Uma família de subúrbio muito feliz. Casa bonita e espaçosa, decorada de modo sóbrio e realista, uma existência idílica quebrada pela morte da mãezinha. “Oh, não! E agora?” Diz o pai aflito que estava tão bem na vidinha dele, afogado em trabalho, confiante nas largas costas da esposa que alombava sozinha todos os afazeres da casa. “Caraças, então, mas agora tenho que tomar conta da… aquela… como se chama? A minha filha e a irmã?” E é neste ponto que começa o filme, afundado na dor da perda e no luto. Luto, esse, que será pela pintelhésima vez personificado numa criatura escondida nas trevas que se alimenta da tristeza de quem não deslarga o osso da inquietação.

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