Chegou ao fim mais um época de True Blood, o Twilight para adultos (sic). Depois de um arranque e desenvolvimentos bastante acelerados, estancou no surrealfest que foi a season finale, meio burlesco, meio ridículo. Mais sexo, mais violência, mais sexo violento, mais nudez, gajas boas a dar com um pau (literalmente) e esculturais Adonis em tronco nu ao virar de cada esquina. O balanço final? Um grande “bzoink”…
Comecei a ver True Blood por ser inveretado fã de Alan Ball. E como qualquer fã de Alan Ball, não podia deixar passar em branco esta série. De notar que é preciso ser-se mesmo muito fã de Alan Ball, porque passar de Six Feet Under para uma “série de vampiros” é um salto de fé, mesmo para quem comprou cuecas usadas e sujas de Ball no Ebay, o que não é o meu caso. Eu peço sempre para lavarem antes de enviar. Bom, série de vampiros… E lá começámos a ver a primeira época deste True Blood, puxados a ferros.
A primeira época é interessante, porque apesar de ser um mundo repentinamente pejado de vampiros, a narrativa central (o arco condutor) é uma banal história de um serial killer que anda a despachar empregadas de mesa. Os vampiros e as sub-histórias servem para não chocar, para molhar os pés até que nos habituemos à temperatura.
Época 2… Lenta e uma incursão abrupta no sub-mundo das criaturas da floresta. Os “sabe-se lá o quê”. Irritante e muito scoobydooiana para os meus gostos simplórios do campo.
Nesta terceira época tudo foi feito para recuperar aquilo que sempre se pretendeu desde início: dinheiro e publicidade. O primeiro episódio foi um “festival de foda”, como diz o rapaz que trabalha agora na retrosaria que frequento com alguma regularidade. A incursão dos lobisomens, mais shapeshifters e fadas. Fadas? Sim, fadas… Bom e aqui foi onde saltei fora. E apercebi-me que True Blood acaba por ser também um sucedâneo de Twilight, mas com menos apego a valores cristãos. Um casal, ele vampiro ela não, em constante “Eu amo-te, mas não podemos ficar juntos“, “Eu amo-te mas sou demasiado perigoso para ti. Mas antes de ir embora para sempre veste aquele fato de sopeira e vira para cá essas nalgas carnudas…“.
Não me interpretem mal, eu sou um gajo que gosta tanto de mamas e sexo como qualquer um de vós, mesmo quando por detrás estão valores mercantilistas do sagrado dólar. Mas há aqui um certo “je ne sais quois” de exagero ao nível de tudo o que é fruto proibido. E quando o fruto proibido começa a ser permitido, começamos a não sentir a atracção pelo dark side. De repente os vampiros voam, são supersónicos, desfazem-se numa substância com a consistência de esparguete à bolonhesa, são todos eles vilões com sotaques e modos victorianos e não se pode confiar neles. O cumprimento de vampiro passa do aperto de mão casual para a canzada no direito a torcer o pescoço à parceira ou a saudável enrabadela entre machos alpha perfeitamente seguros da sua virilidade. Um abraço apertado não seria suficiente? Ou um daqueles beijos abichanados que os franceses dão?
E posto isto deixo-vos fotos de mamas para que possam lavar do cérebro a falta de qualidade deste texto.
Sooooooookiiiiie!
Vi 3 ou 4 episódios da primeira série e desisti. Achei aborrecido e pouco original. Toda esta clonagem de vampiros e lobisomens à la Twilight já chateia. Uma ou outra obra com uma temática diferente ainda vá, mas esta catadupa que temos vindo a assistir é demais para mim. Por norma gosto mais dos meus vampiros sedutores e absolutamente maliciosos, sem problemas de consciência ou dúvidas existenciais mais próprias de adolescentes filhinhos da mamã. Quero-os predadores e não objecto de fantasias românticas de adolescentes femininas histéricas. O mesmo quanto a lobisomens. Prefiro-os selvagens, brutais e com muito pêlo, não modelos rapados para comerciais de desodorizante.
Apesar de ter desistido, suspeito que a única coisa a seu favor, e muito provavelmente a principal razão do aumento de popularidade da série, têm a ver com as fotos do teu post. Como sabemos o sexo vende. Pelo menos nesse aspecto faz mais justiça ao mito e é melhor que o Twilight com os seus castrados sexuais. O meu problema é que gosto de história e personagens interessantes mesmo que seja em softcore porn com vampiros, e esta série não me parecia fornecer nem uma nem outra. Mamas por mamas, antes ver um VFF (valente filme de foda).
Tá vendido ò King Mob!
Concordo perfeitamente com a tua ideia, mamas por mamas venha o VFF!
E pronto, discordamos. Eu não só gosto disto como gosto muito disto, e o irmão da Sookie só é batido em termos de humor pelo Dean Winchester do Sobrenatural. Pronto, algum dia tinha que ser. O que seria do amarelo se gostássemos todos do mesmo, não é?