificência, porque não o adoramos como o salvador do cinema de acção de ultra-violência que tanto amamos, porque fomos fracos e deixámos que a cruel contabilidade do movie making americano lhe cortasse todas as perspectivas evolutivas enquanto potencial saga cinematográfica. Pelas minhas falhas e persistente imaturidade peço desculpas e rogo à vossa caridade enquanto pessoas de bem que só querem ver chacina sanguinária e violência sem limites na pacatês do vosso lar e na sala de cinema dos vossos dealers de cinefilia que saiam para a rua, gritem, espalhem a palavra de Dredd. Escrevam cartas ao vosso vereador, ao FMI, despeçam-se, deixem de se barbear (ou rapar os genitais) e corram o mundo usando sempre a mesma roupa interior a bater de porta em porta a perguntar “Sabe quem é a lei?”. Façam-no antes sequer de ler o resto deste artigo que deverá ser tão desinteressante como todos os outros. Voem, minhas pombas, espalhem a lei, promovam o juíz a ver se nos fazem uma continuação (sequela em portinglês).

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