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Tag: zombie

Maggie (2015)

Maggie (2015)

– O senhor, por acaso, sabe quem eu sou?
– Paiziiinho!
– Não, não. Sou um drama familiar em formato de telefilme. Coincidentemente passa-se em pleno apocalipse zombie e  protagonizado por Arnold Schwarzenegger.
– Eh lá! Isso é que deve ser matar, esquartejar, decapitar, sangue a jorrar, tripas arrastadas pelas ruas, prédios em chamas, exércitos a bazucar hordes de milhares de zombies pelos ares, a destruição de uma cidade grande americana no terceiro acto, motosseras a…
– Erm… Sim… Não! Não é bem assim. É mais silêncio, contemplação, sofrimento interno, escuridão…
– Escuridão como em “trevas”, a negridão dos tempos, o desespero de se ser mastigado vivo por uma matilha de mortos vivos enquanto se lhes arranca metade do torço a tiro de caçadeira de canos serrados?
– Não. Mais em falhas de electricidade e problemas na infraestrutura de distribuição de alta/média tensão.
– Oh diabo! E vai ser o Arnie a conseguir reconstruir rapidamente toda essa destruição graças à sua capacidade física de super-humano e a uma experiência avançada que não se aprende nos livros para grande humilhação dos jovens superiores hierárquicos que pensavam estar perante um velho caquético que no final lhes salva o dia?
– Não, a infraestrutura mantém-se inalterada durante toda a duração do filme.
-Nem mamas?
– Nada…

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Warm Bodies (2013)

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Por cada filme de zombies fraquinho que é lançado, Lucio Fulci mata um gatinho do outro lado da tumba. Os filmes de terror que saem actualmente são praticamente todos maus. Os de zombies ainda pior. As causas já foram por várias vezes aqui expostas. A mais recente é esta invasão teenager à procura de emoção,  as caldeiradas hormonais, as imaturidades emocionais de quem não tem um crédito à habitação para pagar ou de quem nunca teve que abandonar o idealismo pela lógica da sobrevivência. Warm Bodies pretende ser o outro lado dos filmes de Zombies, mas é na realidade uma mal disfarçada tentativa de sacar euros à conta de um Twilight com zombies coladinho ao cheirinho de Romeu e Julieta, porque quando se copia de uma obra de Public Domain não é  plágio é adaptação livre.

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V/H/S (2012)

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Fui apanhado de surpresa pela dinâmica de V/H/S. Julgava tratar-se de um filme normal, com uma estrutura narrativa principal, um ou dois arcos secundários, etc. Na realidade V/H/S tem como conceito o encapsulamento de várias curtas metragens num contexto que evoca o mítico formato VHS. O fio condutor é um grupo de jovens que invade uma casa em busca de uma fita rara que lhes irá valer uma valente massa. Quando entram descobrem um cadáver num sofá a olhar para várias TVs que estão a transmitir estática. Por deficiência na descrição da sua missão, começam a ver as cassetes que lá estão até descobrirem se alguma encaixa na descrição “fita rara de incalculável valor de mercado”. Inicialmente ainda pensei que se tratasse do original Tomás Taveira (a cores), mas aquilo com que somos brindados é um dos maiores espectáculos de gore dos últimos tempos.

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I Sell the Dead (2008)

Quantos entre nós não se terão já interrogado acerca do tipo de vida que levavam as pessoas que arranjavam os mortos para o Dr. Frankenstein retalhar e escolher as melhores peças? Ou mesmo para aqueles visionários que se lembraram que poderiam saber alguma coisa sobre o corpo humano esquartejando cadáveres? Certamente não acreditam que o Sr. Dr. Victor Frankenstein, homem de boas famílias e educação superior, fosse ocasionalmente para o cemitério de pá e picareta escolher os mais frescos e viçosos pedaços de anatomia humana. Nada disso! Exércitos de salteadores de cemitérios e de defuntos em geral não davam descanso nem aos mortos para ganhar a vida. E é desta gente que trata o nosso filme de hoje. Tal como a classe de trabalhadores que retrata, é simples mas honrado.

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The Crazies (2010)

Havia nos anos 80 duas regras de ouro para avaliar um filme de terror nos primeiros 15 minutos. Uma fórmula que, apesar de pouco ortodoxa, nunca falhava. Regra 1: se um filme de terror mostra mamas  em abundância ou sexo relativamente explícito nos primeiros 15 minutos é porque não vamos ver muita carnificina sanguinária. Regra 2: Se nos primeiros 15 minutos um grupo de 10 pessoas fica presa num local isolado com um psicopata que os levará à lenta extinção, um a um, estamos perante mais um desinspirado e monótono clone slasher de Sexta-Feira 13.

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[Rec]2 (2009)

Se uma pessoa aparece com a cabeça de um ganso enfiada no cu e o resto do ganso a pender como um gravata nadegal, eu considero isso um conceito inovador e original. Admiro a imaginação e coragem do seu autor, mesmo não sendo obrigado a gostar nem sequer a usar, porque não sou um gajo de modas. Se no dia seguinte um batalhão de pessoas aparecerem com cabeças de ganso enfiadas no cu e o resto dos gansos a pender como  gravatas nadegais, aí já considero haver seguidismo e falta de originalidade, mesmo que em vez de gansos tenham usado patos bravos, avestruzes e bovinos de pequeno porte.

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Carriers (2009)

Há uns tempos atrás todas as autoridades mundiais da saúde se dirigiram ao planeta acerca de uma nefasta pandemia  que nos iria assolar. As previsões: milhões de mortos, devastação planetária, corte do circuito de distribuição de alimentação, saques em massa e violação de animais de companhia numa escala nunca antes vista. Agora que estamos a passar essa suposta fase de pestilência começamos a perceber a verdadeira escala da epidemia: farmacêuticas já nem sabem onde meter tanto dinheiro que receberam de vacinas, os governos recolhem-se nos seus gabinetes com orelhas de burro na cabeça a falar da meteorologia para mudar conversa,  os médicos que ajudaram ao pânico mundial a passar férias nas caraíbas com pintelhos entre os dentes da festa da noite anterior e as multidões começam a juntar archotes, forquilhas, alcatrão e penas para ir até à sede da Organização Mundial de Saúde. Percebemos finalmente que perante a globalização e a cultura corporativa multinacional somos todos vacas leiteiras.

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O Fantasma do Natal passado

Nada será como antes. Num espaço bolorento e claustrofóbico os mortos-vivos cambaleiam de olhar vazio e nada lhes prende o olhar, excepto aquele ponto intermédio entre o nariz e o infinito. O excesso de estímulos acabou por entorpecer as fracas capacidades cognitivas que em tempos tiveram. Os imperceptíveis rugidos que lhes saem das bocas atormentam as últimas almas capazes de demonstrar ainda resquícios de consciência e livre arbítrio. Detesto a FNAC na altura do Natal…

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Fido (2006)

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Boa tarde. A efeméride idiota que hoje se celebra é o “Fim de Semana Zombie”. Como tal vamos abordar a temática zombie em várias frentes, começando pelo cinema, onde falaremos animadamente do pouco convencional Fido, filme de zombies que é uma crítica à escravatura e à exploração ilegal de emigrantes, além de ser uma engraçada fonte de simbologia sanguinária e carnificina em geral. Depois disso será abordada a temática zombie na banda desenhada e na música com o qualidade a que vos habituei… Nenhuma! E não, não falarei do “Zombie” dos Cranberries porque não sou uma pessoa emocional e não estou a atravessar nenhum ciclo mestrual…

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Zombieland (2009)

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Poderá haver uma intro de um filme mais perfeita do que ter a música dos Metallica “From Whom The Bells Tolls” como banda sonora enquanto exércitos de mortos vivos chacinam violentamente incautos transeuntes, quer por meio da típica dentada no pescoço, quer pelo não menos comum arrancamento de tripas e seu posterior derramamento na via pública? E tudo isto no mais cristalino super slow motion de alta definição?

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Dead Meat (2004)

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O vírus das vacas loucas sofre uma mutação e é passada para a raça humana através de uma vaca enraivecida e diabólica. Dois turistas perdem-se na Irlanda rural e, num bizarro acidente, acabam por se encontrar rodeados de zombies. Cabe a Desmond, o coveiro local, ajudar a bela Helena numa luta de morte ou… morte. Mas sobreviver no campo infestado de zombies não é fácil, pior ainda quando um exército de vacas zombie (loucas, of course) ameaça encurtar substancialmente a vida aos nossos amigos. Conseguirão eles escapar a esta situação complicada? O que é que isso interessa? Desde que haja carnificina zombie de série B, numa produção quase caseira, recheada de humor negro!…

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Resident Evil: Extintion (2007)

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Em primeiro lugar deixem-me que vos diga a minha opinião em relação a trilogias: passem-mas pelos tomates! Em relação a esta, pior ainda. Nos dias que correm parece que para algo fazer sentido no cinema, tem que encerrar o círculo místico da trilogia. Até aqui tudo bem, acaba por ser fácil lidar com esta situação: é evitar o primeiro tomo. Anos à espera do final, rumores, sites oficiais e sites auxiliares, action figures, novelas gráficas, fans a fazer tatuagens nas nádegas… Nah, definitivamente não é o meu ideal de cinema. Esta trilogia em particular é ainda mais ridícula, uma vez que deixa uma nesga aberta para a sequela, que a tornaria numa… quadrilogia?

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