CinemaXunga

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O que é a “ultra-violência”? (FAQ do CinemaXunga)

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Recebi um mail a perguntar o que significa o termo “ultra-violência” que eu às vezes uso nos textos. Aproveito para adicionar esta pergunta (número 7) à FAQ do Cinema Xunga e deixo aqui a resposta para que não tem tempo para clicar.

A ultra-violência é um termo usado em Laranja Mecânica e que eu uso nos posts para dizer que a violência existente nesse filme (ou lá o que seja) é bastante superior ao convencional. Exemplo de violência:  Homem apunhalado no abdómen. Exemplo de ultra-violência: Homem vê os seus intestinos caídos no chão depois de ter sido trespassado na diagonal por uma espada de Samurai. Mulher e filhos assistem à cena enquanto o avôzinho é comido por cães depois de ter sido separado em 8 partes com um cutelo. A avó não assiste à cena porque, infelizmente,  lhe enfiaram uma ferro em brasa pelos olhos adentro…

Miss March (2009)

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O que me levou a aceitar o desafio de aguentar grande parte desta abominação foi o meu fraquinho por Road Movies em todas as suas vertentes. Comédias, dramas, romances, os americanos têm jeito para o Road Movie. Talvez seja por terem aquela cultura automobilistica tão forte ou por terem tantos Kms de estrada, mas o certo é que o Road Movie em Portugal não tinha grande futuro. Imaginem o que era dois gajos de Fiat Uno a sairem de Lisboa à procura de qualquer coisa e chegarem a Valência do Minho 3 horas depois e verem o fim da estrada e sem nenhuma aventura lhes ter acontecido. Seria, no mínimo, decepcionante…

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Marvel Zombies Vs Army of Darkness

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No que diz respeito a banda desenhada sou aquilo a que se chama um trolha. Leio ocasionalmente mas não tenho conhecimento enciclopédico nem paciência, diga-se. Cada vez que vou a uma loja de BD e faço perguntas sou sempre recebido com aquele ar de “Que monte de merda é este que nem sabe que o Homem Aranha perdeu um testítulo na batalha com o Homem Azeiteiro no Marvel Idiots Nº244.” Mas de Evil Deads e Ash percebo eu e é um regalo para o olho ver Ash novamente a esquartejar o Homem-Aranha, Wolverine, o Quarteto Fantástico, etc, sendo todos eles zombies. Um sonho de infância tornado realidade.  A cereja no topo do bolo é a aparição de Howard The Duck (Zombie, claro!) a comer um cérebro como se fosse uma tacinha de doce da casa.

Vicky Cristina Barcelona (2008)

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A overdose de intelectualidade de alguns filmes de Woody Allen tem vindo a ser mal compreendida pelo públicos menos fiéis de autor. Aquilo que parece ser uma atitude pretensiosa face à nossa ignorância no campo dos compositores austríacos ou dos filósofos alemães é quase sempre uma falácia narrativa que Allen arranja para nos presenciar com uma paulada na cabeça para aquilo que se pode definir como “Banho Frio de Realidade”. Ah, é verdade, e neste filme também há amor lésbico entre Penelope Cruz e Scarlett Johansson.

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Cobra (1986)

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Especial Action Heroes dos anos 80

Crime is the disease. He’s the Cure. Frase pastelona esta que servia de slogan a mais uma matança surreal dos anos 80, antes do politicamente correcto se apegar à nossa sociedade como um tumor maligno. Cobra é um icon dos anos 80 e do seu entretenimento ultra-violento no despontar do cinema de ultra-acção como blockbuster. Apesar de ser um sucedâneo de Rocky e Rambo, Cobra é por sí só um case study social. Numa altura em que havia poucos estudos acerca da recém criada ultra-violência urbana, os argumentistas e produtores aproveitavam a ignorância do seu povo para enfiar todos os mais surreais defeitos nos vilões dos filmes. Aqui temos um vilão violento, que come crianças, mata gratuitamente, é nazi, de extrema esquerda, de extrema direita, não usa a passadeira para atravessar a estrada e fuma. Meu Deus, demónio fumador como todos os fumadores do mundo celuleico. (celulóico?)

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Brokeback Mountain 2 – Chewbacca à Sexta

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Estas fotos foram encontradas numas calças de ganga de Chewbacca, esquecidas numa lavandaria da província de Mantikii, em Coruscant. Supõe-se que tenha sido tirada numa excursão ao Santo António de Dagobah, para cumprir uma promessa que Chewbacca terá feito quando se viu prestes a ser comida de verme às mãos de Jabba The Hut. Não se sabe o que faria com C3PO mas decerto não seria nenhuma missão diplomática. No entanto é de notar de C3PO além da capacidade de dominar 6 milhões de formas de comunicação teria ainda uma adenda no seu manual de instruções chamada “Como activar o modo de alívio manual“, seguido da frase em letras minúsculas “se é que me estou a fazer entender!

9 Songs (2004)

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Na edição de 2004 do festival de cinema de Cannes uma pedra atingiu o charco. A violência foi tal que acabou por criar um vortex sufucientemente forte para arrastar consigo toda a atenção mediática. Todos tinham opinião formada de gabarito doutoral. Michael Winterbottom, famoso realizador de filmes como 24 Hour Party People, Welcome to Sarajevo ou Jude, oriundo do púdico Reino Unido, lança um filme que com sexo explícito… E quando falo de sexo explícito, não é uma piroca a roçar ao de leve uma farfalhuda ratinha ou um broche ocultado pelas sombras, é foda dura e crua com direito a grandes planos, masturbação feminina e o famoso “money shot”.

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Fired Up (2009)

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Felizmente o fenómeno das cheerleaders ainda não está, para já, enraizado em Portugal. Não acho que demore muito a avançar, tal como o Halloween ou o dia dos namorados. Há até uma equipa de basebal federada na Associação Académica de Coimbra, por isso as cheerleaders devem ser o próximo passo lógico, em paralelo com os dedos de esponja gigantes e os cachorros quentes sem pão. Pessoalmente detesto cheerleaders. Dá ideia de que se nos distraímos nos arrancam os tomates à dentada. Não por serem violentas, mas porque são gajas que precisam de orientação constante para desempenhar as suas tarefas em segurança.

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Teeth (2007)

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Filmes de terror teenager e os seus medos são, hoje em dia, aos magotes. Mas quando se fala em cinema de terror de contornos cronenberguianos em que a personagem principal sofre de Vagina Dentata, aí as coisas mudam de figura. Confesso que já vi muita coisa estranha na minha vida, incluindo um porco a andar de bicicleta. Mas um filme em que uma moça com dentes na crica passa a vida a arrancar pirocas aos seus parceiros sexuais é uma coisa que não pode nunca ser ignorada…

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Rambo: First Blood Part II

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Este fim de semana revi o Rambo 2. Foi tal a dose de matança que fez de mim mais homem. Como se me tivesse crescido um quarto testículo. Uma vontade imensa de estripar apoderou-se de mim mas depressa esmoreceu quando Rambo cedeu ao romance e beijou a chinesa. Já não me lembrava dessa cena. Mas o amor é rapidamente interrompido pela execução sumária da amante oriental (uma rajada de balázio nas mamas). E a partir daqui é morte, destruição, carnificina, violência gratuita e uma eterna existência onanisma para o nosso musculado herói.

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Séries de Ficção Científica dos anos 80

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Séries de ficção científica dos anos 80, essa praga. Ainda hoje pago psicoterapia pelos danos que me causaram. Galáctica, Buck Rogers no Século XXV, Space 1999, Captain Powers and The Soldiers of The Future e V. Uma autópsia detalhada ao estilo “análise de danos psicológicos”. Uma viagem ao mais negro que a mente humana tem para oferecer: xunga do velho!  (música em background que acompanha este texto)

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Resident Evil: Extintion (2007)

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Em primeiro lugar deixem-me que vos diga a minha opinião em relação a trilogias: passem-mas pelos tomates! Em relação a esta, pior ainda. Nos dias que correm parece que para algo fazer sentido no cinema, tem que encerrar o círculo místico da trilogia. Até aqui tudo bem, acaba por ser fácil lidar com esta situação: é evitar o primeiro tomo. Anos à espera do final, rumores, sites oficiais e sites auxiliares, action figures, novelas gráficas, fans a fazer tatuagens nas nádegas… Nah, definitivamente não é o meu ideal de cinema. Esta trilogia em particular é ainda mais ridícula, uma vez que deixa uma nesga aberta para a sequela, que a tornaria numa… quadrilogia?

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Second Life (2009)

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Se hoje o planeta fosse atingido por um cataclismo que acabasse de vez com a nossa existência, diria apenas que veio atrasado uns dias. É que ao sofrimento atroz do Armagedão teria ainda que adicionar a agonia eterna que são as memórias de ter assistido ao filme “Second Life”. Há pessoas que conseguem reprimir memórias de um tio gorduroso que brincava ao “esconde o chouriço” e há cônjuges que aceitam a desculpa “Querido/a, no rabinho não conta como adultério”. Mas nem com psicanálise de máxima densidade nem com anti-depressivos para cavalos as memórias  de Second Life se tornam inertes. Não há um dia em que não acorde molhado em suor com pesadelos do Nicolau Breyner a falar inglês ou o Malato a representar com o àvontade de um vampiro na praia de Copacabana. Aliás, já nem se viam cenas de sexo tão mau gosto desde que a Cicciolina mandou uma cagada no peito do seu parceiro em Chocolate e Banana (1986)*.

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Libertem o Avô Cantigas. Vivo, de preferência!

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De há uns tempos para cá uma conspiração de larga escala tem grazado o país. Uma sociedade secreta anda a tentar reescrever a História dizendo às nossas crianças que o Avô Cantigas é este que está aqui em cima na foto. Por mais que tentemos incutir na cabecinha das nossas crianças que este não é o Avô Cantigas, elas teimam em pensar que somos senis e não percebemos nada de TV, à excepção do telejornal. Por isso peço a quem o tenho retido que o liberte. Queremos o original, queremos aquele que cantava na Arca de Noé, aquele que tratava o Júlio Isidro por tu. Aquele que enchia o cabelo de farinha para não se notar que afinal tinha 30 anos…

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Disturbia (2007)

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Após um acontecimento traumático e alguns infelizes incidentes, um jovem rapaz acaba em prisão domiciliária. Depois de lhe ser cortado serviço Xbox, o serviço iTunes do seu iPod, resta-lhe beber Coca-Cola, lavar o cabelo com Palmolive, ver filmes na sua TV Magnavox e aceder à Internet através do seu Macintosh iBook onde usa frequentemente o YouTube para fazer uploads de vídeos feitos com a sua Sony. Começa a espiar a vizinhança (Carl Zeiss) e conhece uma vizinha boa (Durex+KY) e desconfia que um vizinho é um potencial serial killer (Facas Ginsu para carnes e churrascos).

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The Invasion (2007)

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Um maneira de fazer a análise sociológica de um povo é através dos seus filmes de ficção científica. Neste género cinematográfico são projectados os medos, anseios, esperanças da época em que o filme é feito. Além disso servem frequentemente para mensagens políticas (subliminares ou descaradas) projectando as críticas nos extra-terrestres, sociedade distópicas ou safardanas totalitaristas. Outra maneira de analisar uma sociedade em determinado ponto do tempo é através do remake do “Invasion of the Body Snatchers” produzido na altura. Podem escolher 1956, 1978, 1993, 2007! E irá continuar, os historiadores do futuro contam com isso.

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Campanha “Ajuda um Cylon”

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Ajuda um Cylon! Envia já óleo não usado que tenhas por casa, conjuntos de porcas ou mesmo aquelas lâmpadas que compraste para substituir os stops do Fiat Uno e afinal não davam… Hoje são eles, para a sequela podes ser tu!

Chewbacca Music Video – Chewbacca à Sexta

Para quem não sabe, existe uma banda chamada Supernova que tem uma música chamada “Chewbacca”. Fica aqui um videoclip caseiro dessa música que tem como bonus um diálogo no início retirado de Clerks, que explica porque é que Empire Strikes Back é o melhor Episódio de Star Wars.  E assim me despeço, com Chewbacca no coração!

Deconstructing Harry (1997)

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Oh não, outro post de Woody Allen? Sim senhor, hoje não há javardice…

Quando se diz que Woody Allen já teve melhores dias, não significa que os seus filmes recentes sejam maus. Significa apenas que não são geniais. Eu nunca me farto de Woody.  Deconstructing Harry é provavelmente o meu preferido da sua fase mais moderna. Apesar de Allen (actor) parecer ligeiramente desenquadrado, temos um magestoso argumento e uma super galeria de actores secundários. Aliás, meus amigos, esta filme marca a estreia de Jennifer Garner no cinema. Pelo menos num papel em que aparece vestida e sem genitália na boca…

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