Para continuar este ciclo de amor e romance, nada melhor que Timecop. Um filme rude e mal limado, é certo. Abrutalhado, como se fosse pedido ao mais hábil relojoeiro suíço para fazer um relógio fino usando apenas um maço de madeira, molas de colchão do ferro velho e 239 rublos do Turquemenistão. É no entanto um filme cujo combustível é o amor, a procura pelo doce aconchego do quente afecto, o regaço de uma mulher amada, um beijo molhado, uma cama suada. Só que à força do bofetão.
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Porrada!… Esse submundo dos filmes xunga onde me recuso a aventurar. Uma zona obscura do cinema, onde o conceito narrativo implode e os momentos causados pelo vácuo de composição dramática são subtituídos por lutas de contornos irreais e patetice em geral. Há, aliás, rótulos de shampoo mais ricos em prosa do que alguns filmes do Steven Seagal. É desta lama primordial, composta por murros, pontapés, cabeças rachadas e heróis monocórdicos em estado avançado de mumificação que surge um campeão de karaté convertido em actor. O semi-deus da biqueirada.
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