É certo que eu destilo bastante veneno àqueles que gerem a indústria cinematográfica em Portugal. Falo da industria da distribuição, claro, porque não existe mais nenhum tipo de industria cinematográfica por cá. Mas se na maior parte das vezes as suas estratégias de distribuição nos fazem morrer mais um bocadinho por dentro, outras raras vezes saem acertadas. Os dois mais recentes exemplos dessas decisões são a recusa de estrear Land Of The Lost e Year One nos nossos ecrans, poupando hordas de cinéfilos incautos de ir ao cinema com as namoradas e que na hora de comprar o bilhetes tomam decisões com a cabeça da gaita. Mas não nos excitemos com esta súbita aptidão cultural dos distribuidores, porque até um relógio parado está certo duas vezes por dia…
Author: pedro (Page 28 of 39)
Em meados dos anos 80 tinha uma vizinha , a Rosa, que nutria um fraquinho por mim. Um dia levei-a a minha casa e no meio da mútua investigação anatómica meti-lhe o trailer de um filme que tinha alugado. Salteadores de Atlantis. A sequência que ela viu envolvia 2 atropelamentos mortais, uma senhora a ser trespassada por uma seta no crânio e uma decapitação com um cabo de aço. A Rosa olhou-me num misto de repulsa com reprovação (lábio hirto e olhos arregalados) e arranjou uma desculpa esfarrapada para sair apressadamente. Fui ter com os meus amigos e disse-lhes que tinha que reavaliar as minhas metodologias de engate. Um deles pediu para cheirar os meus dedos “investigadores”…
Macon é um adolescente que está no limbo da juventude. Acabou o liceu, tem um McJob decadente e não encara o futuro com grande optimismo. Habitante de Mars (cidade americana), criador de banda desenhada e ávido cinéfilo de filmes de zombies. Juntamente com a sua recém miúda vê-se envolvido num grande sarilho que envolve o puritanismo de uma pequena cidade americana e um fictício exército de libertação das bandas desenhadas.
A vida sexual dos Klingon é algo pouco conhecido, porque nenhuma criatura não klingon sobrevive a este tipo de actividades. Ficamos com um foto rara tirada num motel no planeta Magna Roma, no sistema FGC 892, depois de um congresso de armas de destruição planetária e sistemas de refrigeração de carnes para viagens de longa distância.
Um Klingon não é apenas um extraterrestre tremendamente malvado que só se interessa por matar, violar e pilhar. Deixo aqui algumas fotos de guerreiros Klingon em família para tentar combater esse preconceito que cada vez mais assola a nossa sociedade.
Já fui um entusiasmado fã de Jack Black e sempre pensei que o estilo dele fosse uma fonte interminável de gargalhadas e boa disposição. Mas na realidade Jack Black é um dos actores mais unidimensionais do planeta. A unidimensionalidade é uma unidade atómica, significa que não se pode dividir, mas arrisco cometer o erro científico ao dizer que Michael Cera é um actor ainda mais unidimensional que o gordito supracitado. E quando se junta tanta unidimensionalidade (uff!) com um guião bafiento e sem um único ponto de interesse, estamos perante um filme tão engraçado como uma epidemia de lepra num hospital pediátrico.
– Acho que me estão ali a chamar…
Um homem que declama lamúrias teatrais com os olhos postos no vazio. Uma mulher que gesticula dramaticamente num misto de epilepsia com ímpeto de cólera, mas muito lentamente. A arte do anacronismo como choque social. No freakshow que é o cinema português eis Manoel de Oliveira, a nossa mulher barbuda.
O cinemaxunga esteve indisposto por mais de 24 horas. O problema já se encontra resolvido, como podem facilmente perceber mesmo sem ler este post desnecessário. Mas gostei da imagem e não a podia meter assim a seco. A idiotice segue dentro de momentos.
Todos nós, fans de ficção científica, já ficamos acordados a pensar no tema que serve de fio condutor neste filme, o sexo com uma gaja boa. Mas por vezes também pensávamos em teleportação, nos seus prós e contras, nos malefícios, na maneira em que poderia afectar o contínuo espaço-temporal, como poderíamos comer gajas à conta disso ou simplesmente ver a vizinha a sair do banho depois de uma sessão de depilação total. Mas em nada estas reflexões coincidem com este ejaculação precoce que vem catalogado como “filme”. A teleportação deve ser tratada com respeito e não do ponto de vista de quem viu um episódio do Heroes enquanto fumava um gordo charro e pensou “Caralhos me fodam se isto não dava um bom filme!…”.
O Evil Clown é uma instituição na indústria do entretenimento multimédia. Cinema, televisão e videojogos usam o Evil Clown em momentos chave, como uma metáfora de que toda a esperança está perdida. Quando o símbolo máximo da felicidade infantil falha, o que existe mais? A mais funesta escuridão e o horror das trevas. Pelo menos foi isto que aprendi na escola primária, quando os conteúdos eram muito mais completos. Evil Clown não tem tradução feliz para português. Nada que faça juz à sua maldade. Palhaço mau? Maléfico? Maligno? Seja qual for a expressão em português, soa sempre larilas. Comecemos, como manda o protocolo, pelo fim…
Aqueles que, como eu, são fãs de Ficção Científica desde a infância há algum tempo que andavam a simular orgasmos na área do Sci-Fi. De vez em quando aparece um filme que podia ser fantástico, excepto um ou outro ponto que apesar de minúsculo acaba por ser omnipresente e o filme afinal não é grande coisa. Mas esse jejum prolongado foi agora quebrado com Distric 9, o sonho molhado de qualquer fanboy de sci-fi. É como perder a virgindade outra vez…
O “Rape & Revenge movie” é um género que já foi grande, mas estando dentro âmbito do exploitation movie não é politicamente correcto nestes tempos de fachada polida e lavadinha em que vivemos. O esquema é sempre o mesmo: alguém com quem criamos empatia é barbaramente espancado e a sua regueifa é profanada por um mal intencionado falo. Quem diz um diz dois ou quinze. Às vezes em simultâneo. Essa pessoa fica à beira da morte e passados uns tempos regressa para reclamar o seu quinhão de sofrimento alheio, sempre lento e doloroso. É obrigatória a existência de ironias do destino.
Esta foto foi tirada 3 meses antes de Maitê Proença ter escrito uma crónica sobre Kashyyyk em que se referiu aos seus habitantes como sendo “bisontes primitivos e analfabetos” e ridicularizando o orgão sexual masculino Wookie como sendo “um saca rolhas salgado“. De realçar que Maitê recebeu o prémio “Vache extraordinaire de La Fontaine” por obras de caridade efectuadas no combate à extinção dos Banthas almiscarados da pradaria.
Nos idos anos 97/98 havia uma série na RTP que pode ser considerada hoje a mãe de todas as séries juvenis. Duplamente mãe, uma vez que foi a primeira a inserir altas doses de melodrama e cada um dos episódios dava para fazer uma novela de 12o capítulos pelos standards actuais. Foi esta série que inventou a adolescente toxicodependente grávida seropositiva lésbica suicida sem-abrigo que está à beira de um aborto porque foi espancada pelo namorado nazi alcoólico em público, no hall de entrada da escola. E isto tudo antes do intervalo.
Foi este engenhoso ardil que os produtores de [REC]2 arranjaram para fazer o marketing do filme. Ainda não vi, e se calhar nem irei ver. Duvido muito que tenha 20% da originalidade e encanto do original. Mas o cartaz é adorável.
Chewbacca tenta rebater os argumentos de Jean Luc Picard acerca das vantagens dos motores de Anti-Matéria. Apesar da eficácia são motores demasiado radioactivos, por isso Chewbacca convence o planeta Terra a aderir aos motores de partículas iónicas, nomeadamente as aeronaves de motores gémeos, os chamados TIE (Twin Ion Engine). Apesar dos TIE terem sido exclusivos do antigo império, o período de 25 anos de exclusividade da patente expirou, sendo agora uma tecnologia universal como phasers sublight ou os cachorros quentes anti-gravidade.
Depois de uma eternidade a realizar blockbusters e a mamar dólares às massas, Sam Raimi regressa ao género que o fez chegar ao estrelado e onde o seu regresso era clamado. Esqueçam os Homens-Aranhas e concentrem-se em Evil Deads e Simple Plan. Sam Raimi é verdadeiramente o maior desta aldeia, com um estilo dinâmico único e um impressionante olho para o detalhe. Saudemos irmãos o regresso do Rei!
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