“Este não é o futuro de que a minha mãe me falou. Este também não é o futuro que o Padre Lombarda me falava quando dizia que eu ia ser um menino especial desde que fizesse o meus trabalhos manuais por baixo da sua batina.” E é com mais ou menos este discurso que começa Batman Salvation, perdão, Terminator Salvation, num discurso que pode ser interpretado livremente como “Não liguem às incoerências nem à completa falta de lógica e retrocompatibilidade com as versões anteriores, até porque… hum… porque… Ah, porque as viagens no tempo alteraram o time-space continuum e as coisas não têm necessariamente de encaixar. Sim, é isso! Este futuro é mais barulhento e tem mais explosões. “
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Como tão bem sabemos, passar um banda desenhada para o grande ecran não é uma tarefa linear nem simples. Que o digam adaptações como Catwoman, Elektra, Daredevil, Punisher, Blade, Spawn, Spiderman, o novo Superman, isto só para citar alguns exemplos de lustrosa falta de qualidade e, porque não dizê-lo, horrenda mediocridade! Asterix, infelizmente, não é uma excepção à regra e neste terceiro capítulo parece ainda enterrar fundo numa fossa céptica o conceito da adaptação ao cinema de um comic.
George Romero realizou o primeiro filme de zombies (vénia em respeito). Delineou as regras do filme de zombies que se têm mantido relativamente inalteradas desde então, à excepção daqueles desalinhados ingleses e os seus zombies on speed. Mas desde Night Of The Living Dead (1968) parece que tem sempre feito o mesmo filme de zombies mas em locais diferentes (ou horas do dia diferentes). Haverá ainda paciência para mais uma carnificina zombie de Romero? Há, mas pouca…
Sou grande fã de Rob Zombie desde 1992. Não do realizador, mas do músico. Um dos meus albuns preferidos continua a ser “La Sexorcisto: Devil Music Volume One”, mesmo depois de tanto ano. Ainda hoje ouço com alguma frequência el gran exito Thunder Kiss ’65 ou o fabuloso Black Sunshine. Era do tempo em que todos tínhamos CDs legais e comprados e se os queríamos piratear tinha que ser em cassete, crómio de preferência.
Pior que Uwe Boll só “pós Uwe Boll”…
Dois cientistas (???) e um grupo de intervenção militar (???) partem em busca do zombie original, o primeiro a ser zombificado, para tirar uma amostra de DNA. E quando faltam 10 minutos para o complexo explodir, os nossos amigos têm 2 horas para resolver o problema. Confuso? Nem por isso, é simplesmente idiota.
Li algures, num destes sites que nos afasta do trabalho, que existe uma lei nalguns estados americanos que proíbe sexo com ovelhas. Tudo bem, também acho que é doentio um homem envolver-se emocionalmente com uma ovelha, e mesmo que seja um caso de uma noite (ou tarde solarenga atrás de um arbusto) é moralmente condenável. A minha questão é: em que ponto é que uma epidemia de violadores de ovelhas se tornou tão grave que foi preciso legislar contra esse flagelo?
Da secção: Filmes que não vi até ao fim, ou se vi foi em Fast Forward…
Apesar dos últimos avanços tecnológicos, culturais e sociais, China será sempre para mim o país onde as mulheres têm a genitália na horizontal. Ao que parece sou acompanhado nesta absoluta ignorância acerca da cultura chinesa por toda a equipa técnica/criativa (sic) deste Mummy 3, que pega no hype em volta da China e dos Jogos Olímpicos de 2008 e teleportam para lá mais um capítulo das múmias assassinas, que toda a gente julgava morta e enterrada (no sentido literal, figurado e toda uma vasta gama de multi-dimensionalidade de sentidos que possam imaginar…).
Que histórias irão ver os nossos filhos ver nos cinemas? As mesmas que nós! E que histórias irão ver os nossos netos nos cinemas? As mesmas que os nossos filhos. E são exactamente iguais? Não. Irão ser aguadas, estupidificadas e polidas ao ponto de daqui a 15 gerações todo os filmes serem um lençol branco, ao vento, com uma música da Enya e uma mensagem final que envolve, invariavelmente, a força da amizade, tretas religiosas e uniões politicamente correctas que são inversamente proporcionais à hipocrisia de raízes satânicas praticados pelos grandes estúdios, que no futuro serão apenas 2: Sony Pictures e Sony Pictures Kids…
Quando vi o primeiro Hellboy fiquei algo confuso. Uma boa realização e Ron Perlman a criar um personagem memorável. No entanto o argumento saiu fraquinho. Sim, era o primeiro de uma eterna saga que não acaba mesmo que Hollywood seja dizimado por um bactéria que se alimenta de carne humana, uma vez que nalgum outro lado hão-de pegar nele e fazer um reboot… ou reset… E como primeiro episódio de qualquer franchise de super-heróis temos aquela entediante hora de explicação, origens, tentar enquadrar num mundo real a existência de um demónio humanóide vermelho-vivo, invocado das profundezas do inferno por um grupo de nazis adoradores de Satanás, que tem os cornos cortados com um serrote, é boa pessoa, gosta de longos passeios na praia ao por do sol, gosta de comédias românticas e de disparar balas do tamanho de VW carocha da sua colossal arma. Tem um braço direito do tamanho de um armário, que poderá ou não ser devido ao excesso uso (if you know what I mean)… Coisas normais do dia a dia, portanto!
O Requiem é uma oração católica em favor das almas do Purgatório. Reza assim: “Dai-lhes, Senhor, o descanso eterno, E a luz perpétua os ilumine, Descansem em paz.” seguida de umas pessoas a tossir e um Amen reverbante nas paredes da uma velha igreja, na presença de três viuvas, uma delas a dormir profundamente… E se a ironia fosse uma lei da física em vez de um reles estratagema de comunicação, era para lá que este franchise se dirigia: Purgatório. Mas conhecendo Hollywood como conheço ainda ia haver o Alien Vs Predator Vs Jason Vs Freddy Vs Hitler Vs O padeiro gay do Bonanza que morreu a brincar com um pónei.
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