Tenho andado entretido com a epopeia de Elijah Snow e do seu grupo de “arqueologia do impossível”, Planetary. Escrito com a imaginação multidimensional e sempre perturbadora de Warren Ellis e com a arte a cargo de John Cassaday, Planetary lida (entre imensas outras coisas) com a possibilidade de infinitos universos paralelos, em que todas as possibilidades são contempladas. Um grupo de supra-humanos iluminados tem capacidade de viagens interdimensionais e existe ainda um grupo que cria universos paralelos on demand. Isto significa que tudo pode acontecer. Mandar um balázio na nuca ao Rato Mickey? Porque não? É uma questão de criar o universo apropriado. Mas não é isso que me fez escrever sobre esta magnífica obra. É que a Newscientist deste mês fala sobre o supracitado multiverso e de indicações científicas de que realmente existe. Junto anexo a capa da revista.
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E agora amigos, silêncio porque se vai falar de clássicos. Dellamorte Dellamore é um filme único e incomparável em duas frentes. O primeira é a pura genialidade cinematográfica a todos os níveis, faceta invulgar num género que é o filme de terror, vertente zombie. O argumento aparentemente surreal esconde camadas e mais camadas de conteúdo de uma ardilosa ambiguidade, o trabalho técnico é superior a todos os níveis e o humor negro faz-me lembrar Braindead dos tempos que Peter jackson ainda morava com a mãe. A outra frente que faz deste um filme único é o tamanho dos mamilos da actriz principal. Umas aréolas com um perímetro tal que poderia facilmente abrigar uma família pouco numerosa numa tarde de tempestade… No final do post colocarei um pequeno diagrama para que possam avaliar a imensidão destes afamados mamilos.
Danny Wormwood é um próspero empresário que tem um canal de TV e produz séries e filmes de sucesso. Tem um lustroso escritório no Empire State Building e o seu sucesso é reconhecido internacionalmente. Danny Wormwood é também o anticristo, tem um coelho que fala e o seu melhor amigo chama-se Jesus Cristo (esse mesmo). Wormwood e JC viraram as costas aos planos dos seus progenitores e a única coisa que querem é viver uma vida terrestre normal. Mas o vaticano e satanás (himself) têm um plano para dar origem ao Apocalipse que implica a participação involuntária dos dois amigos.
Imagine que todas aquelas histórias que lhe contavam quando era pequeno… São verdade! Durante a segunda guerra mundial, todas as criaturas do sobrenatural procuraram refúgio em Portugal. Vampiros, lobisomens, gárgulas e fantasmas vivem pacificamente, nas sombras, entre os humanos.Porém, no subsolo, o pior de todos os monstros ganha forças e prepara o seu regresso. Por sua culpa, todas as crianças de Lisboa estão a desaparecer.
E foi assim que o projecto apetecível da Pato Profissional mudou de rumo do cinema para a BD. Ao que parece não vão faltar cameos… Vai ser apresentado no Fantasporto. Sinceramente, pagava a dobrar para meter as unhas nisto já hoje! Mais aqui.
Há uns tempos atrás todas as autoridades mundiais da saúde se dirigiram ao planeta acerca de uma nefasta pandemia que nos iria assolar. As previsões: milhões de mortos, devastação planetária, corte do circuito de distribuição de alimentação, saques em massa e violação de animais de companhia numa escala nunca antes vista. Agora que estamos a passar essa suposta fase de pestilência começamos a perceber a verdadeira escala da epidemia: farmacêuticas já nem sabem onde meter tanto dinheiro que receberam de vacinas, os governos recolhem-se nos seus gabinetes com orelhas de burro na cabeça a falar da meteorologia para mudar conversa, os médicos que ajudaram ao pânico mundial a passar férias nas caraíbas com pintelhos entre os dentes da festa da noite anterior e as multidões começam a juntar archotes, forquilhas, alcatrão e penas para ir até à sede da Organização Mundial de Saúde. Percebemos finalmente que perante a globalização e a cultura corporativa multinacional somos todos vacas leiteiras.
Para leitura light de fim de semana deixo-vos mais 8 exemplos de contrafacção cinematográfica, maioritariamente pela casa Asylum. Seguem os outros no “Read More”…
E para acabar em grande este fim de semana dedicado à temática zombie, deixo-vos com a música Christmas Night of The Living Dead dos MxPx. Para quem aprecia os pequenos detalhes, é o associar de dois temas, os omnipresentes zombies com esta altura natalícia que actualmente nos massacra. Peço desculpa pela má qualidade do slideshow e pelas fotos repetidas até à exaustão, mas tinha aqui à mão só fotos de meia dúzia de zombies (e um comboio). Fechem os olhos e pratiquem um pouco de pogo dancing, stage diving e, se puderem, um glorioso mosh em cima colega do lado.
Normalmente um filme de zombies tem um grupo de sobreviventes independente, malta muito preocupada em salvar a sua própria pele, grupos de um, sem família, sem ligações emocionais a ninguém, o que lhes permite um ângulo muito grande de acção e a matança é sempre descomprometida. Mas se houvesse mesmo uma epidemia zombie (nem acredito que disse isto) as coisas não seriam assim. Haveria famílias, casais, crianças, pessoas com vários tipos de dependências que lhes impedia a deslocalização. E muitas mortes deste pessoal. Filmar isto é impensável, porque um realizador pode ser audaz mas nunca suicida. E quem entra com o dinheiro gosta de garantir algum retorno, nem que seja para pagar os juros. Aqui entra a banda desenhada, removendo os limites da consciência humana com um disclaimer na capa. Continue reading
Boa tarde. A efeméride idiota que hoje se celebra é o “Fim de Semana Zombie”. Como tal vamos abordar a temática zombie em várias frentes, começando pelo cinema, onde falaremos animadamente do pouco convencional Fido, filme de zombies que é uma crítica à escravatura e à exploração ilegal de emigrantes, além de ser uma engraçada fonte de simbologia sanguinária e carnificina em geral. Depois disso será abordada a temática zombie na banda desenhada e na música com o qualidade a que vos habituei… Nenhuma! E não, não falarei do “Zombie” dos Cranberries porque não sou uma pessoa emocional e não estou a atravessar nenhum ciclo mestrual…
Poderá haver uma intro de um filme mais perfeita do que ter a música dos Metallica “From Whom The Bells Tolls” como banda sonora enquanto exércitos de mortos vivos chacinam violentamente incautos transeuntes, quer por meio da típica dentada no pescoço, quer pelo não menos comum arrancamento de tripas e seu posterior derramamento na via pública? E tudo isto no mais cristalino super slow motion de alta definição?
O vírus das vacas loucas sofre uma mutação e é passada para a raça humana através de uma vaca enraivecida e diabólica. Dois turistas perdem-se na Irlanda rural e, num bizarro acidente, acabam por se encontrar rodeados de zombies. Cabe a Desmond, o coveiro local, ajudar a bela Helena numa luta de morte ou… morte. Mas sobreviver no campo infestado de zombies não é fácil, pior ainda quando um exército de vacas zombie (loucas, of course) ameaça encurtar substancialmente a vida aos nossos amigos. Conseguirão eles escapar a esta situação complicada? O que é que isso interessa? Desde que haja carnificina zombie de série B, numa produção quase caseira, recheada de humor negro!…
Quem nunca comprou para o seu filho (ou sobrinho ou criança genérica) o Hercules ou Pocahontas e só depois percebeu que é um clone barato feito algures num país oriental? Quem nunca alugou, comprou ou assistiu a um filme que se parece em tudo com outro que já vimos, mas na realidade é de extremo baixo orçamento e só é distribuído porque vai montado na publicidade que o original fez? Toda a gente… Hoje quero-vos falar do fenómeno da contrafacção cinematográfica. É uma situação que ocorre a cada vez que há um filme ainda em formato teaser, com um ano um mais de pré-publicidade ou hype mediática. Os exemplos que vos trago são Transmorphers, Snakes on a Train e Monster. Não vi nenhum deles, mas penso que o obrigatório trailerzinho do youtube é auto-explicativo.
Macon é um adolescente que está no limbo da juventude. Acabou o liceu, tem um McJob decadente e não encara o futuro com grande optimismo. Habitante de Mars (cidade americana), criador de banda desenhada e ávido cinéfilo de filmes de zombies. Juntamente com a sua recém miúda vê-se envolvido num grande sarilho que envolve o puritanismo de uma pequena cidade americana e um fictício exército de libertação das bandas desenhadas.
O Evil Clown é uma instituição na indústria do entretenimento multimédia. Cinema, televisão e videojogos usam o Evil Clown em momentos chave, como uma metáfora de que toda a esperança está perdida. Quando o símbolo máximo da felicidade infantil falha, o que existe mais? A mais funesta escuridão e o horror das trevas. Pelo menos foi isto que aprendi na escola primária, quando os conteúdos eram muito mais completos. Evil Clown não tem tradução feliz para português. Nada que faça juz à sua maldade. Palhaço mau? Maléfico? Maligno? Seja qual for a expressão em português, soa sempre larilas. Comecemos, como manda o protocolo, pelo fim…
Foi este engenhoso ardil que os produtores de [REC]2 arranjaram para fazer o marketing do filme. Ainda não vi, e se calhar nem irei ver. Duvido muito que tenha 20% da originalidade e encanto do original. Mas o cartaz é adorável.
A idade não perdoa. As beldades de outrora são amontoados de peles descaídas de hoje. A semana passada falei do mau estado em que se encontra Kathleen Turner, mas como todos sabemos a epidemia é generalizada. A jeitosa de outrora é agora parecida com aquela vizinha velha que tem 50 gatos e cheira a urina. O galã dos filmes de acção da nossa infância é agora parecido com o Sr. Girão, aquele bêbedo que passa a vida na tasca ao lado da casa da nossa avó e cuja costura das calças apresenta manchas castanhas e não é chocolate. Como o Nick Nolte, o nosso caso primeiro caso. Fiquemos então com os outros 9.
No que diz respeito a banda desenhada sou aquilo a que se chama um trolha. Leio ocasionalmente mas não tenho conhecimento enciclopédico nem paciência, diga-se. Cada vez que vou a uma loja de BD e faço perguntas sou sempre recebido com aquele ar de “Que monte de merda é este que nem sabe que o Homem Aranha perdeu um testítulo na batalha com o Homem Azeiteiro no Marvel Idiots Nº244.” Mas de Evil Deads e Ash percebo eu e é um regalo para o olho ver Ash novamente a esquartejar o Homem-Aranha, Wolverine, o Quarteto Fantástico, etc, sendo todos eles zombies. Um sonho de infância tornado realidade. A cereja no topo do bolo é a aparição de Howard The Duck (Zombie, claro!) a comer um cérebro como se fosse uma tacinha de doce da casa.
Séries de ficção científica dos anos 80, essa praga. Ainda hoje pago psicoterapia pelos danos que me causaram. Galáctica, Buck Rogers no Século XXV, Space 1999, Captain Powers and The Soldiers of The Future e V. Uma autópsia detalhada ao estilo “análise de danos psicológicos”. Uma viagem ao mais negro que a mente humana tem para oferecer: xunga do velho! (música em background que acompanha este texto)
Em primeiro lugar deixem-me que vos diga a minha opinião em relação a trilogias: passem-mas pelos tomates! Em relação a esta, pior ainda. Nos dias que correm parece que para algo fazer sentido no cinema, tem que encerrar o círculo místico da trilogia. Até aqui tudo bem, acaba por ser fácil lidar com esta situação: é evitar o primeiro tomo. Anos à espera do final, rumores, sites oficiais e sites auxiliares, action figures, novelas gráficas, fans a fazer tatuagens nas nádegas… Nah, definitivamente não é o meu ideal de cinema. Esta trilogia em particular é ainda mais ridícula, uma vez que deixa uma nesga aberta para a sequela, que a tornaria numa… quadrilogia?
Um maneira de fazer a análise sociológica de um povo é através dos seus filmes de ficção científica. Neste género cinematográfico são projectados os medos, anseios, esperanças da época em que o filme é feito. Além disso servem frequentemente para mensagens políticas (subliminares ou descaradas) projectando as críticas nos extra-terrestres, sociedade distópicas ou safardanas totalitaristas. Outra maneira de analisar uma sociedade em determinado ponto do tempo é através do remake do “Invasion of the Body Snatchers” produzido na altura. Podem escolher 1956, 1978, 1993, 2007! E irá continuar, os historiadores do futuro contam com isso.
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