Não são raras as vezes em que ouço a frase “Epá, cada um gosta do que gosta e isso não se discute..”. Mas a verdade é que os gostos discutem-se e às vezes há gostos que deveriam ser usados a nível psiquiátrico para determinar o grau de atraso mental de que determinada pessoa tem. Delirar com filmes de Will Ferrell seria equivalente a acertar recursivamente com um gelado na testa ou a tentar desenhar a Mona Lisa com a própria merda ainda fumegante.
Já por aqui muito falei dos filmes de Will Ferrell e da mediocridade das produções por ele protagonizadas. Sempre o mesmo personagem em todos os filmes e sempre aquela sensação de que já vimos aquilo algures. E vimos, foi no filme anterior dele. E no anterior a esse, e no outro antes e assim sucessivamente.
Ninguém sabe bem porque é que se insiste nisto, mas bem analisado o mercado desses filmes raspa-merda também não se explica a existência de Ben Stiller, Adam Sandler, Jack Black e muito brevemente Seth Rogan.
Não são filmes que se vejam a criar filas de bilheteiras nas cinemas portuguesas, aliás, nem me parecem que tenham estreias no cinemas, mas infestam as nossos videoclubes, video-on-demands e escaparates dos filmes de 4.99 € dos hipermercados como ratazanas em farto celeiro.
Oook… e o filme? 😛
Não é que tenha interesse em ver, obviamente. Mas então o título deveria ser “Will Ferrel”.
Ah, é verdade. O filme é uma bela merda…
“Ah, é verdade. O filme é uma bela merda…”
Crítica do Ano 2009. Singela e repleta de poesia.
Epah, que texto saudável. Duas coisas sem dúvida essenciais: o Will Ferrel é insuportável; os gostos discutem-se, ao contrário do que a “sabedoria popular” impõe. Aliás, devia ser obrigatório debatê-los. Cada um tem direito a gostar do que gosta, sem dúvida. Mas pensar um bocadinho sobre as coisas não tem mal nenhum.