Florence Pugh, coitadinha, é enviada para uma aldeia irlandesa dos anos 50 do séc XIX. Enfermeira, mulher de ciência, vai ajudar a investigar o caso de uma miúda que não come há 4 meses. “É Deus, um milagre! Alimenta-se do maná dos céus!”. Os cabecilhas da aldeia salivam já de antecipação com a possibilidade de uma canonização, um santuário em honra daquela santinha que é alimentada por Deus. Catedrais, cultos diários, um convento dedicado à santinha, hotéis, lojinhas a vender harmónicas e pífaros da Santa Anna alimentada por Deus. Mas Pugh quer evitar a morte da menina, metida num turbilhão de infinita densidade católica. Será capaz a ciência de bofetear a mais católica de todas as eras e zonas geográficas.
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Andava aí um filme de terror, que apareceu a voar baixinho por debaixo dos radares, a fazer furor nas salas. Sou daquelas pessoas que dá logo dinheiro a um gajo de aspecto drogado para apanhar o autocarro porque perdeu a carteira ou compra toneladas de produtos em esquemas de pirâmide, mas nisto dos filmes fico muito apreensivo. “Quem são estes agora para me convencerem que o filme é bom? Na volta é malta que acha que Inception é uma matrioska de conceitos, ideias ou situações em vez da criação de algo.” E quando finalmente decidi ir vê-lo ao cinema, depois deste processamento todo, já tinha saído de sala. Há 4 meses.
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