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A intriga internacional com filmagens em várias paragens do globo é um género antigo mas cada vez menos usado. É neste reino do James Bond que se passa The International. Filme bonito, tecnicamente bem conseguido, de belos cenários e fotografia decente que no entanto é maior colecção de pontas soltas, buracos de lógicas e saltos de fé que já vi nos últimos tempos. Nem Naomi Watts, num registo vestido, salva o filme das lamas do esquecimento rápido.

O maior problema neste filme parece ser a maneira indefinida com que se apresenta, perdendo identidade a cada minuto que passa. Começa com uma teoria da conspiração de uma das mais poderosas organizações do planeta, que urde um plano complexo de dominação global. Mas rapidamente esse plano é exposto deixando todo o mistério desaparecer quando faltam 3/4 do filme e a tal organização mais poderosa que qualquer governo rapidamente se transforma em meia dúzia de pessoas mais vulneráveis que um nudista num bar gay.

Depois de tudo estar perdido atira-se para osterrenos do filme de acção, num desespero de aguentar a audiência por mais uns minutos. Mas este não é claramente o território deste realizador. Dou por mim a bocejar e a olhar para o relógio, sem sentir nenhuma simpatia pelos gajos que anda para ali aos tiros. Não quero saber. Matem-se uns aos outros para ver se eu me ralo. Para ser sincero já perdi tanto o interesse que nem sei quem é quem…

Tinha alguma expectativa em relação a este filme. Mas muito rapidamente definhou. Naomi Watts é total desilusão. Um desperdício de talento que poderia ser desempenhado por qualquer actor/actriz num papel incompleto, superfluo, inócuo, inofensivo, assexuado e acima de tudo, desnecessário. Era só para colocar mais um nome no cartaz.

Deixo-vos com uma foto tirada a Naomi Watts na altura em que aceitou fazer o filme e assinar o contrato.

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