Quem viveu ativamente os anos 80 e sobreviveu trouxe consigo um cabaz de memórias bem avantajado. Umas boas, outras más, outras simplesmente nefastas. Com o tempo, a idade e a decadência natural do cérebro, algumas memórias vão ficando para trás e apenas um núcleo duro se mantém, como todos os filmes que consideramos clássicos. Ocasionalmente caem fora das nossas memórias alguns itens que o nosso subconsciente, erradamente, julga ser carga extra, inutilidades. Better Off Dead é um dos teen movies mais fabulosos dos anos 80 que parecem ter-se esfumado da memória colectiva dos 80s, injustamente afundado nas areias do tempo. Quer se goste ou não, o certo é que ninguém fica indiferente a um John Cusack imberbe a ser humilhado em público usando um kit de orelhas e nariz de porco.
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Existe uma fase das nossas vidas em que, definitivamente, High Fidelity é o filme preferido. Aquela fase em que jogamos as últimas cartadas no jogo da sedução, quando queremos acumular o record do mundo da poligamia ao mesmo tempo em que nos queixamos que não encontramos o verdadeiro amor. É um fase de depressão moderada, curada à custa de coito ininterrupto, drogas leves e o ocasional coma alcoólico. Não percebemos o que realmente queremos e estragamos tudo com o típico egoísmo pré-trintão. E é aqui que entra High Fidelity, o manual de instruções para o jovem e celibatário trintão, o caminho para a bonanza depois da tempestade. Um filme do tempo em que oferecer um CD gravado com capa a cores contava como prenda a sério.
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