Desde 24 de Junho de 2003

Author: pedro (Page 23 of 39)

Let The Right One In (2008)

Longe vão os tempos em que a única coisa que apreciávamos da Suécia eram as gémeas Inga e Helga todas embezuntadas com óleo de coco a lutarem entre si por atenção masculina usando para o efeito um inexistente par de cuecas e os seus viçosos e anti-gravitacionais seios. Eles também produzem um cinema de muito boa qualidade, pautado pela bela cinematografia semi-descolorada e a curtíssima profundidade de campo. Let The Right One In é o filme que impede que Thirst (de Chan-wook Park) seja o melhor filme de vampiros que vi nos últimos 10 anos…

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Ninja Assassin (2009)

O “Grande Manual do Marketing Desonesto do Cinema Americano” fala-nos de dois tipos de filmes que não precisam de argumento. Mais ainda, são dois géneros cinematográficos em que o argumento só vem empatar. Um deles é o filme mainstream com uma (ou mais) cenas de sexo explícito. Brown Bunny, Shortbus, Idiotern, Baise Moi, Ken Park, só para citar alguns exemplos. O que nos fica destes filmes? Berlaitada! O outro género cujo assombro é tal que dispensa completamente argumento: Ninjas!

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Ninja III: The Domination (1984)

Nos anos 80 havia uma produtora , que por si só, produziu mais toneladas de filmes xunga do que qualquer outra na história. E não falo de xunga foleiro e que se esquece facilmente, falo de xunga inesquecível e cujo humor involuntário nos acompanha através dos tempos, qual memória recalcada que aparece sempre em momentos incómodos, como reuniões do conselho de administração ou funerais de pessoas que até nem conhecíamos muito bem. Essa produtora / distribuidora era a Golan/Globus, normalmente em associação com a Cannon Film Distributors.

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Planetary (Warren Ellis) – Banda Desenhada

Tenho andado entretido com a epopeia de Elijah Snow e do seu grupo de “arqueologia do impossível”, Planetary. Escrito com a imaginação multidimensional e sempre perturbadora de Warren Ellis e com a arte a cargo de John Cassaday, Planetary lida (entre imensas outras coisas) com a possibilidade de infinitos universos paralelos, em que todas as possibilidades são contempladas. Um grupo de supra-humanos iluminados tem capacidade de viagens interdimensionais e existe ainda um grupo que cria universos paralelos on demand. Isto significa que tudo pode acontecer. Mandar um balázio na nuca ao Rato Mickey? Porque não? É uma questão de criar o universo apropriado. Mas não é isso que me fez escrever sobre esta magnífica obra. É que a Newscientist deste mês fala sobre o supracitado multiverso e de indicações científicas de que realmente existe. Junto anexo a capa da revista.

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Ameaças de morte! – Ausência de Chewbacca à Sexta

Eu compreendo perfeitamente a fúria de todos. Eu próprio sinto um vazio glaciar dentro de mim às sextas. Sem o Chewbacca é como se o meu coração fosse um pedaço de carvão desfigurado pela erosão do esquecimento. E as noites em que acordo apavorado, no meio de um sonho em que o Chewbacca está a fazer arroz de feijão para acompanhar umas petingas fresquinhas e quando me levanto para me servir tenho umas calças de toureiro e uns chinelos de andar por casa com a Hello Kitty!

Los cronocrímenes (2007)

E já que nos encontramos numa maré de viagens no tempo, falo-vos também de Los Cronocrimenes, um filme espanhol independente de parcos meios, mas de infinita criatividade. Um exemplo de tenacidade e sucesso para os brochistas portugueses do ICAM-dependentes, que em vez de andarem aí a carpir lamúrias como um bom bando de putinhas que são, podiam criar um argumento que se adapte ao magros fundos que o governo lhes atira.

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Frequently Asked Questions About Time Travel (2009)

Os britânicos encaram a ficção científica de um modo diferente do resto do mundo. Mais leve, airosa, frequentemente bem humorada mas sem com isso tirar a devida profundidade aos temas. Aliás, comparando com a ficção científica americana que é sisuda, cinzenta e monocórdica, a britânica é frequentemente mais complexa e apoiada em factos científicos, por mais estratosféricos e improváveis que possam ser. FAQ About Time Travel conta-nos a história de três amigos (dois nerds de scifi e um anti-nerd sci-fi) que se vêem numa embrulhada épica quando uma anomalia do fluxo temporal na casa de banho do pub que frequentam os envia aleatoriamente para várias épocas.

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Thirst (2009) a.k.a. Bakjwi

Então ouvi a última criatura: as trombetas de marfim anunciavam o fim do existência. Vinha com um cavalo de um plasma muito denso produzido por cisão termonuclear, o nome do cavaleiro era MORTE e o séquito do inferno seguia atrás (de mota). Os anjos ditavam aos mortais a origem do fim. Dos seus ouvidos escorria sangue e o efeito Doppler deixou de existir, como que num prenúncio do final do mundo racional. Antes do universo implodir numa massa disforme de sangue e tripas, projectaram um filme de vampiros para adolescentes, o sinal do fim dos tempos. Quando toda a esperança morria, enquanto as labaredas da humanidade lentamente se extinguiam, quando as mães choravam os filhos perdidos para as novelas de vampiros e os filmes da Disney eis que apareceu o novo filme de Chan-wook Park, resgatando mais uma vez a humanidade da sua mais que merecida extinção. So say we all!

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4 saudosos elementos cinematográficos esquecidos

Com o passar do tempo as tendências cinematográficas vão mudando. Alguns elementos desaparecem, outros são reciclados, temas vão e voltam. No entanto há coisas que temos saudades, que parece que ainda ontem apareciam em todos os filmes e de repente desaparecem ou aparecem muito pontualmente. Deixo-vos uma pequena lista de elementos que sinto estarem mal representadas no entretenimento actual, não apenas no cinema.

4 – O lança-chamas

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Ir ao cinema em 2010

No final da primeira década do século XXI as salas de cinema tradicionais estão extintas. Nos últimos 25 anos o acto de ir ao cinema foi barbaramente desfigurado. De uma experiência quase religiosa, terapia de grupo ou tertúlias de amigos cinéfilos transformou-se numa quase obrigação social, ritual de acasalamento ou simplesmente pelo grãos de milhos rebentados pelo calor e cobertos de sucedâneo de manteiga sintetizado e edulcorantes químicos (que fazem encolher os testículos). A falta de respeito pela arte cinematográfica está igualmente distribuída pelas distribuidoras e pelo público. A lavagem cerebral dos últimos 15 anos levou Portugal a acreditar que só existe um verdadeiro cinema, o americano, e tudo o resto são cultos extremistas de uma estranheza inarrável. Para quem não foi ao cinema nos últimos 10 anos, eu passo a explicar neste modesto artigo que se segue.

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Shutter Island (2010)

Publicitar um filme baseado nas glórias passadas do seu realizador, no parentesco afastado de um produtor obscuro, nos prémios recebidos (ou quase) dos seus actores é uma estratégia que desprezo. Assim como desprezo quando a publicidade de uma determinada produção me tenta manipular antecipadamente descrevendo de modo bastante leviano como me vou sentir no final. Este aglomerado de marketing desonesto foi utilizado para construir hype neste filme, mas acaba por ser contra-produtivo e desnecessário pois o filme vive por si só. Shutter Island é uma obra superior de entretenimento, tanto em conteúdo como em beleza cinematográfica.

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No meu tempo não era assim…

Já sabem como é, sexta-feira é dia de parvoíce. Hoje mostro-vos uma imagem enviada pelo Carlos (que não forneceu mais nenhuma credencial além do primeiro nome) que ainda não percebi muito bem se é fan art ou hate mail. Inclino-me mais para a segunda opção…

Confissões de um cinéfilo – Guilty Pleasures

O guilty pleasure é uma das características mais enigmáticas da mente humana. Como podemos explicar o gosto por coisas que à primeira vista teriam tudo para nos abominar? Mas o certo é que todos nós somos tentados por este tipo de prazeres, seja masturbar um cavalo ou ouvir compulsivamente o novo CD do Leandro. Os próximos 7 itens que vos mostro são os meus guilty pleasures na área do entretenimento.

Número 7 – Kung Fu dos anos 70

Não é coisa que compre, grave ou tire da net. Mas quando estou a fazer zapping e apanho um filme de Kung Fu chinês (vertente Shaolin) não desgrudo. Talvez sejam influências de infância de quando os Jovens Herois de Shaolin fizeram de mim mais homem ou aquele impulso masoquista de ver audio e video com falta de sincronia. Mas adoro os efeitos sonoros e as proezas físicas a desafiar todas as leis da física (e da química, matemática e até da alquimia). Continue reading

Ghost Rider (2007)

Há na vida certas situações que sabemos que vão ser extremamente desagradáveis e ainda assim avançamos. Como ir ao Joshua’s comer uma Pita Shoarma e saber que vamos andar a tarde toda com um arroto mortífero capaz de sugar a vida a qualquer criatura que se atravesse no seu caminho. Ir jantar a um restaurante indiano e saber de antemão que daí a meia hora temos as labaredas do inferno a subirem-nos pelo esófago acima sob a forma do mais abominável refluxo ácido, capaz de criar bolas de cuspo que dissolvem 3 pisos de betão. Ou ir ver uma adaptação cinematográfica de uma BD da Marvel, que sabemos que nos vão doer os tomates de tanto rir, apesar de não ser uma comédia.

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El orfanato (2007)

Desde o dia em que vi pela primeira vez um daqueles macacos que dizia “Habla comigo, quiero ser como tu!” que me apercebi que os espanhóis são muito diferentes de nós. Enquanto que nuestros hermanos não desperdiçam ideias, aqui em Portugal as ideias não saem da mesa da esplanada, onde são inteligentemente apresentadas entre tremoços e minis, mas depois morrem. O cinema de terror deles está também entre o melhor do mundo e atrevo-me mesmo a dizer que este El Orfanato é o melhor desta década passada.

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Kickass – El Gran Final (Banda Desenhada)

Eis que chega ao fim, ao capítulo 8, o primeiro tomo de Kickass. Sinceramente já andava a desesperar e a pensar que estes tipos estas a adiar o fim da mini-série para depois do filme, ou para a mesma altura da estreia. E que final, meus amigos. Não se trata apenas extrema violência gratuita com doses generosas de requinte sádicos. Trata-se de extrema violência gratuita com doses generosas de requinte sádicos com bastante humor e estilo, dentro das doses correctas. Boa combinação entre argumento e desenhos. Adorei. Clap, clap. Espero que o filme siga os seus passos. Junta anexo no “read more” mais umas imagens que achei por bem segregar, dada a sua violência extremamente gráfica.

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O caso “Monstro da Lagoa Negra”

The Creature From The Black Lagoon

Em meados dos anos 80 foi dado em Portugal o maior golpe publicitário de que há memória no mundo inteiro. Um truque tão mesquinho e desonesto cujo único intuito seria ganhar dinheiro à custa de inocentes telespectadores sequiosos de experiências multimédia diferentes. O caso “Monstro da Lagoa Negra” foi a massificação publicitária de uns óculos 3d sem os quais os espectadores perderiam aquela que seria a mais fantástica experiência alguma vez sentida no planeta. No dia seguinte o país usava umas imensas orelhas de burro e todos sentiam uma dor latejante no rabo, como se um cabo-verdiano invisível (e conceptual) tivesse sodomizado a nação, usando apenas uma t-shirt de licra justa com o logotipo da RTP…

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Anvil! The Story of Anvil (2008)

Arrancar dos esgotos do esquecimento velhas glórias injustiçadas pelas falácias do destino e mugir a vaca emocional que habita dentro de nós não é nada de novo. Já foi feito em filmes de Stallone ou Eastwood ou muito recentemente em “The Wrestler”. Mas agora assumidamente em formato Documentário vemos a velha glória do Speed Metal do início dos anos 80 a tentar a sua sorte neste mundo cruel da música moderna.  E se há muita nostalgia e humor também há drama suficiente derreter a carapaça mais dura do metaleiro mais hardcore.

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Dellamorte Dellamore (1994)

E agora amigos, silêncio porque se vai falar de clássicos. Dellamorte Dellamore é um filme único e incomparável em duas frentes. O primeira é a pura genialidade cinematográfica a todos os níveis, faceta invulgar num género que é o filme de terror, vertente zombie. O argumento aparentemente surreal esconde camadas e mais camadas de conteúdo de uma ardilosa ambiguidade, o trabalho técnico é superior a todos os níveis e o humor negro faz-me lembrar Braindead dos tempos que Peter jackson ainda morava com a mãe. A outra frente que faz deste um filme único é o tamanho dos mamilos da actriz principal. Umas aréolas com um perímetro tal que poderia facilmente abrigar uma família pouco numerosa numa tarde de tempestade… No final do post colocarei um pequeno diagrama para que possam avaliar a imensidão destes afamados mamilos.

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