Um multi-bilionário americano viaja em negócios com a esposa até à Bulgária. Um cientista da ex-URSS desenvolve uma técnica que permite recuperar o cérebro com pedaços de outro cérebro. Um taxista ex-KGB e uma psicótica cigana com ares de puta vingativa. Um robot vestido de operário da Quimigal que dança hip-hop. Uma sucessão de acidentes… et voilá! Let the cheesy fest begin!
Category: Não é Xunga Não Senhor! (Page 11 of 11)
O cinema alternativo americano tem-se ultimamente vindo a uniformizar ao ponto de se poder já encontrar uma fórmula de funcionamento. Enquanto nas décadas passadas o cinema alternativo (estirpe Sundande) era mais surreal e estratosférico, ultimamente tem vindo a apontar para a fórmula de contar uma história (simples e convencional) usando meios narrativos e estéticos não convencionais. Há aquele ambiente de “what the fuck!?!“, mas no final o amor tudo conquista. Wristcutters é uma pérola em que, em boa hora, tropecei.
Enquanto nadamos neste lamaçal de badalhoquice que têm sido estes últimos posts, quero-vos falar de um filme que vi recentemente com redobrado deleite, salvo seja. Não resisti a este título que é quase tão graficamente sugestivo como o próprio filme. A premissa é simples: uns militares escondem-se num bar de strip. Um deles mordido por um zombie. 15 minutos depois transforma-se e começa a infectar a malta. Ninguém pode sair porque aquele é o único cenário disponível para o baixo orçamento. Depois é gajas e zombies (ou ambos em simultâneo) até ao fim. O mesmo de sempre, portanto!

Kicking ass and chewing bubble gum
Quem é o maior? O mestre? O verdadeiro artista?. Se os prezados leitores se consideram cinéfilos e não responderam “Bruce Campbell” podem já arrumar as botas e voltar para vossa casa onde têm um poster do Titanic e outro do Brad Pitt em tronco nu. Bruce Campbell é o verdadeiro herói. Salvar o mundo? Fazer aterrar um avião num rio? Tudo isto são amendoins perante o homem que dizimou hordes inteiras de mortos-vivos com o Diabo no corpo. Tudo o que era patife no domínio da assombração, possessão, desmembramento e morte violenta por meios sobre-naturais tinha um fim precoce às mãos deste semi-deus da caçadeira de canos serrados. E Bruce ganhou este estatudo 3 vezes, só na saga Evil Dead. Carago, este é o homem que trata o Necronomicon por “tu”.
Uma coisa que me mete muita confusão é a unanimidade na crítica cinematográfica. Normalmente isso significa uma coisa (ou duas): o realizador usou todos os subterfúgios ao seu alcance para sacar um “agrada críticos” da cartola, híbrido, estéril, pejado de figuras de estilo visual mas insípido. Ou ninguém tem coragem de dizer que não gostou sob o risco de ser chamado “inculto”. Nada de ofensas físicas, claro. Porque um crítico de cinema mal tem força para levantar o rabo gordo da cadeira, quanto mais para bater em alguém.

Jusqu'ici tout va bien
O cinema sub-urbano das culturas marginalizadas, dos queimadores de carros, tem o ponto alto em La Haine, verdadeiro Opus de Mathieu Kassovitz. Um murro no estômago para todos os que têm a imagem de França como o El Dorado dos ordenados, onde se encontram leitores de DVD no lixo e onde as cassetes dos artistas chegam um ano antes do que a Portugal.
Diga-se também, em abono da verdade, que a partir de então Mathieu Kassovitz nunca mais fez nada de jeito…
Sempre tentei ser eclético, não embarcando apenas na cinematografia hollywoodiana e odiando outras cinematografias com a mesma intensidade. Tenho uma relação de amor / ódio com a cinematografia francesa. Historicamente poderá ser considerada a mão de todas as cinematografias, em diferentes eras e contextos. Actualmente é muito boa na vertente drama e cinema urbano e terrivelmente pueril e infeliz no que diz respeito a comédias mainstream. Como em tudo há excepções mas vamos ignorá-las por razões meramente estatísticas.
Esta semana vi Sheitan, um misto de filme de terror com cinema rural francês, com elementos sub-urbanos bastante característicos do cinema alternativo francês (vide La Haine). É um projecto pessoal de Vincent Cassel, que se aventura nos reinos da comédia negra satânica.
Tempos houve em que Arnold não era um puritano republicano com as peles descaídas como um velho Shar Pei. Dispensava algum do seu tempo livre ao consumo de esteróides e hormonas de bufalo. Era também um brutamontes semi-mudo usado em filmes a cada vez que se precisava de uma abominação da natureza sob a forma de alguém com caracteristicas sobre-humanas. Na altura fez 2 filmes da saga Conan, um era o Bárbaro outro era o Destruidor. A minha ZonBox gravou-me este último no canal Hollywood. Tem piada que não me lembrava de quase nada. Julgava que era o da Brigite Nielsen e afinal era o da Grace Jones. Venha o diabo e escolha. Continue reading

In Space no one can eat Ice Cream!
Sinopse: Uma nave espacial em forma de tenda de circo aterra numa mata no interior dos EUA. Os seus tripulantes, palhaços assassinos do espaço, saem à cidade para espalhar o terror usando todas as técnicas circenses disponíveis, mas que ninguém se ri, só quem vê o filme, claro!
Crítica: Os anos 80 foram uma época áurea para o terror de baixo orçamento e altamente imaginativo, o chamado xunga. Quem frequentava os clubes de vídeo desses tempos épicos sabia que podia sempre contar com novidades semanais na secção “Terror”. Era sempre numa zona escura e húmida, frequentada por putos cheios de acne, vestidos de preto e ávidos de novidades. Aqui o vosso amigo estava incluído nessa gente. Nas prateleiras havia de tudo, os Chuckie, Casas Assombradas, Zombies a rodos, slasher movies, gore abundante, pais natais assassinos, carros com vida própria, bolhas comilonas, mutantes em decomposição com má personalidade, e claro, palhaços assassinos do espaço. Continue reading
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