Apesar de ser um sci-fi geek que não resiste a nenhuma premissa do espaço e de qualquer uma das 11 dimensões conhecidas (por mais idiota que seja), nunca nada no mundo dos Men in Black me atraiu. Não são filmes de ficção científica, no seu verdadeiro sentido, são publicidades de duas horas que se preocupam imenso com o estilo de vestir, os acessórios, o coolness azeiteiro sem prestar grande atenção à componente de ficção científica. É o Will Smith Gettin’ Jiggy e o Tommy Lee Jones a fungar de tédio e a dar a entender que se soubéssemos os verdadeiros segredos do universo o nosso cérebro entraria em colapso perante a magnitude deste conhecimento proibido. Depois tudo se resume a cães que falam, gremlins que fumam, carros que voam e óculos Rayban. A verdadeira ficção científica é um MacGuffin. Digamos que segue uma lógica usada abundantemente em Hollywood, que é a lógica da batata.
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Sexta-feira, início de Verão. Faz-se noite e pelas frestas do controlo parental começam a afluir às superfícies comerciais hordas de jovens mancebos que carregam o peso morto das expectativas dos seus pais. Sonhos projectados naqueles que, inebriados por uma realidade sintética, vivem uma encenação de prosperidade. Sonhos que lhes foram confiados. Sonhos que acabam sempre violentados e jogados em farrapos nos caudais fétidos do mais vil desprezo pelo trabalho alheio. Diria o poeta que seria um insano desperdício de amor. Mas como todos sabemos, o poeta é outro paspalho inflado de excesso de auto-confiança com capacidades quase sobrenaturais de parasitismo. Além disso o poeta aprecia a sua linha de coca e o ocasional enrabanço ao abrigo do direito de exploração artística.
No final de Iron Man 2 mijei-me de pânico pelas pernas abaixo por ter tido uma pequena amostra daquele que é o meu maior pesadelo. Uma ameaça que há anos paira sobre nós, qual piano de cauda, que vai e volta consoante as marés. Um evento que poderá por si só por fim à humanidade tal como a conhecemos, nem que seja por breves segundos. Estou a falar, como é óbvio, do ameaçado remake de Robocop, essa incerteza que nos retira força de vida a cada dia que passa.
Quem não borrou as cuecas de medo aquando da estreia do primeiro exorcista? Ninguém? Eu também não, mas podia acontecer… Adiante. O Exorcista original é um marco no cinema mundial e não falo apenas de terror. É um estilo cru e não estilizado, fazendo crer a qualquer cinéfilo que aquilo podia acontecer em sua casa ou na casa do vizinho. Depois disso os produtores ainda sacaram umas massas a parolos com duas sequelas. Confesso que nem me lembro bem como se desenvolvem essas sequelas, mas lembro-me que eram uma boa merda. Aliás, qualquer filme que tenha um número no fim está fadado a ser xunga. Se bem que actualmente já os substituiram com subtítulos catitas para enganar pacóvios. Se pensarem bem nas sequelas que viram ultimamente, só os filmes de zoofilia e porno brasileiros é que têm números, como por exemplo, “O cavalo do vizinho 15” ou “Buraquinhos quentes de Paraguaçú 25”. …errr… Isto sou eu a inventar, claro.
Folheando os albuns de fotos de Chewbacca podemos claramente compreender a História. Nesta semana no “Chewbacca à Sexta” explica-se a origem do rato Mickey…
Alive in Joburg é uma curta metragem de Neill Blomkamp que fala de encontro imediato com extra-terrestres em Joanesburgo em estilo de documentário. É a curta metragem que deu origem ao filme District 9. For Humans Only!
Que histórias irão ver os nossos filhos ver nos cinemas? As mesmas que nós! E que histórias irão ver os nossos netos nos cinemas? As mesmas que os nossos filhos. E são exactamente iguais? Não. Irão ser aguadas, estupidificadas e polidas ao ponto de daqui a 15 gerações todo os filmes serem um lençol branco, ao vento, com uma música da Enya e uma mensagem final que envolve, invariavelmente, a força da amizade, tretas religiosas e uniões politicamente correctas que são inversamente proporcionais à hipocrisia de raízes satânicas praticados pelos grandes estúdios, que no futuro serão apenas 2: Sony Pictures e Sony Pictures Kids…
O Requiem é uma oração católica em favor das almas do Purgatório. Reza assim: “Dai-lhes, Senhor, o descanso eterno, E a luz perpétua os ilumine, Descansem em paz.” seguida de umas pessoas a tossir e um Amen reverbante nas paredes da uma velha igreja, na presença de três viuvas, uma delas a dormir profundamente… E se a ironia fosse uma lei da física em vez de um reles estratagema de comunicação, era para lá que este franchise se dirigia: Purgatório. Mas conhecendo Hollywood como conheço ainda ia haver o Alien Vs Predator Vs Jason Vs Freddy Vs Hitler Vs O padeiro gay do Bonanza que morreu a brincar com um pónei.
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