CinemaXunga

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We Saw Your Boobs – Peitinhos da Quinta

Seth McFarlane finalmente mencionou aquilo que apenas se falava no submundo cinéfilo: mamas! E com este grande estímulo vos deixo a galeria We Saw Your Boobs. Algo, aliás, incontornável. De fora ficam as pintelheiras, aqui censuradas com uma estrelinha amarela que sai se lamberem o ecran. E sem mais demoras, peitinhos da quinta.

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We Saw Your Boobs

A importância dos clássicos

BladeRunner

“Esperei 13 semanas para conseguir alugar o primeiro Terminator, paguei uma multa avultada porque tive medo de entregar o Exorcista de noite, ouvi ralhetes humilhantes porque não rebobinei, estive 3 horas na fila para conseguir bilhete para a estreia de Back to the Future 2, esperei para ver a estreia nacional do Phantom Menace em Outubro de 1999 apesar de o ter no meu disco rígido desde Maio, ri e chorei, amei, apalpei, perdi metades inteiras de filmes com a língua a dançar na boca da minha acompanhante. Presenciei coisas que ninguém acreditaria. Um projector que pegou fogo a meio do  Blair Witch Project, uma velha que colapsou no Schindler’s List, duas primas que nunca tinham ido ao cinema a chorar os 127 minutos inteiros de Passion of the Christ porque nunca duvidaram da veracidade da escrituras sagradas. Todas estas experiências se perderão um dia, como lágrimas na chuva. É altura para falar da importância dos clássicos.”

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The Texas Chainsaw Massacre (1974 e 1986)

TCM-1974

Era uma tórrida tarde de domingo, num dos verões mais quentes que há memória. Tobe Hooper, de olhar pasmo e inquiridor, contemplava fixamente uma bela peça de engenharia sueca, um invejável motosserra Husqvarna. Numa mega loja de ferragens, algo que apenas podemos visualizar invocando o nosso imaginário hollywoodiano, o jovem Tobe fantasiava: “E se eu agarrasse nesta bela motosserra e abrisse caminho daqui para fora à força? A cortar estes matarruanos todos à postas até ao parque de estacionamento? E se levasse as postas para casa e desse um belo de um churrascão para a família toda no próximo fim-de-semana?” Ora aqui está uma bela ideia para um filme!”.  E assim foi. Pediu financiamento a uma empresa que mais tarde se veio a revelar ser propriedade da Máfia, juntou um corajoso elenco e equipa e foram para o interior do Texas filmar o primeiro Texas Chainsaw Massacre.

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Kill Your Television*

Kill Your Television

Se há coisa que enfada é quando aqueles paneleiros que passam a vida a ver reality shows, programas de apanhados diários na SIC, 3 horas diárias de Facebook e meia dúzia de jogos de futebol ao fim de semana chegam junto de mim e dizem “Sinceramente, não sei como tens tempo para ver filmes, deves mesmo ser um traste desocupado. Eu mal tenho tempo para me coçar.” Normalmente opto por um sorriso e um fuga rápida para não me chatear, porque a malta com este perfil psicológico é problemática, com capacidades aperfeiçoadas de indução de culpa e geneticamente seleccionados para a peixeirada. Mas não é de bestuntos que vos vou falar, é de gestão de tempo. E falo-vos da minha experiência pessoal e dos objectivos a que me proponho.

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Citizen Kane – O maior plot hole da história do cinema

citizen_kanea

Quando era um jovem a morar em casa dos meus pais fui à padaria comprar dez bicos e um pão de meio quilo. Umas vizinhas que estavam à minha frente falavam da morte de dois homens na semana anterior. Dois homens que morreram num acidente bizarro em condições aparentemente inexplicáveis. Dizia uma delas “Eles iam a discutir porque um deles andava amigado com a mulher do outro. Então ele meteu-lhe as mãos aos colarinhos e disse “Eu mato-te, miserável, eu mato-te!” e foi esta luta que os fez capotar e morrer”. Todas as outras senhoras ficaram num choque silencioso, horrorizadas com a tragédia que tinha bafejado morte e angústia na nossa aldeia. Eu tive que perguntar onde é que ela ouviu tal disparate, uma vez que as únicas pessoas que lhe poderiam ter contado sofreram morte imediata nesse acidente. No dia seguinte foi dizer à minha mãe que me tinha visto a fumar com uns drogados, em vez de estar nas aulas.

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Flight (2012)

flight

Há medida que me sinto mais desiludido com o cinema que nos chega às salas e ao subsequente monopólio de uma única empresa de distribuição que nos impõe a sua estratégia de marketing (ao invés de bom cinema), vou deixando de ver cinema mainstream contemporâneo. Mas de tempos a tempos, como qualquer outro humanóide, apanho o autocarro das sugestões das revistas e dos blogs populistas e vejo um filme destes. O problema é que cada vez que vemos um filme mau um gatinho morre ao ser sodomizado por um cavalo e se não for tomada uma decisão de acabar com este flagelo do cinema mercenário, o único sítio onde vamos ter gatinhos será nos powerpoints que nos mandam as nossas tias e aquelas amigas que ainda não descobriram a satisfação do African King (pilhas incluídas).

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Big Trouble in Little China (1986)


Big Trouble in Little China

O filme de aventuras tem sido um género bastante maltratado nos últimos tempos. Vítima da complacência intelectual que não arrisca narrativas mais ousadas para os projectos mainstream, os filmes de aventuras dos últimos dez anos apostam tudo nos efeitos especiais, perseguições automóveis e nas explosões deixando de parte a intriga e suspense narrativo. O medo atrás de cada porta, o desconhecido, a mais completa imprevisibilidade. São os elementos eliminados em troca do conforto do template narrativo e dos efeitos especiais higienizados digitalmente. Mas tempos houve, meus pequenos amigos, tempos houve em que o filme de aventuras era o rei das salas, o catalizador de sonhos adolescentes, o que nos fazia suportar a horribilidade dos tempos. Falo-vos hoje do maior entre os maiores, Jack Burton e os seus grandes problemas em Chinatown.

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Il mio nome è Nessuno (1973) aka My Name Is Nobody

Mynameisnobody.

Aqueles que entraram no submundo da sétima arte no início dos anos 80, como este vosso estragado escriba, aprenderam a odiar com todo o seu ser os Westerns, ou “filmes de cóboys” como eram conhecidos na altura. A razão para tal é o facto de este género ser o preferido da geração anterior, e os teenagers rebeldes dos anos 80, queimados de tanto ouvir Sigue Sigue Sputnik e jogar Manic Miner no ZX Spectrum não queriam saber dos filmes que a velhada gostava. No desfecho dos anos 70 e da sua debochada espampanância alucinogénica, os filhos dos anos 80 só queriam saber de ficção científica, batalhas espaciais, universos alternativos, ultra-violência, pornografia e action heroes de forças sobrenatural (Tendo como templates Rambo e Commando). Os seus pais insistiam com Bonanza e Ben-Hur e os pirralhos mimados, mal educados como qualquer puto ranhoso que se preze, zombavam das boas intenções dos seus progenitores. E assim continuou esta imbecilidade, até aqueles que se mantiveram constantes na cinéfila cresceram até aos quase quarenta anos (que lhes assombram os pesadelos). Sim, somos agora os velhos e algumas ilações devemos tirar dos nossos erros passados.

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Recasting de Lord of the Rings apenas com actores negros

Frodo

Uma das maiores queixas que algumas minorias têm feito em relação à trilogia Lord of the Rings (e subsequente spin-off The Hobbit) é a existência apenas de actores brancos. É certo que há anões, humanos, elfos, orcs, trolls, bog, ents e um sem fim de bichagem multicultural no contexto da terra média, mas são todos interpretados por caucasianos. No seguimento desta pungente discriminação, um grupo multicultural, multi-étnico (sem ciganos nem chineses) decidiu fazer um recasting dos principais personagens com actores negros. Deixo-vos aqui algumas provas de conceito. Enjoy y’all! (galeria está a seguir ao “read more”).

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Grace Park – Peitinhos no Espaço II

Já que as podemos fazer de raiz, porque não criar sexbots que gostaríamos de usar diariamente ou comercializar online nos sites chineses de produtos de deboche?, pensaram os Cylons ao criar os seus modelos femininos. Grace Park era a modelo de Cylon asiática que nunca se queixa da dor de cabeça, mesmo quando deixada 10 minutos num hangar espacial a ser sugada para o vazio gelado do espaço. Uma miúda que não guarda rancores.

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Tricia Helfer – Peitinhos no Espaço

Number six, apenas. Musa inspiradora da pior maldade alguma vez infligida aos nossos ancestrais. Pecado em forma de alucinação. Ou será bem real? Mamas. À quinta. Do espaço. No espaço. “In space no one can’t hear you bounce your pretty little titties.” Bem melhor que qualquer Cylon dos anos 80. E dos anos 00 também, a não ser que prefiram asiáticas ou maduras. Ou homens.

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Os lobby cards – Nostalgia Fest

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Com o aparecimento da Internet e dos multiplexes nos anos 90, os rituais quase espirituais de uma ida ao cinema começaram a desaparecer. Ir ao cinema deixa de ser um acontecimento especial, a representação de um estilo de vida, deixa de ter magia e de doses de ansiedade por antecipação capazes de anestesiar um cavalo. Até os rituais de acasalamento da adolescência / juventude sofreram um severo retrocesso com a banalização da sétima arte. Antigamente um jovem tinha que convidar a miúda para um filme assustador para ela se agarrar durante o filme e sentir necessidade de protecção no final para que se pudesse proceder à posterior afundamento do salpicão. Hoje em dia levam as gajas para as discotecas, já semi-nuas (contaminadas de devassidão e predispostas ao mais vil gangbang), dão-lhe pastilhas de ecstasy e rebentam-lhes o cabaço sem grande entusiasmo nos seus quartinhos luxuosos de estudante. Por vezes inconscientes e outras vezes em coito interrompido devido a um “Olha, uma mensagem no Facebook da gaja que eu gosto mesmo”.

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The Hobbit (2012)

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Estava o ano a chegar ao fim e tinha estreado o Hobbit. 2012 não tinha sido generoso em bom cinema, pelo menos do que vem de Hollywood. Reboots, sequelas e prequelas são o novo cancro do cinema americano. São tão contagiosas que aportuguesamos esses termos sem sequer perceber que sequela e prequela não são palavras que honrem Camões e a sua língua. Nem com o acordo, note-se. Já passou mais de uma década desde que a febre do senhor dos anéis se apoderou de todos nós e na altura, influenciado por uns amigos, juntei-me ao autocarro da irmandade do anel. Nunca tinha lido o livro, não interessava nada. Andava numa fase William Burroughs e Jack Kerouac, pelo que Tolkien era tudo menos adequado á situação. Na estreia absorvi o fervor dos fanboys e fui logo a correr feito parvo. Vi-o no Cineteatro Avenida, um cinema à moda antiga, sem pipocas, sem intervalo, quase nenhuma publicidade. Escuridão total e uns senhores que nos escoltavam ao lugar com uma lanterna para não estragar a sessão aos vizinhos. Gostei do filme, apesar de longo. Na altura fumava, pelo que 3 horas sem colocar umas moléculas de nicotina nos receptores de serotina dava a sua dose de suores frios e inquietação. Aguentou-se, estes períodos de abstinência fazem parte do vício . O filme, Fellowship of the Ring, tinha algumas coisas que me aborreciam. Muito andar, cenas atrás de cenas de imagens de helicóptero da rodar em cima dos heróis caminhantes. No entanto o que mais me irritou foi Frodo, com aquele permanente ar de sofrimento digno da Joana d’Arc de Carl Theodor Dreyer. Com o tempo o aspecto sofrido do pobre hobbit tornou-se insuportável, como se estivesse preso e constantemente a ser violado por um gang de traficantes de droga caboverdianos e a experiência lhe estivesse a ser, surpreendentemente, agradável. Andar, sofrer, fugir dos ladrões que se escondem nas matas, todos os ingredientes de uma ida a Fátima a pé.

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The Man with the Iron Fists (2012)

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Há uns meses atrás, numa daquelas conversas enfadonhas de pequeno almoço no trabalho com pessoas que não conheço muito bem, mas que também não faz parte das minhas ambições conhecer melhor, alguém quebrou as convenções ao sair do tema da meteorologia e disse “Vai estrear agora um filme do Tarantino, não é?”. Sem acabar de mastigar o croissant disse de boca meia cheia “Não é agora, o Django só estreia em Janeiro.” Os pedaços que cuspi enojaram um estagiária a quem nunca ouvi a voz.  O meu comparsa da secção de recursos humanos retorquiu disfarçando a rudeza “Não é esse, é um de karate.” Contornei a expressão “palhaço do caralho” e usei a diplomacia para explicar ao meu amigo sub-desenvolvido que era impossível. Disse-lhe que não era propriamente um Jedi do cinema, mas também não era nenhum Padawan. E que o próximo Tarantino era o Django e não se fala mais nisso. Ele olhou-me com aquele semblante de quem transborda imbecilidade e virou costas. Deixou meio galão e a torrada quase inteira que o colega dele se apressou a terminar.

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