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Quem não borrou as cuecas de medo aquando da estreia do primeiro exorcista? Ninguém? Eu também não, mas podia acontecer… Adiante. O Exorcista original é um marco no cinema mundial e não falo apenas de terror. É um estilo cru e não estilizado, fazendo crer a qualquer cinéfilo que aquilo podia acontecer em sua casa ou na casa do vizinho. Depois disso os produtores ainda sacaram umas massas a parolos com duas sequelas. Confesso que nem me lembro bem como se desenvolvem essas sequelas, mas lembro-me que eram uma boa merda. Aliás, qualquer filme que tenha um número no fim está fadado a ser xunga. Se bem que actualmente já os substituiram com subtítulos catitas para enganar pacóvios. Se pensarem bem nas sequelas que viram ultimamente, só os filmes de zoofilia e porno brasileiros é que têm números, como por exemplo, “O cavalo do vizinho 15” ou “Buraquinhos quentes de Paraguaçú 25”. …errr… Isto sou eu a inventar, claro.

Este exorcista não traz nada de novo. É a suposta explicação, outra vez, do passado do padre Merrin e das suas eternas lutas com o demónio. Começa como todos os outros filmes foleiros. Um homem que caiu em desgraça depois de lhe ter acontecido um porcaria qualquer terrível, que se refugia no alcool e que deixou de acreditar em tudo. Depois, ao longo do desfilar de clichés, lá vai previsivelmente reganhando tudo aquilo que perdeu. Neste caso nos cenários africanos, na época em que o império Britânico se divertia a chacinar negros aos milhares e a vampirar os seus recursos naturais para construir coisas tão inúteis como o Palácio de Buckingham.

Quando é encontrada uma igreja que supostamente não deveria existir, as coisas começam a correr mal. Enfim, todos sabemos como é quando estes demónios dos filmes aparecem. Depois vai evoluindo para carnificina a um ritmo mais rápido. Depois há uma cena de amor frouxa e depois um twist que não interessa a ninguém e depois uma fantochada final.

Em termos técnicos, existem bons cenários, boa fotografia (no entanto, algo artificial) e o som enche o ouvido. Mas nada de excepcional. Depois existe um abuso de sustos previsíveis em que é suposto a miúda do lado se agarrar a nós e dizer “Ai, que susto!“. Isso irrita, principalmente se a pessoa ao vosso lado for um gajo… Depois vem a parte dos efeitos especiais. Aqui acho que se devia ter ficado por uma aproximação mais tradicional e esquecer o digital. Mais uma vez se nota um desenquadramento horrendo. Os bonecos digitais são completamente diferentes dos reais, os movimentos são básicos e as cores não se enquadram na fotografia. O costume.

Só mais uma coisa. Toda a gente sabe que os americanos desta época são uns púdicos onanistas que pensam ocasionalmente em copular com animais de quinta, mas aquilo que vos vou contar é inacredtável. Pode-se ver uma criancinha a ser estraçalhada em bocados por um grupo de hienas sanguinárias, mas não se podem ver as mamas da Izabella Scorupco. Ainda bem que temos a pesquisa de imagens do Google. Hehe!